tag:blogger.com,1999:blog-968931146031198402024-02-06T23:07:08.254-03:00CONFISSÕES de um ESCRITORNasci em 93 na capital de São Paulo. Cresci em volta da literatura e da escrita. Aos sete anos comecei a rascunhar e aos onze finalizei meu primeiro romance baseado na vida escolar, intitulei-o "7.°A". Desde então continuo criando contos e romances, perseguindo o grande sonho de ser um escritor reconhecido.Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-85822763818321680402015-12-01T17:00:00.002-02:002015-12-01T17:00:18.593-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/h02QhFMGXs0/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/h02QhFMGXs0?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-59786102352619803642015-07-07T11:35:00.000-03:002015-07-07T11:35:17.055-03:00Resenha: O Fantástico Mundo de Pathos / O Chalé da Memória<!--[if !mso]>
<style>
v\:* {behavior:url(#default#VML);}
o\:* {behavior:url(#default#VML);}
w\:* {behavior:url(#default#VML);}
.shape {behavior:url(#default#VML);}
</style>
<![endif]-->
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<span style="font-family: Arial;">Fala, galera! Tudo bem com vocês? Eu sei que
vocês estão trabalhando e estudando<i> muito</i>, né? Porque as coisas realmente estão<i>
difíceis</i> atualmente, assim como eram no passado, assim como também será no
futuro - <i>É triste, mas é a verdade </i>-. Eu, particularmente, estou de férias da
faculdade, o que me deixa com tempo sobrando para ler alguns livros, fazer
maratonas de séries e, claro, postar alguma <i>coisa</i> aqui. Há algum tempo eu venho
colocando em mente que o intuito de postar aqui não é para ganhar fãs, ou
seguidores. Mas, sim, para deixar o meu legado. Sabe aquela coisa de
"<i>deixar sua marca</i>"? A minha é <b>esta</b>.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Antes mesmo das férias, eu já estava lendo
alguns livros, tais como <i>O Chalé da Memória</i> - de Tony Judt - e <i>O Fantástico
Mundo de Pathos</i> - de Noé Guieiro -, no qual farei a resenha a seguir. Ambos são
livros muito bons, gostosos de ler e que faz o tempo passar tão rápido quanto
um fim de semana bem aproveitado. Embora sejam ótimas opções de leitura, são
completamente diferentes: O primeiro é uma espécie de autobiografia narrada em
primeira pessoa pelo próprio autor, em sua trajetória de adolescente à fase
adulta, enquanto precisa lidar com o fato de ter o seu organismo corroído por
uma grave doença degenerativa. O segundo, por outro lado, narra as aventuras de
um garoto esperto e intelectual que, de forma teórica, mas gostosa, começa a
aprender sobre a história da literatura. Desde já, recomendo os dois! Mas,
claro, vamos separar esse livros em duas resenhas. Espero que gostem da minha
visão, e tentarei não levantar muitos spoilers ou surpresas das duas obras.</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Arial;">O Fantástico Mundo de Pathos - escrito por
Noé Amós Guieiro</span></b></span><br />
<span style="font-size: large;"><b>
</b></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh86pjpjQ4Cd0sVmpq5ZtynNfX8fbG0tsuYNqiZDm3Z454vSKFkWmSRb9dFdXtuL-RbIehI7a7pg4EVMl04zPeyIxZWFxvajq9OWkBes_KGLWQIj46ou6lVobHEeqltLYHSpBDgmswTLCY/s1600/2744384.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh86pjpjQ4Cd0sVmpq5ZtynNfX8fbG0tsuYNqiZDm3Z454vSKFkWmSRb9dFdXtuL-RbIehI7a7pg4EVMl04zPeyIxZWFxvajq9OWkBes_KGLWQIj46ou6lVobHEeqltLYHSpBDgmswTLCY/s320/2744384.jpg" width="226" /></a><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Arial;">Ano: 2009</span></b></span><br />
<span style="font-size: large;"><b>
</b></span><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Arial;">Editora: Espaço Editorial.</span></b></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;"><b>Sinopse:</b> <span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Estranhos acontecimentos mudaram a
rotina da vida de Pathos, envolvendo-o em uma trama entre arriscada e
misteriosa - a aparição de e-mails curiosos e de livros de literatura soltos
pelos cantos da casa, além de uma amiga chamada Lira. A única forma de
descobrir quem está por detrás de tudo isso é jogar o jogo - o jogo da
Literatura. Com isso, o leitor acompanha um suspense em que a História da
Literatura Universal vai sendo exposta, destacando os principais autores (de
Homero aos contemporâneos) e suas obras-primas, além dos movimentos artísticos
mais relevantes. Um mundo abre-se ao leitor, que passa a ter contato também com
conceitos, dicas, curiosidades e termos técnicos fundamentais do universo
literário.</span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Arial;"> Particularmente, se tornou um dos meus
livros<i> favoritos</i>, por dois fatores: Primeiro, porque esta obra foi escrita por
ninguém mais ninguém menos que o meu querido <b>professor</b> <i>Noé Guieiro.</i>
Coincidentemente, ele foi o responsável por me incentivar a seguir com o
propósito de ser um escritor e compor histórias. Ele lia todos os meus contos
manuscritos e os corrigia, sempre me dando conselhos de como melhorar a
ortografia e a gramática. Por isso, devo tudo o que sei sobre português - em
especial à literatura - à ele. <i><b>Obrigado, Noé, meu grande professor-amigo!</b></i></span><br />
<span style="font-family: Arial;">O segundo fator, não menos importante, é
porque a obra fala da literatura brasileira e mundial e, em especial, é mais do
que importante eu ter contato com livros desse gênero, já que estou cursando
Letras e preciso muito aprender sobre toda a teoria da linguagem e
escrita. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">A história em si é bem simples,
inicialmente, porque nos deparamos com o cotidiano de <i>Pathos Felipe</i>, um garoto
que acabara de entrar de férias da escola. Ele morava com sua mãe e sua
cadelinha, Lira, em um bairro de São Paulo. Aparentemente, sua vida está
completamente normal, mas tudo muda quando ele recebe uma correspondência eletrônica
muito estranha, de um indivíduo anônimo que diz saber sobre sua vida. O ar de
suspense adentra à trama e somos levados aos demais capítulos em uma reação em
cadeia, pois, assim como Pathos, também queremos saber quem é o estranho - ou
estranha - que está lhe enviando e-mails, que não chegam a ser assustadores,
pois não se trata de uma ameaça, mas, sim, de um pedido: Pathos deve ler e
aprender sobre a história da literatura.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Tão<i> fantástico </i>quanto o próprio título, o
livro nos encaminha a um mundo fora da realidade, por vezes nos fazendo
imaginar e pensar se Pathos está vivendo a realidade ou a ficção. Na segunda
parte da história, o <i>misterioso </i>personagem é revelado mas, ao invés de estragar
o suspense - que, como clichê e parte da regra, deveria esconder o misterioso
até o final da história - acaba trazendo um novo ar ao enredo, e novas
descobertas são incrementadas. O garoto, certamente, vive uma intensa aventura,
sem perigo, sem mortes e sem qualquer tipo de terror ou trama policial.
Trata-se de uma gostosa aventura de volta ao passado, indo de encontro aos
maiores escritores da história, como <i>Poe</i>, <i>Fernando Pessoa</i>, <i>Shakespare</i>, entre
outros. O incrível, além de tudo, é que nos sentimos dentro da história, dentro
da época de cada autor responsável pela revolução da literatura mundial.
Viajamos desde a época medieval até a contemporânea, através de "<i>espelhos
mágicos</i>" - não detalharei, pois é parte do mistério -. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Outro fato intrigante, durante as páginas
lidas, é que percebemos que um dos livros que Pathos está acompanhando contém a
mesma trajetória que ele está vivenciando e, ainda mais, o personagem principal
também tem o seu nome. E, se isso não bastasse, o final nos revela uma <b>grande</b>
surpresa! (Não, não vou contar. Vocês terão que ler, e tirar suas próprias
conclusões). </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Sem mais detalhes, <i><b>O Fantástico Mundo de
Pathos</b></i> é um livro com uma boa história destinada aos amantes da leitura e,
principalmente, aos estudantes de Letras - como eu -, pois é possível aprender
sobre a teoria literária, ao mesmo tempo em que se acompanha uma grande
aventura. Grande não. <b>Fantástica</b>!</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Recomendo!</span><br />
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<span style="font-family: Arial;"> <span style="font-size: large;"><b>O Chalé da Memória - escrito por Tony
Judt</b></span></span><br />
<span style="font-size: large;"><b>
</b></span><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Arial;">Ano: 2012</span></b></span><br />
<span style="font-size: large;"><b>
</b></span><span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: Arial;">Editora: Objetiva</span></b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqJ6yKdjiY_-2eDmBxeAh8hxKrLPHteF4RAPH6BnlKeF1Lg82ubyepenJviG_vHJmDBQZKXV__vuaFenID_HCXwpaIOkwGd0i5BTW8bejUJ53fhbRcL4YpxvWf-8FbaDQTv5KAYS8kE5E/s1600/9788539003181_300_site.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqJ6yKdjiY_-2eDmBxeAh8hxKrLPHteF4RAPH6BnlKeF1Lg82ubyepenJviG_vHJmDBQZKXV__vuaFenID_HCXwpaIOkwGd0i5BTW8bejUJ53fhbRcL4YpxvWf-8FbaDQTv5KAYS8kE5E/s320/9788539003181_300_site.jpg" width="213" /></a></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;"><b>Sinopse</b>:
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">As memórias do historiador inglês entre suas análises críticas</span></span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">"Humano,
audaz e de uma honestidade absoluta." Financial Times</span></div>
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">
</span><div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Um dos
historiadores mais reconhecidos dos séculos XX, Tony Judt faleceu em 2010,
vítima de uma doença degenerativa. Enquanto sua condição de saúde se
deteriorava, o inglês escreveu, em noites de insônia, as memórias de sua vida</span>.</span></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;">Ganhei
esse livro, dentre outros, de uma amiga que trabalha na <i>Editora Saraiva</i>. Quando
coloquei na minha cabeça que começaria a ler vários livros para treinar minha
aptidão por escrita, selecionei um livro de forma aleatória. Para a minha
sorte, este foi o escolhido. É o primeiro livro do autor <b>Tony Judt</b> (1948-2010) que leio e,
desde já, me tornei seu fã: Uma escrita cativante, prazerosa de se ler
acompanhado de um chá ou café, sentado à beira de uma luminosa fogueira - sim,
foi assim que eu o li -. </span></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;">O livro
aborda uma espécie de biografia do autor, no qual ele relata as mais variadas
histórias vivenciadas durante a sua juventude e na fase adulta. Durante esse
processo, ele é diagnosticado com uma doença neuromotora degenerativa chamada
de <i>esclerose lateral amiotrófica </i>(<b>ELA</b>), na qual ele acaba perdendo o controle
dos movimentos do seu corpo, até levá-lo a morte. Porém, a única parte que não
é atingida pela doença é a mente, da qual Tony Judt acaba se tornando
prisioneiro. Desta forma, o autor decide, ao invés de apenas lamentar a
inevitável morte, deixar o seu legado através de confissões sobre os momentos
mais importantes de sua vida. </span></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;">É aí que
eu me identifico com esse, considerado por mim,<i> maestro</i> da literatura, pois eu
também tenho essa mesma intuição: Deixar o meu legado, em formas escritas que
ficarão eternizadas para todo o sempre dentro deste mundo em que vivemos. A
vantagem de sabermos que temos determinado tempo de vida nos torna invulneráveis
ao medo humano de relatar algo, criticar ou confessar sobre a própria vida.
Tony pensou assim, e não teve qualquer receio de relatar sua convivência desde
a Inglaterra pós-guerra até Nova York, onde acabou falecendo. Suas passagens
pelas Universidades de Cambridge, Califórnia, Oxford e a de Nova York foram
mais do que importantes para o seu amadurecimento. Por falar em Nova York, Judt
deixa bem claro que a América é inigualável, e faz grandes críticas à França e
Inglaterra, chegando a dizer que ali se sentia mais Britânico do que em sua
própria terra natal.</span></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;">Entre
algumas passagens, lemos relatos sobre sua vida amorosa, sobre a sua
tradicional família Inglesa - de descendência Judia - e sobre a sua mentalidade
progressista, no qual ele sempre deixa bem claro que deve haver mais igualdade
entre a sociedade. Como eu descrevi acima, Judt, através de sua certeza de
morte, queria mostrar ao mundo sua visão sobre a sociedade, e teimava em
mostrar os erros e a desigualdade da mesma, sempre se preocupando com as
futuras gerações.</span></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;">Em
resumo, <i>O chalé da Memória</i> chega a emocionar, mas não a ponto de nos fazer
chorar. É uma sensação de prazer e satisfação ao ler as memórias de um homem
batalhador com uma visão única. Felizmente, antes da morte, ele pudera deixar o
seu legado, e emociona com uma frase que diz, em outras palavras, que <b><i>não
existe lugar melhor para morrer do que o lugar onde nos sentimos vivos.</i></b></span></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="font-family: Arial;">Recomendo!
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]--><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-60880805751769922982015-03-02T19:00:00.000-03:002015-03-02T19:00:04.611-03:00Verdadeiras Escolhas, As<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggxLNRwsTfsgB8b62eaf9WUscCTFf1MhIeBwChyphenhyphen4kWaiVEGPcBumh2gQEobgwlfe2F8uSxnD3jl6jXWDk6-J590qVuaW9sMXSBSbBJrpXdxEwcN7NPlHBIYG5sqdM6RVfu7rDalEJKg2A/s1600/cute-hands-lesbian-love-miss-favim-com-190474_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggxLNRwsTfsgB8b62eaf9WUscCTFf1MhIeBwChyphenhyphen4kWaiVEGPcBumh2gQEobgwlfe2F8uSxnD3jl6jXWDk6-J590qVuaW9sMXSBSbBJrpXdxEwcN7NPlHBIYG5sqdM6RVfu7rDalEJKg2A/s1600/cute-hands-lesbian-love-miss-favim-com-190474_large.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os minúsculos grãos de areia subiam e desciam, espalhando-se
a cada passo delicadamente dado por pés pequenos e também frágeis. O tecido
daquele vestido, branco como a nuvem, voava em direção contrária ao vento que
soprava forte, fazendo os longos fios de cabelo dançar como se estivessem
livres de qualquer que fosse a prisão. Os olhos brilhantes poucas vezes
piscavam. Quando os fazia, lágrimas desciam em profusão ao mesmo tempo em que
eram atingidas pelo reflexo do por do sol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Ondas
vinham à beira e tentavam, a qualquer custo, puxar toda a areia, sujeira ou
qualquer outra forma viva e morta que pudesse ser levada para dentro do mar.
Katherine também queria ser levada. Para bem, bem longe. O mais longe possível
de qualquer ser vivo que pudesse expor os seus sentimentos, suas emoções e
opiniões. Qualquer ser humano que pudesse enxergá-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Naquele
momento, Katherine queria ser invisível e inaudível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Eu,
James Noah Rico, recebo-te por minha esposa. A ti, Katherine James, prometo ser
fiel. Amar-te, respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Ela
ainda podia ouvir, repetidas vezes, a mesma frase soar em seus ouvidos. Seus
olhos conseguiam enxergar, através do horizonte no mar, o rosto delicado e
cheio de alegria de James, enquanto colocava lentamente aquele objeto dourado
em um de seus dedos esquerdo. O silêncio ecoando através da grande igreja. Os
olhares emocionados daqueles que ali estavam presentes, celebrando o que
deveria ter sido o melhor dia de sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> -
Katherine – ela ainda conseguia ouvir a voz dele chamando-a com um baixo tom de
medo e desespero, enquanto ela permaneceu calada naquela cerimônia – Katherine?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Pudera
ver suas mãos baixarem lenta e discretamente para o seu lado. Logo após,
retirando a aliança de seu dedo e devolvendo-a para o homem que um dia sonhou
ser seu marido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Eu
sinto muito – ela disse naquele dia – James, eu sinto muito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Sentiu,
tentou sentir, a dor que atingira o peito de James no momento em que as
palavras do homem não foram correspondidas. No momento em que todos os seus
planos para o futuro com sua amada já não eram mais alcançáveis. O momento em que todo aquele castelo de
esperanças havia desabado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> James
ajoelhou-se frente à Katherine, de cabeça baixa, rendendo-se ao que estava
acontecendo. Talvez entendesse a situação de que o que ele, sua família e a
família de sua noiva queriam não era o que ela realmente queria. Talvez entendesse
o verdadeiro significado da felicidade conjunta, no qual duas pessoas somente
conseguiriam ser felizes se o amor realmente existisse entre ambas,
independente dos desejos e propósitos familiares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> -
Katherine – James ergueu sua cabeça para a moça com um tímido, mas sincero,
sorriso – Seja feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Katherine,
em meio às lágrimas choradas, conseguiu entender a que aquelas simples palavras
se referiam. Encarou-o com amor e ternura, fazendo um tímido sorriso
transformar-se em uma resplandecente expressão de alivio e esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> -
Obrigada – ela disse, por fim, tão logo se virou e correu em meio aquela
multidão espantada pelo repentino acontecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Seus pés desceram rapidamente as escadarias da
igreja. O som ecoante do mar e suas ondas debatendo-se entre as rochas puderam
ser ouvidos. Gaivotas sobrevoando sobre o azulado céu numa manhã de
domingo. O cheiro puro do ar fresco
soprando contra a direção da mulher...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>O medo me fortalece.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Ele me faz temer o que pode
acontecer, mas também me faz refletir o que poderá ser evitado e o que poderei
superar se enfrentá-lo. E então, uma voz dentro de mim diz que eu vou ficar
bem. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Eu acredito. Enfrento os meus
temores. Sinto-me melhor e me encorajo a tentar superar mais uma vez, e outra
vez. E outra vez.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Então percebo que enfrentar
todos os meus medos poderá levar-me ao caminho da felicidade. E num piscar de
olhos, o medo se vai...<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i> </i>Katherine abriu os olhos e
encarou o caminho à sua frente, em meio à praia, o mar, os grãos de areia.
Todas aquelas lembranças recentes agora faziam sentido. E o verdadeiro sentido
de sua vida estava há poucos metros à sua frente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>Não deixe o medo de errar impedir que você
tente.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i> </i>- <i>Mãe, eu preciso te contar</i> – lembrou-se Katherine, momentos depois
de descer as escadas da igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>Não deixe a verdade omitida em seu coração
para sempre.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i> </i>- <i>Eu...</i> – ela ouviu dentro de si mesma as palavras que lentamente
saíram de sua boca, enquanto sua mãe ouvia com olhos ardentes em lágrimas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Ao
mesmo tempo em que as lembranças eram constantes, Katherine se aproximou da
pessoa que observava o horizonte do mar, em pé à beira da praia, deixando as
ondas ir e virem, levando toda a sujeira ao seu redor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>A verdade é a única maneira...<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i> </i>Katherine a abraçou e,
então, Lisa virou-se para encará-la. As duas se beijaram frente ao mar. Um
redemoinho soprou levemente sobre as duas, jorrando pequenos grãos que se
suspenderam do chão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - <i>Eu sou lésbica</i> – ela disse à mãe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIZgG404pLdNUkEBl4Qd3CYnmmdeKFGVov3EavEpNcvuvr1NRmy7G3-9JH8yYOzPBckZirbqjUbpG5kOIPkT74b5WarTt6R9Q4KxXuINhns3hsBikbPclzWeJO4aGRcIGjWnkHA12oXPg/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIZgG404pLdNUkEBl4Qd3CYnmmdeKFGVov3EavEpNcvuvr1NRmy7G3-9JH8yYOzPBckZirbqjUbpG5kOIPkT74b5WarTt6R9Q4KxXuINhns3hsBikbPclzWeJO4aGRcIGjWnkHA12oXPg/s1600/large.jpg" height="302" width="320" /></span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>É a única maneira de sermos livres e
felizes.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i> </i>Os raios solares refletiram
sobre os sorrisos expostos naquelas mulheres. As gaivotas cantarolavam acima
delas. E então Katherine, finalmente, conseguiu entender o verdadeiro
significado da felicidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>Acredite que o amor é a única certeza de sermos
felizes. E a verdade é a única certeza do amor.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Seja você mesmo, e o mundo
também será ele mesmo com você.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Fim</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Valdir Luciano, 2014</i> </span><o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-81746640686915814012015-02-12T17:25:00.001-02:002015-02-12T17:35:32.923-02:00PAPAI QUERIDO (homenagem ao aniversariante)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-large;"><b>11/02/2015</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa data não é só mais uma. Claro que se você ligar a TV verá os mesmos programas, novelas e seriados da grade padrão. Porém, no meu mundo, é um dia muito especial... Que já passou - porque hoje é dia 12/02/2015... E eu deveria ter feito esse post especial na data exata, ou seja, ontem.</span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agradeço ao notebook que possuo por essa <strike>terrivelmente</strike> deliciosa surpresa de reações desesperadoras e frustrantes de um jovem tentar: Estudar o conteúdo da faculdade, aprofundar a disciplina com conteúdo em sites de busca e, por fim, escrever esse post. Muito obrigado, querida <i>Samsung</i>... *---*</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Voltando ao assunto principal de hoje, quero contar um pouco da minha história de vida que tudo tem a ver com o homem que me colocou neste mundo, e que na data de ontem completou seus 61 <i>aninhos </i>de vida, experiência, bondade e maturidade:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgh0tahUIOedocT44NI887rICrjB2TXV6qtiDtIb_Gppke-gfuJcZqAxOc0QVYOjO5xU2QXI8cGLygjlC9o4R1mEmVFaF2AL4vL9sJXYc4HkvkC1naRlA2C3kYNsGi7klIyKunCrpRqi4/s1600/1901594_735076276545760_5332541397694885182_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgh0tahUIOedocT44NI887rICrjB2TXV6qtiDtIb_Gppke-gfuJcZqAxOc0QVYOjO5xU2QXI8cGLygjlC9o4R1mEmVFaF2AL4vL9sJXYc4HkvkC1naRlA2C3kYNsGi7klIyKunCrpRqi4/s1600/1901594_735076276545760_5332541397694885182_n.jpg" height="320" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diomar (mãe), Márcio (irmão mais velho) e Genauro (pai).</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxe-pCchp_sMv-Cktd6c662MCAIcEUSL0Snj_H4RVfATGWn1wtR_AAeKR6_-T02phjlgJQ3rut0ikEryMwPvg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu sou o caçula da família. O mais <i>bagunceiro</i>, o <i>fofoqueiro</i> que entregava os irmãos, que comia todos os doces e sempre queria ter posse do controle remoto. E o meu pai podia ter cortado esse mimo, não? Mas, ao contrário disso, ele sempre me dava carrinhos, bonecos do <i>Dragonball Z</i>, dos <i>Power Rangers</i>... Me dava dinheiro, mesmo sem eu saber o valor que aquela moeda - ou nota - tinha. A minha mãe, então, nem se fala... Só faltava me dar o mundo todo!</span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o passar dos anos, fui crescendo, me tornando um menino ainda mais rebelde. E, de uma hora para outra, comecei a ser um pouco agressivo com o meu pai: Gritava com ele, negava as suas ordens, discordava de tudo o que ele me dizia, jogava os meus irmãos um contra o outro, fazia ele e a minha mãe discutirem por birra minha... </span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas ele não me batia. </span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A única vez que ele precisou me dar umas <i>chineladas</i> foi quando eu respondi algo muito feio - não tentem isso em casa, crianças... Hoje, o chinelo não e mais </span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">utilizado</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwS8bBTuMp1B55mRH17axKAcaGoSYfcjm6ds4YXJ0m47SF7wyKS-WJbvYNg40WFGvO3Kb1KZb5QbMbOjX9O6DmdNsh_WnAGPqL3aO7z9WDKUGOj28u4UPjjkhbpMiXuv0qahrYN1uLXIo/s1600/1978373_735065269880194_8382899974388569375_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwS8bBTuMp1B55mRH17axKAcaGoSYfcjm6ds4YXJ0m47SF7wyKS-WJbvYNg40WFGvO3Kb1KZb5QbMbOjX9O6DmdNsh_WnAGPqL3aO7z9WDKUGOj28u4UPjjkhbpMiXuv0qahrYN1uLXIo/s1600/1978373_735065269880194_8382899974388569375_o.jpg" height="200" width="111" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meus pais e Tânia (irmã mais velha)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> pelos pais... Mas a mão sim - e, merecidamente, precisei ser disciplinado da última e mais dolorosa forma possível para uma criança. É claro que naquela época eu não entendia e odiava apanhar, ou ter de ficar quieto quando fosse ordenado. Mas hoje eu consigo entender perfeitamente.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu pai não me deixava empinar pipas, andar de bicicleta, sair alguns metros de casa, ir para a quadra jogar futsal, ir para o campo jogar futebol... Tudo isso porque ele tinha os sentidos daqueles videntes dos filmes "Premonição", e achava que qualquer descuido meu era motivo de morte: Se cortar com a linha da pipa, ser atropelado por um carro, capotar da bicicleta, ser sequestrado, sofrer <i>bullying</i> dos outros garotos...</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas na época ele mal sabia que eu: empinava pipa da laje do meu amigo Salomão, andava na bicicleta dos meus amigos escondido, fingia ir para a casa do vizinho, mas ia na casa do meu amigo à 2 km de distância, mentia para ir jogar futebol com a galera... Enfim, acho que toda criança já fez isso.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas hoje, não sei porque, me sinto tão arrependido de ter feito essas coisas - por mais minimalistas que tenham sido -. Porque eu, idiota, só percebi agora o quanto o meu pai cuidava de mim, se preocupava comigo, olhava pela janela eu andando na rua, acompanhando os meus passos para me proteger de qualquer maldade que o mundo podia oferecer... O meu pai, que me segurou nos braços quando nasci, e me nomeou de Valdir Luciano. O meu pai, que me instruiu a ir para a igreja louvar a Deus e me tornar uma pessoa crente. O meu pai, que às vezes aparecia na escola para me buscar, que ia na quadra ver se eu estava seguro, que às vezes sabia que eu estava empinando pipa, ou andando de bicicleta e, mesmo não concordando, me deixava celebrar aqueles momentos de felicidade... O meu pai, que sempre colocou a comida em cima da mesa e nunca deixou faltar o arroz e o feijão. O pai que acordava às <i>05:00</i> da manhã para comprar o pão nosso de cada dia. O pai que ia de Itaquaquecetuba para São Paulo. Que, às vezes, voltava limpo, sujo, mas sempre retornava à sua casa...</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse é o meu pai. Aquele que nunca me negou <i>Um Real</i>. E, quando podia, dava mais dinheiro do que eu merecia, ou podia gastar. O homem que contava as mais estranhas e inimagináveis histórias, contos, lendas - e agora eu entendo porque tenho tantas idéias e histórias a contar -. Ele foi o homem que comprou o meu primeiro <i>ALLSTAR</i>, me deu um aeroporto enorme de brinquedo, me ensinou a subir em árvores, colher frutos... </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse foi e esse é o meu pai. O pai dos meus irmãos, o esposo da minha mãe, o dono da minha cadelinha, e o meu pai. O melhor pai do mundo!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pai, querido pai, hoje eu já não estou mais entre vocês. Quem iria imaginar que o caçula - estimado a ser o último a sair - foi o primeiro a deixar a casa. Estou aqui, um pouquinho longe de todos, buscando o meu lugar ao sol, os meus objetivos, os meus sonhos... A minha felicidade.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas eu queria que o senhor soubesse o quanto eu sou grato por ser o seu filho mimado, folgado e respondão. Olha só, pai: Ele cresceu! Está fazendo faculdade, disponível no mercado de trabalho, e o mais importante: Buscando o sonho de ser um escritor reconhecido. Porque o senhor sempre me ensinou a, acima de tudo, buscar os meus sonhos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Obrigado por tudo: Conselhos, puxões de orelha, abraços e, simplesmente, por ser o meu pai.</span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu herói.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Descanse, meu velho. O senhor já fez muito pela família. Agora é hora de curtir a vida com a mamãe e os filhos mais velhos. Eu vou continuar aqui, à espreita, sempre trazendo novidades à você. E por mais que eu esteja longe, sempre estarei no seu coração.</span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dykmpyPbqTtb_LxVpAf09SfdFyDaKrTnBmVHqL-yphU71GcSL98s3FVJNWvKHG6OlEntgkz5b76dkpiUKdrvA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu te amo. Demais da conta!</span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Beijo. Parabéns! </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxuko0uKCVvBSFLz7AF_mU6cC6fbxaJfVWcAjlDvdA1UfkhAKkwDHcA7Jo6ZsayV0VQOIohrOtHSooPjZuvjA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4QKWeST456zTpnRBc_G6TUUngo-wSdbv4ITLU6T7CKZnNAlTBgcRnF1lxhnFYReUe7qKVB7LkkGFxAPllPVQT38T2guL50pDizWeJP7491ReW_PpLEiJ9kfGf-px7vPOTf8dbQn3IP3M/s1600/10626178_746049275448460_8153947346392371659_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4QKWeST456zTpnRBc_G6TUUngo-wSdbv4ITLU6T7CKZnNAlTBgcRnF1lxhnFYReUe7qKVB7LkkGFxAPllPVQT38T2guL50pDizWeJP7491ReW_PpLEiJ9kfGf-px7vPOTf8dbQn3IP3M/s1600/10626178_746049275448460_8153947346392371659_o.jpg" height="400" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O herói da história: Genauro Filho, 61 anos</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-13863662184877715922015-02-09T21:32:00.000-02:002015-02-09T21:32:59.613-02:00Viver <div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsYt2bsEKoJdw0eo22M-XAx-MIw4WFypLHdGXO1vHK1NkCblnx17A5AVWrA9jdOMBgpzUT4UpYTZqtW6nZ-55R1qRd9kwZPSd43eePqHqyvQk5btiftR8jMQPlNRmIZ2nUqG0DRl7Uid4/s1600/Camera360_2014_10_13_1254088.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsYt2bsEKoJdw0eo22M-XAx-MIw4WFypLHdGXO1vHK1NkCblnx17A5AVWrA9jdOMBgpzUT4UpYTZqtW6nZ-55R1qRd9kwZPSd43eePqHqyvQk5btiftR8jMQPlNRmIZ2nUqG0DRl7Uid4/s1600/Camera360_2014_10_13_1254088.jpg" height="320" width="263" /></a> <span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Estar aqui, diante dessa imensidão
azul, me faz enxergar o passado e presente em constante sincronia. O que eu já
fiz e o que estou fazendo são, respectivamente, a mesma coisa. E o que farei
amanhã, também.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> O som que é entoado do mar, das
águas batendo nas rochas, vindo e levando os minúsculos grãos de areia, são
psicologicamente prazerosos. Não é excitante. Mas acalma as minhas veias, o meu
peito, o meu coração. E é nesse exato momento que eu percebo o significado de
ter uma alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> A tristeza que antes sentia, já não
sinto. A angustia que me percorria todos os dias da minha vida, foram levadas
pelas águas fortes, dizimadas pelo sal e transformadas em pequenos grãos de
areia. Um pouco da minha história – triste – permaneceu ali.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Os meus dons. Eles voltaram. E eu
sinto vigor e vontade de exercê-los: Arranhar as cordas de um violino, entoando
melodias que fariam o meu próprio coração em carne chorar. Assoprar um dourado
saxofone e sentir a minha alma ser sugada através do instrumento e das notas tocadas.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> E escrever.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0bMbSM9GI-4EHfkUXa90QqhT2qMPylGwBXPKiP6tLP9p5IoF31lvzhHn-GR_w9cF08JUtTadxu-myw3dXCDF8pK50TRMoNVKZ2fd45T65yPPHTSRodWNtWu1PpHe81y82G0MIowRBMno/s1600/Camera360_2015_1_3_05_59_096.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0bMbSM9GI-4EHfkUXa90QqhT2qMPylGwBXPKiP6tLP9p5IoF31lvzhHn-GR_w9cF08JUtTadxu-myw3dXCDF8pK50TRMoNVKZ2fd45T65yPPHTSRodWNtWu1PpHe81y82G0MIowRBMno/s1600/Camera360_2015_1_3_05_59_096.jpg" height="298" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Aquilo que me deixa vivo. O sentido
da minha vida. O meu futuro legado: Escrever. Falar comigo mesmo, através de
palavras que não são imaginadas, não são previstas... Apenas, escritas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Você voltou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Eu
voltei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">E
as algemas que prendiam as minhas mãos já não são mais capazes de me conter.
Porque eu voltei. E mais forte do que nunca. E o medo eu já não sinto. Já não
tenho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Hoje, agora, posso me olhar no
espelho e ver quem realmente me tornei. Perdedor, não. Sonhador, talvez.
Guerreiro, com certeza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Neste exato momento, o sol lá fora
está tão forte, o céu está tão azul e a brisa sopra em minha direção. Este é o
sentido de estar vivo. E ao escrever esta confissão, sinto-me mais do que vivo:
Sinto-me útil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Eu não sou feliz, porque ninguém
realmente é. Mas sou como todos os outros que buscam a felicidade: Eu sou um
guerreiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Não sei se o meu final será feliz.
Se as pessoas se lembrarão da minha história. Se terminarei casado, ou
solteiro. Se estarei acompanhado, ou sozinho. Mas a certeza que tenho, neste
momento, é que eu estou vivo, e disposto a continuar vivendo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Vivendo intensamente, através do meu
violino, do meu saxofone, dos meus amigos, da minha família, do meu grande amor
e das histórias que eu escrevo, e que continuarei a escrever...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Até o último dia.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY4WKGB-ExX3vGhWdnF5lbL9wT-giWplzd7_c2Rk4TEJX3__V7uLo7rp1dbSBgfQ6ta5F0nI7LL-z7gsmEca1V5ZZ3VKjRMoCc6t1IEBdWboTxNZl1xasUYMg0XXqrkqhL2z9n4CPAiKY/s1600/Camera360_2015_1_10_08_35_046_e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY4WKGB-ExX3vGhWdnF5lbL9wT-giWplzd7_c2Rk4TEJX3__V7uLo7rp1dbSBgfQ6ta5F0nI7LL-z7gsmEca1V5ZZ3VKjRMoCc6t1IEBdWboTxNZl1xasUYMg0XXqrkqhL2z9n4CPAiKY/s1600/Camera360_2015_1_10_08_35_046_e.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Valdir Luciano, 13/09/2014<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Balneário Gaivota – Itanhaém SP<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-44245694286138073092015-02-06T20:35:00.000-02:002015-02-06T20:35:37.653-02:00Livros que eu li e recomendo (ou não)Estou <i>muito </i>ansioso. <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLOEL39UxVvfrIZhN4yNPiEKL_uIf0rBNQVzqBkjyw_YYsiZknY_8HBqXEz3wT4gYhWiFsYbVimW0R5xOzz7KgMf28VdrFVDbMVVZgk8GXPh01dtv22bdEknRwYWw-56jTk5R4CKPLwl4/s1600/OneLens20150206144003.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLOEL39UxVvfrIZhN4yNPiEKL_uIf0rBNQVzqBkjyw_YYsiZknY_8HBqXEz3wT4gYhWiFsYbVimW0R5xOzz7KgMf28VdrFVDbMVVZgk8GXPh01dtv22bdEknRwYWw-56jTk5R4CKPLwl4/s1600/OneLens20150206144003.jpg" height="320" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Valdir passeia no novo calçadão de Itanhaém - SP</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<i>Demais</i>, até.</div>
<div>
Ás vezes, acordo no meio da noite para pensar em muitas coisas. Como, por exemplo: <i><b>Qual gênero devo escrever para publicar um livro?</b></i></div>
<div>
<i><b>Quais idéias devo acrescentar?</b></i></div>
<div>
<i><b>Por onde começar? Por onde manter? E por onde finalizar?</b></i></div>
<div>
<br /></div>
<div>
As aulas na faculdade finalmente começaram. Mas as matérias darão início aos conteúdos a partir de terça, dia 10/02. E eu estou buscando livros para comprar e ler, e assim exercitar a gramática, ortografia e a leitura também. Tudo isso para iniciar a minha graduação em Letras com o <i>pé direito</i> - Mas também estou tentando exercitar minhas habilidades para, então, conseguir escrever uma história legível. E é aí que eu me <i>engasgo</i> -.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Desde que comecei a escrever, me apeguei por dois gêneros: <b>Terror/Suspense</b> e <b>Drama/Ficção</b>. Estou passando por problemas psicológicos em relação às escolhas, porque quando tenho uma ideia para escrever um conto de suspense, me vem à mente outras idéias para um romance dramático. E pior: As idéias de histórias inacabadas surgem como mágica. <b>ASSIM NÃO DÁ!!</b></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas, bem... Creio que é crise de escritor. Aquela famosa fase do <i>bloqueio</i>. Se bem que não estou bloqueado. As idéias estão fluindo. Mas na hora de colocar em prática, estou salivando por escrever todas elas de uma vez. E eu sei que se continuar assim não conseguirei escrever nada. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Enfim... Problemas à parte, estou aqui para indicar - ou contra-indicar - alguns livros que li durante esses meses. Como eu tenho um gosto bem eclético para leituras (tirando livros poéticos, que particularmente <i>odeio</i>, mas precisarei aprender a gostar, pois a faculdade demanda), comentarei sobre dois livros: Um de <i>suspense</i>, e outro de <i>drama</i>. Os dois são bem conhecidos no mundo da leitura, e é possível que eu seja criticado por comentar o drama, já que ele se transformou em filme. E os <i>haters</i> odeiam pessoas que já leram livros que viraram filmes.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Não estou falando de <i>Harry Potter</i>, nem<i> Crônicas de Nárnia</i>. Até porque só li o segundo citado. <i>Harry Potter</i> tem muitos detalhes e, na época, eu não estava adaptado a este tipo de leitura.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O livro que eu li e, com ele, ri e chorei, foi exatamente esse que passou pela sua cabeça agora ( Se não passou, desculpe. Não sou mágico). Estou falando de um livro que, metaforicamente, <i>culpa as estrelas</i> pelas consequências da vida.</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXsjQReso6KGz6L51FavD5UGfb8pX22UR3wdiGcVu0jnI8X1lzH6RldRASdfJhovXhcnzZM8f44jsaVpwzfL-Qb2bwrO0HOWiOEBmFC464l9bj6zJWSe9Rf4x_tiBG2eoVNJiyCPLUKDI/s1600/a-culpa-%C3%A9-das-estrelas2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXsjQReso6KGz6L51FavD5UGfb8pX22UR3wdiGcVu0jnI8X1lzH6RldRASdfJhovXhcnzZM8f44jsaVpwzfL-Qb2bwrO0HOWiOEBmFC464l9bj6zJWSe9Rf4x_tiBG2eoVNJiyCPLUKDI/s1600/a-culpa-%C3%A9-das-estrelas2.jpg" height="241" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A culpa é das Estrelas. Lançado em 2012 por John Green</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<b><i>- OKAY?</i></b></div>
<div>
<b><i>- OKAY.</i></b></div>
<div>
<br /></div>
<div>
O livro é ótimo (na minha opinião). Mas eu juro que essa palavra acima repetida várias e várias vezes me deixou <i>puto</i>! Porque eu me senti lendo um trecho de alguém que sofria de distúrbios mentais, ou ouvindo um <i>cd </i>comprado na feira de sábado que simplesmente, de uma hora para outra, trava e todos os seus amigos começam a rir e te chamar de pobre.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Fora isso, a história - que 90% do mundo já deve conhecer - narra a vida de Hazel Grace, uma jovem de 16 anos que morava <i>bem alí</i> ( sim, a <i>carinha que mora bem alí</i>). Sua vida seria <i><strike>normalmente</strike></i> normal se ela não tivesse um <i>câncerzinho </i>na tireóide, Fora isso ( e a sua expectativa de vida que diminuiu drasticamente devido a doença), sua vida é normal.</div>
<div>
Para ficar ainda mais normal, seus pais a convenceram de frequentar uma reunião de jovens que estão no mesmo estado da garota. E a conclusão disso é uma série de confissões de jovens <i>emos </i>que achavam que suas vidas acabariam por causa do câncer. É um pouco triste. Mas o autor, <b>John Green</b>, nos traz elementos cômicos que deixam a história um pouco menos dramática e sem aquele peso de <i>novela mexicana</i>.</div>
<div>
Nessa reunião, Hazel conheceu um <strike><i>modelinho da capricho</i></strike> sorridente chamado Augustus ( apelidado de Gus). Ele, aparentemente, parecia que levava a vida à toa, sorrindo e tudo mais... Porém, ele também tinha câncer (por sua vez, na perna), mas fazia questão de não tratá-lo como um peso na vida. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicvBJyAyiV6z-u6mC35bAF10HEf9fx4DKw9qnZVHQmKmveYHLSZAVwFrg4iAii9nEP2g_PhlZsDM2fsS7UYTnCteuB0GhSEZ7Saft7DCDOh3igAdk328LjwR4xELyXZ_LtVL2ALXO7pzY/s1600/1012016_390177431084013_83513910_n.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicvBJyAyiV6z-u6mC35bAF10HEf9fx4DKw9qnZVHQmKmveYHLSZAVwFrg4iAii9nEP2g_PhlZsDM2fsS7UYTnCteuB0GhSEZ7Saft7DCDOh3igAdk328LjwR4xELyXZ_LtVL2ALXO7pzY/s1600/1012016_390177431084013_83513910_n.png" height="320" width="284" /></a>Não é preciso dizer que os dois vão se conhecer, e se apaixonar. <strike>Vão transar</strike> (<strike>Hazel vai perder a virgindade com Gus</strike>), e o final será feliz (Só que não. Porque vocês sabem que alguém sempre morre no final desses dramas). Mas o legal dessa história de amor e superação é a forma como o personagem Augustus trata de vencer o obstáculo invencível, que é o câncer. E isso, de certa forma, acabou contagiando Hazel - que, antes de conhecê-lo, não enxergava o mar no horizonte da praia. Sua vida tinha acabado no momento em que a doença havia se apossado de seu corpo. E conhecendo Gus, ela teve novamente um motivo para sorrir e respirar muito além dos tubos de oxigênio enfiados em seu nariz.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eu não vou detalhar toda a história, porque isso cansa, e se vocês quisessem ler comprariam o livro ( Mas eu acredito que todos aqui já leram, ou viram o filme. Então, sabem de tudo o que estou narrando aqui). No entanto, é legal eu destacar a minha visão do livro: Eu gostei.</div>
<div>
Gostei. Gostei. <i>Gostei demais</i>, sabe? Eu chorei, ri, senti pena, senti alegria... Convivi com aqueles personagens. Tudo porque o sentido de vida que Hazel Grace ganhou ao conhecer o Gus eu também ganhei, de forma diferente. Percebi que a vida é muito mais do que doenças e contas a pagar, guerras e política. A vida é muito mais do que protestar por tarifa de ônibus, discriminar diferentes tipos de orientações sexuais, enfim... Apesar de todos esses problemas e fracassos, a vida é feita de escolhas. E duas delas são decisivas na vida: Ser feliz? Ou não ser feliz?</div>
<div>
E não há resposta mais concreta que SIM ou NÃO. Se você diz SIM, de algum modo, você vai correr atrás dos seus objetivos, vai enxergar as consequências da vida com outras pupilas. Vai sorrir mais, vai memorizar cada pequeno - mínimo - momento de felicidade, de distração, de prazer... Porque o mundo é tão catastrófico que nós esquecemos dos bons momentos. E ai eles passam despercebidos.</div>
<div>
Hazel Grace tinha tudo que uma adolescente mimada feliz gostaria de ter: Família, amigos, casa, vida. Mas o câncer que a culminava deixava o seu medo maior do que sua vivacidade. Nada tinha sentido para ela, já que no fim das contas a morte era certa. E ela estava tentando poupar laços de amizade para não fazê-los sofrer no futuro.</div>
<div>
Querida Hazel, estou feliz por você encontrar sua vivacidade em um garoto. Você se apegou a algo que te fez feliz, e conseguiu trazer para toda a sua vida.</div>
<div>
Devemos fazer o mesmo, queridos. Temos um mundo repleto de guerras, política incorreta, desgraças e muita tristeza. Mas existe algo em sua vida que te faz bem, sorrir, alegrar-se. Mesmo que seja uma coisa mínima, mesmo que seja um objeto, mesmo que seja ver um filme, um seriado, sair com os amigos, namorar, ou - como eu - escrever... Apegue-se ao que você mais gosta! Porque isso é o que vai te dar sentido à vida. E é através disso que você vai superar todos os obstáculos.</div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTtUzDJFnbnjPFGPbDe3p6G-fPmW0O9BXWV3zKcByggyDEbxyTJwxjttTCCxY6HHy7kFUN1Byv1GpO-lR0w43URusCreY1yXEI5DU2YEaM86G7W4lN0KysJA-A52XvBaXu5VEolKYTVgw/s1600/sorteio-melina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTtUzDJFnbnjPFGPbDe3p6G-fPmW0O9BXWV3zKcByggyDEbxyTJwxjttTCCxY6HHy7kFUN1Byv1GpO-lR0w43URusCreY1yXEI5DU2YEaM86G7W4lN0KysJA-A52XvBaXu5VEolKYTVgw/s1600/sorteio-melina.jpg" height="213" width="320" /></a>Nós temos o <i>poder</i> de encontrar a felicidade. Basta tirar esses óculos que embaçam a sua visão e abraçar o melhor que o mundo pode oferecer. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Outra situação que o livro aborda e eu trago para a realidade é o fato de viver intensamente, com as pessoas que gostamos. Porque não é a Hazel que morre (Não vou contar quem, mas é fácil especular). Porém, graças ao amor que sentia por Gus e pela vida que tinha, após conhecê-lo, a garota pudera dar um adeus e perceber que eles tinham aproveitado o melhor da vida. E ela ainda teria de aproveitar, porque lá no céu nascera uma estrela brilhante, que a encarava todas as noites de céu aberto. E Hazel estava feliz por contemplar aquele brilho.</div>
<div>
E sua felicidade era por culpa, nada mais, nada menos que da estrela.</div>
<div>
Eu recomendo!</div>
<div>
<a name='more'></a><br /></div>
<div>
No próximo Post, comentarei sobre o <b>Livro de Suspense </b>que me serviu - e serve - de inspiração para a criação de contos e romances de arrepiar!</div>
<div>
Aproveitem para compartilhar e curtir esse post nas redes sociais.</div>
<div>
Até mais!</div>
<div>
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-45159074480803980782015-01-28T00:49:00.000-02:002015-01-28T00:49:28.082-02:00Retomada. Mudanças. Nova Vida. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeuDB104IpTxeTukApItjauQVFrsTJEauaEUjyGYNKsmrp0BjYNE4F9g7rk6LaoNtcba9jtAxg04k-4FxsqKy0irTKag9lcv07HwmWvxjRyLGZajCnIvdYzMTFGQnuAixJz_3AMW8GcaM/s1600/InstagramCapture_5f1d6175-ef20-4130-b49d-152b2edd23e8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeuDB104IpTxeTukApItjauQVFrsTJEauaEUjyGYNKsmrp0BjYNE4F9g7rk6LaoNtcba9jtAxg04k-4FxsqKy0irTKag9lcv07HwmWvxjRyLGZajCnIvdYzMTFGQnuAixJz_3AMW8GcaM/s1600/InstagramCapture_5f1d6175-ef20-4130-b49d-152b2edd23e8.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Olá, queridos leitores, escritores e internautas que passam metade do dia e da noite antenados a este mundo tecnológico. (isso soou muito <i>nerd</i>, não?)</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como estão? Como passaram o reveillon? Comeram bastante peru? Encheram a <i>cara</i> de vinho, <i>champagne</i> e <i>vodka</i> misturada com aquele <i>suquinho</i> que estava guardado o ano inteiro na prateleira? Se sim, então '<i>toca aqui</i>', porque eu também fiz tudo isso. E com razão!</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu ano de 2014 foi incrivelmente inusitado, ao ponto de chegar a ser assustador. Eis alguns fatores listados como parte da aventura que tive para buscar uma condição e qualidade de vida melhor em nome do amor e do meu futuro:</span><br />
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sair da casa da <i>mamãe</i>;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Morar na Penha, Zona Leste;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Iniciar o curso de Marketing;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Abandonar o emprego da cidade Natal por causa da mudança de localidade;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Encontrar um novo emprego para pagar os 30% da faculdade, pois ganhara 70% de bolsa;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dar continuidade ao <i>hobbie</i> de escrever histórias inventadas e vividas por minha pessoa (sem sucesso, e sem inspirações suficientes);</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me adaptar ao novo ambiente de São Paulo, incluindo o "<i>confortável</i>" metrô da linha vermelha (choro e vaias para essa citação);</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me adaptar a vida de casal (algo completamente <i>novo</i> para mim);</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Adaptar a diversas <i>refeições-não-preparadas</i> pela minha querida mamãe (essa foi difícil);</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conviver longe do meu pai e meus irmãos;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conviver longe da minha mãe (particularmente, essa ainda é uma etapa a ser vencida);</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conseguir um emprego, e alguns meses depois sair por motivo de <i>stress</i> e para buscar nova oportunidade dentro da área de estudo;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conseguir um outro emprego, mas ter de trancar a faculdade por causa dos horários que não batiam;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Largar o emprego e conseguir outro em uma instituição cultural do governo;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me mudar para a <i>Zona Norte</i> de São Paulo e começar tudo do zero novamente.</span></li>
</ul>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E a lista, aparentemente, não termina...</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas, resumindo ainda mais, o ano de 2014 foi aquele em que eu prometi tudo, e não fiz nada. Foi o ano em que decidi que ia retomar minha vida como escritor, mas só me distanciei ainda mais do objetivo. Foi o ano em que prometi crescer profissionalmente, mas até agora não firmei nenhum emprego fixo. Foi o ano da graduação, que foi trancada no segundo semestre. Enfim... Foi um ano<i> difícil</i>.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar de tudo, também foi o ano das escolhas. Muitas escolhas difíceis, como deixar a casa dos meus pais e criar uma nova expectativa de vida, em um novo lar que não era meu. Foi o ano da adaptação, de novos ares... E um novo <i>amor</i> que - hoje - me acompanha nessa jornada em busca da felicidade.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU3HFfJfP3qmMoLEt9Ca_VAbFxuty90rFlEEy79Grd93ZJbtFBrUc0B2hINHuL0uOEUGxUWMe0qpdN8ci39o2U0nFBnoY2ODnQDGQrRzS_h_JlRvCVoCI8veExqGDmYx6yxeghmM1F7c4/s1600/valdas3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU3HFfJfP3qmMoLEt9Ca_VAbFxuty90rFlEEy79Grd93ZJbtFBrUc0B2hINHuL0uOEUGxUWMe0qpdN8ci39o2U0nFBnoY2ODnQDGQrRzS_h_JlRvCVoCI8veExqGDmYx6yxeghmM1F7c4/s1600/valdas3.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não vou dar muitos detalhes sobre minha vida amorosa. Na verdade, nada além do que já escrevi acima. Porém, posso dizer com todo o meu coração que todas as minhas atitudes até aqui, incluindo os fracassos, as decepções e todas as dificuldades passadas em 2014 valeram a pena. Porque hoje eu estou aqui, com o <i>amor da minha vida</i>, que - querendo ou não - se tornou inspiração para os meus objetivos. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E se 2014 pareceu dar tudo errado em minha vida, 2015 começou com o pé mais direito que as <i>leis do brasil</i> (irônico. Mas <i>muito mais</i> direito!). Se o meu objetivo, desde criança, como está descrito no logo do blog, era me tornar um escritor reconhecido, hoje eu posso bater palmas e erguer as mãos para o céu. Porque, depois de tantos anos escrevendo, parando, voltando, perdendo e ganhando inspirações... Esse ano eu finalmente inciarei o curso que tanto desejei na vida, mas que nunca tive coragem de fazer. Ouvi tanto que não era um curso viável, que não me daria oportunidades no mercado de trabalho, que não era bem visto pelas empresas...</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ouvi muito disso.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas, eu peço perdão à minha própria pessoa por só perceber agora - em 2015 - o quanto eu fui idiota por dar ouvido àqueles que não queriam a minha felicidade, e sim, a minha prosperidade profissional.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Queridos</i>, por mais que suas intenções tenham sido as melhores possíveis, ai vai uma dica que há tempos eu deveria ter aprendido:</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes de qualquer tipo de objetivo em sua mente, realize sempre o primeiro e o mais importante de todos: Ser feliz.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E eu só serei feliz exercendo a minha função de escritor, seja em um jornal, seja como professor de português, seja como um crítico de cinema, resenhista, ou um simples contador de histórias. Então, hoje, eu me sinto confiante de que esse será o ano das grandes realizações em minha vida. Estou sentindo a auto-estima banhar o meu corpo e alma, as grandes expectativas, a vontade de ser quem eu era quando mais jovem: Um sonhador.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPYHasU6vOkWZj-NB5e7HbDCno3ojnPdqIi6KDN_EWZQDLaQFfZWGm5-qb6wAYu5F330ebHbEtM4CB3Rzh7yt2FA9HoRYHpj0GcfkssxGDy121_mmUbZ4H-NA2AdX20on6qtJYBb71iX0/s1600/faculdade-de-letras-cursos-de-letras-no-brasil.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPYHasU6vOkWZj-NB5e7HbDCno3ojnPdqIi6KDN_EWZQDLaQFfZWGm5-qb6wAYu5F330ebHbEtM4CB3Rzh7yt2FA9HoRYHpj0GcfkssxGDy121_mmUbZ4H-NA2AdX20on6qtJYBb71iX0/s1600/faculdade-de-letras-cursos-de-letras-no-brasil.jpg" height="240" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em fevereiro, darei início às minhas aulas de graduação em Letras - Português e Inglês - na Universidade <i><b>Cruzeiro do Sul</b></i>, com direito à licenciatura. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pronto, <i>destino</i>. Fiz o que meu coração pediu. Agora é com você!</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E, consequentemente, estou de volta às origens do lugar que abriu os meus olhos para o mundo da escrita.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem disse que eu abandonei o blog? E quem disse que vou abandonar?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Queridos, essa é a nossa vida: As inspirações vem e vão, assim como o vento sempre muda de direção. Mas as idéias estão sempre em nossa mente. Basta ajustar a bússola da felicidade para que todas as coisas deem certo.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por um segundo, pensei em excluir este lugar. Criar algo novo. Mas, por respeito a quem me conhece, e a eu mesmo, continuarei o meu trabalho aqui. Este é o meu cantinho, e este será o meu legado um dia.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbh_WCa3ZHZJ9-No-xFK4u7Gi5wFsWZ27diUqjpj2krGGMx1ZCeFzOsNn5h2mikVqpee8P3t2ziryMlQN66is7n6zJ9ZPa7dKo93VzMdEoqRUqPmS2oRBm13FwGSkM24cruJyTYRIPqMs/s1600/vallll.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbh_WCa3ZHZJ9-No-xFK4u7Gi5wFsWZ27diUqjpj2krGGMx1ZCeFzOsNn5h2mikVqpee8P3t2ziryMlQN66is7n6zJ9ZPa7dKo93VzMdEoqRUqPmS2oRBm13FwGSkM24cruJyTYRIPqMs/s1600/vallll.jpg" height="240" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mais uma vez, obrigado pela força que sempre me deram. Espero que eu possa resgatar aqueles que um dia passaram por aqui. Porque novidades não vão faltar este ano, eu prometo!</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aos poucos, vou reformular o cantinho. Deixá-lo mais moderno, mais interativo. Mas sempre terá essa aparência humilde e simples, porque o que realmente interessa é o conteúdo, não?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa é a minha deixa, ou a introdução para o meu retorno. É como se eu estivesse criando o blog agora. Fiquem por aqui. Ou levem-me comigo em seus celulares, tablets e notebooks. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aproveitem para me seguir nas redes sociais. Os links estão no blog. Nunca pensei em parcerias, mas "nunca diga nunca", não é mesmo?</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Obrigado, amigos.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até a próxima.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Novo ano. Nova vida. Mesma meta: Ser feliz.</b></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com1Itanhaém - SP, Brasil-24.1817994 -46.785033399999975-24.1817994 -46.785033399999975 -24.1817994 -46.785033399999975tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-50712374939761072682014-10-07T15:12:00.001-03:002014-10-07T15:13:31.261-03:00IRMÃ MAIS VELHA E SEU ANIVERSÁRIOBoa tarde, queridos amigos!<br />
Ontem, dia 06/10/2014 foi uma data muito especial para a minha família. Foi o aniversário da minha querida maninha, Tânia Luciano, que completou 29 anos - com cara de 25 -. Enfim, como sou o melhor irmão do mundo para ela (só que jamais!), fiz essa pequena homenagem de pouco mais de 4 minutos, de uma forma cômica e descontraída...<br />
<br />
Espero que gostem!<br />
<br />
Te amo, irmãzinha. Sua chata!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/dS2Q6zO26yY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-14266644390182293652014-09-29T14:50:00.001-03:002014-10-01T09:53:24.518-03:00Mudanças e as Estrelas, As<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX-A7XDACQsL8lVdwFmv3JeCPkXJUXNaNG_AW-WchOcLi6pQMljxIUBDG3Nb1Vdq2gHHbiR00VbSCFmqn44Jc5ywqZSOnDQ6kVQhAcYrhB-uN31PkQCWmW2e38fsPrc2IQnCAzT2uVP24/s1600/59348_Papel-de-Parede-Estrelas--59348_1024x768%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX-A7XDACQsL8lVdwFmv3JeCPkXJUXNaNG_AW-WchOcLi6pQMljxIUBDG3Nb1Vdq2gHHbiR00VbSCFmqn44Jc5ywqZSOnDQ6kVQhAcYrhB-uN31PkQCWmW2e38fsPrc2IQnCAzT2uVP24/s1600/59348_Papel-de-Parede-Estrelas--59348_1024x768%5B1%5D.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deitei
sobre o gramado verde, que logo no início já me dava indícios de que no final
eu sairia com bastante coceira e alergia. Mas, mesmo assim, valeria a pena
sofrer um pouco apenas para avistar o marinho daquele céu de noite, com brilhantes
estrelas que aparentavam ser de prata, e piscavam como luminárias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> <i>O tempo passou</i>, pensei. E realmente
havia passado: Lá estava eu, com os meus vinte e um anos, com duas faculdades
trancadas, um emprego de contrato temporário, mudando-se de casa em casa, fugindo
da calmaria de uma cidade interiorana para o bate cabeças que era o centro de
São Paulo. Deixei mãe, pai, irmãos, Kyara – minha cadela – e todos os meus
amigos de infância. Os melhores, os piores, os meios-termos, as amizades
coloridas, as preto e branco, o cabelereiro da esquina, o campinho de futebol,
a quadra da escola – e a escola onde estudei... Enfim, deixei a minha infância.
Minha vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Enquanto
observava as estrelas, as mais brilhantes, vagava no tempo e espaço procurando
uma resposta para muitas das minhas decepções: As histórias, os contos, os
romances que antes escrevia, e as ideias que antes eu tinha, haviam se
dissipado. Talvez devessem estar no espaço, perto das estrelas. Mas eu não as
culpava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Eu
também não me culpava. Fazia tempo que não assistia mais a filmes de terror. Os
meus livros estavam guardados a sete chaves, como se fossem tão importantes
para mim que nem mesmo eu pudesse deixá-los a solta. Mas qual valor eu estava
dando para aqueles montes de papel impresso? Eu não estava lendo! Muito menos
escrevendo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Ah,
Deus! Que frustração. Esse era o meu dom. Um dom que muitos adorariam ter, mas
eu era um dos poucos ao meu redor que tinha. E por falar em Deus, onde estava o
Valdir saxofonista? O Valdir Violinista? Que tantos dons desperdiçados eram
esses?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Chorei,
pela primeira vez, em muito tempo. Chorei enquanto observava que aquelas
estrelas me encaravam como se eu fosse um estranho, uma aberração da natureza.
Um jovem exilado que não deu valor aos conhecimentos que adquiriu, às
capacidades ganhas, à inteligência considerável, aos amigos mais queridos, e a
família única nesse mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> O que
eu havia me tornado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> O que
eu me tornei hoje?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Obras
inacabadas, instrumentos embaixo da cama, amizades longínquas e família
decepcionada. E o que restou de mim? O que me restou?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Parece
que perdi a fé. Eu não sei muito sobre o significado dessa palavra, mas sinto
que a perdi. E não vejo um futuro brilhante. Ao contrário, vejo as poucas luzes
ao meu redor se apagarem tão lentamente como as de um abajur, e uma tremenda
escuridão no horizonte. Será esse o meu destino?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> O que
estou sentindo neste exato momento? Digam-me, estrelas! Porque se eu disser que
estou triste, estarei mentindo. Mas se disser que estou feliz, continuarei
mentindo. Então, sendo assim, não sou eu o dono da minha própria razão! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> De
repente, pude ver as estrelas ficando maiores: Estavam se aproximando da terra.
Começaram a cair na velocidade de asteroides. Quando tocaram o solo, explodiram
em milhares de pequenas partículas brilhantes, como se fossem purpurinas
jogadas ao ar por crianças do ensino fundamental. E o brilho começou a tomar
toda aquela área na qual estava. Os gramados se transformaram em nada. Eu já
não os via mais. O ambiente ao meu redor havia desaparecido. Agora eu estava em
pé, flutuando, e a escuridão absoluta me rodeava. Olhei da direita à esquerda,
de cima abaixo, e não conseguia ver um horizonte, um fim para aquela imensidão
infinita. Tudo o que eu podia avistar eram pequenas partículas brilhantes
passando por mim. O silêncio era ensurdecedor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Eu
estava no meio do espaço. Sem capacete, roupas de astronauta ou qualquer
vestimenta adequada para a ocasião. Continuava a respirar como se o oxigênio
das plantas e algas ainda estivesse por perto. Me sentia só. E, de certa forma,
estava. Mas não por muito tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Percebi
que constelações começaram a se aproximar de mim de forma lenta – suas figuras
eram semelhantes àquelas que conhecemos em revistas e livros, ou desenhos
animados -. Uma a uma, cada estrela se transformou em um ser humano: Mulheres,
homens, crianças... Eles pareciam estar dormindo, com os olhos fechados. Na
verdade, era como se estivessem sonhando profundamente, e não queriam acordar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Pude reconhecer
o Guilherme, amigo desde a quarta série do ensino fundamental. Ao seu redor, a
sua irmã Isabela, sua mãe, seu pai, seus avós... Em uma outra constelação,
consegui avistar Rodrigo, meu vizinho e amigo desde a infância, sua irmã e seus
pais...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Nos
outros grupos ao meu redor, pude ver a imagem do Ronaldo, Fabinho, da Bia e sua
família. Da Aline, Cláudia, Elaine, Thalita... Da Andréia, da Regina, do
Fernando, do Noé e sua esposa... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Comecei
a perceber que eram todos os meus amigos, conhecidos, colegas da escola,
professores e diretores. Eram todas as pessoas que pela minha vida passaram e,
em algum momento, conseguiram marcar suas principais participações, e no que
elas me influenciaram a ser quem sou hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Comecei
a sorrir. Aquilo parecia ser um sonho, e com certeza era. Era muito surreal
para ser verdade. Mas conseguia passar algo que me fazia refletir, mesmo sem saber
sobre o quê.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - A sua
estrela não apagou – a voz atrás de mim disse de modo suave – Você mudou e não
é mais o menino que já foi antes. Mas continua sendo o meu filho, e eu sei que
você tem um brilho radiante e esplendoroso dentro do seu coração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> -
Maninho – a outra voz disse do meu lado direito – Você tem muitos dons que
pessoas da sua idade não possuem. Eles não se foram. Estão ai dentro de você.
Basta fazer essa luz brilhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - E ai,
tampinha – a voz masculina soou do lado esquerdo – Eu te ensinei muitas coisas
sobre a música, mas o dom já estava em você.
E ainda está.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Filho
– O homem à minha frente disse – Eu já te privei de muitas coisas na vida. Mas
todas elas foram para o seu bem. Os seus dons, ninguém irá lhe arrancar. Eu
estou aqui. Eu te entendo e, acredite, eu tenho muito orgulho de você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Assim
como os quatro elementos da natureza, que precisam se unir para manter o
controle sobre a terra, as quatro pessoas mais importantes no mundo para mim
estavam ali, unidas. Algumas não aceitavam minhas escolhas, outras talvez não acreditassem
nas minhas expectativas... Mas todos eles me amavam, e tinham certeza que eu
tinha uma luz tão forte quanto a minha determinação, e que eu precisava o
quanto antes expulsá-la para fora e fazê-la explodir em inúmeros raios que
trariam de volta os meus dons, as minhas virtudes, as minhas vontades, e a
minha felicidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Eu te
amo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Eu te
amo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Eu te
amo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Eu te
amo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> - Você
não tem uma estrela, Valdir – uma outra voz soou, mas não pude enxergar sua
face – Você é uma estrela, e vai brilhar no momento certo, assim como todos os
seus amigos e familiares também hão de brilhar...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Um
vasto clarão tomou aquele imenso infinito. Parecia que cada um estava indo para
um lugar diferente: Os seus próprios caminhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> As
pessoas dizem que cada um tem uma estrela que brilha no céu por nós. Mas, na
verdade, nós somos a estrela. Precisamos aprender a fazê-la brilhar, e mesmo
que saibamos, ela só irá brilhar no momento certo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Os
nossos dons não se foram. Eles ainda estão lá dentro, esperando o melhor momento
para ser revelados. As nossas escolhas, por mais difíceis e árduas que - muita
das vezes – sejam, nos levarão para os nossos devidos propósitos. Algumas
pessoas não vão te aceitar, ou criticarão suas determinações. Mas, saiba que
somente as suas escolhas, suas determinações e sua aceitação consigo mesmo te
levarão a brilhar como uma estrela. E, por fim, você vai sorrir de verdade. E
entenderá que temos apenas uma vida para vivermos, e uma vida para sermos
felizes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI3paoHfceETiO-J0dxijeHpGKy74TjshcZCVvZyXPrSXFOcbvSebjJ2RjhrGAuikBffQY5j2SWptaAz9wlgerItP723vMvvp-keXsgW-ChVlJ5336nl5tpPPD-qoLdOxeB0KIhhWjTrY/s1600/906867_484658488254208_2123227549_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI3paoHfceETiO-J0dxijeHpGKy74TjshcZCVvZyXPrSXFOcbvSebjJ2RjhrGAuikBffQY5j2SWptaAz9wlgerItP723vMvvp-keXsgW-ChVlJ5336nl5tpPPD-qoLdOxeB0KIhhWjTrY/s1600/906867_484658488254208_2123227549_o.jpg" height="240" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> O
escritor que eu fui ontem, ainda está aqui. O músico que eu fui ontem, ainda
está aqui. Posso sentir, eles estão ansiosos para mostrar o quanto
amadureceram. Mas eu esperarei o tempo certo para invoca-los. E o tempo certo
não é o tempo dos outros...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> É o meu
tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Na
verdade, eu não estava deitado sobre o perfeito gramado, nem observando as
estrelas brilharem como incríveis luminárias... Eu estava aqui, sentado o tempo
todo sobre a cadeira, pensando que já fazia tempo que não escrevia algo, e
precisava escrever. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Então
eu comecei, e neste momento, percebo que o tempo que tanto aguardava chegou: O
tempo de brilhar novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> E o seu
tempo? Chegou?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
Valdir Luciano, 29/09/2014<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-87411519796970918632014-03-18T02:17:00.003-03:002015-02-07T01:48:34.785-02:00(Conto) Morte Demoníaca<div class="MsoNormal">
<b>Morte Demoníaca</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyNEJE8sAQ1Gt1Z8cXgx1wE2ZFpRKfRFJ1KxtPner4BEoSuyom9XZthxshEneZudQhOE2gUdV5r1lOVh60hYF555ONXzxoVILvadBuiKX-enXGQv1sYLR7bO5we5Rct-2bxfu-8QW_Pho/s1600/Evil-Dead-Evil-Basement-chick.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyNEJE8sAQ1Gt1Z8cXgx1wE2ZFpRKfRFJ1KxtPner4BEoSuyom9XZthxshEneZudQhOE2gUdV5r1lOVh60hYF555ONXzxoVILvadBuiKX-enXGQv1sYLR7bO5we5Rct-2bxfu-8QW_Pho/s1600/Evil-Dead-Evil-Basement-chick.jpg" height="162" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Josh
abriu os olhos de repente: Um forte ruído havia ecoado sobre aquele pequeno e
abafado quarto de madeira, dentro da velha cabana perdida no meio da floresta
de Black Hills.</div>
<div class="MsoNormal">
Seus olhos
enxergavam o teto mofado, prestes a despencar, enquanto sua mão esquerda
vasculhava aquilo que deveria estar ao seu lado, cobrindo a outra metade da
cama.</div>
<div class="MsoNormal">
- Rose
– ele sussurrou, enquanto tentava tocar em seu corpo. Não queria acordá-la, mas
precisava ter a certeza de que ela estaria ali. Então, lentamente, ele girou
sua cabeça noventa graus para a esquerda:</div>
<div class="MsoNormal">
Rose
havia sumido.</div>
<div class="MsoNormal">
Incrédulo
do que estava presenciando, Josh inclinou seu corpo para cima e observou a
luminosidade afora através da janela fechada por grades de ferro: Ainda era
noite, o que o deixou completamente intrigado. </div>
<div class="MsoNormal">
- Rose!
– agora ele exclamou com firmeza. Rapidamente, pensou nas possibilidades dela
ter se levantado para fazer suas necessidades, beber um copo d’água, ou escovar
os dentes. Mas ele estava claramente certo de que sua namorada não teria
coragem de sair da cama e caminhar sozinha em direção ao banheiro. Ele a
conhecia bem. Muito bem.</div>
<div class="MsoNormal">
De
repente, uma leve e estranha brisa soprou ao redor do quarto. Ao mesmo tempo, o
som de papel fino ecoou aos ouvidos de Josh. Ao inclinar sua cabeça para o
chão, deparou-se com um velho livro aberto, cujas folhas dançavam da direita
para a esquerda através do vento. </div>
<div class="MsoNormal">
- Mas
que porra é essa? – ele questionou em voz alta. Lembrou-se rapidamente daquele
livro. Porém, não se recordava de tê-lo trazido até o quarto. Antes de dormir,
o deixara em cima da mesa, na cozinha. </div>
<div class="MsoNormal">
Seus
olhos encararam aquele livro. As folhas trocavam de página, uma a uma, movida
por uma força além de sua compreensão. Movida por algo, alguém...</div>
<div class="MsoNormal">
O
coração de Josh começou a palpitar fortemente. O frio em seu estômago revelava
a insegurança, a desconfiança e o sentimento de medo que estava sentindo ao
olhar para aquele objeto jogado no chão. Ele não o havia lido, mas lembrou-se
da capa que estampava através de uma tinta vermelha, fresca... :</div>
<div class="MsoNormal">
“ Invoque”</div>
<div class="MsoNormal">
Outro
ruído ecoou aos seus ouvidos, desta vez vindo de fora do quarto. </div>
<div class="MsoNormal">
<i>Rose</i>,
ele pensou e então caminhou rapidamente em direção a saída do local: Deparou-se
com a escura e pacata cozinha, onde havia apenas uma mesa de madeira com duas
cadeiras. A única claridade era a do luar, o que não era o suficiente para
iluminar a cabana. As velas expostas sobre a mesa estavam quase gastas. O medo
começou a tomar conta de Josh.</div>
<div class="MsoNormal">
O homem
girou sua cabeça para a esquerda, deparando-se com um estreito e assustador
corredor. No final do mesmo, uma fraca luz refletia uma sombra que dançava
lentamente sobre as paredes do lugar. </div>
<div class="MsoNormal">
Os
passos de Josh eram lentos. O ranger da madeira sendo pisoteada podia ser
ouvido, e cada vez mais a angustia daquele homem era evidente. Onde estaria sua
namorada? Que sons eram aqueles? Por que o livro estava jogado em seu quarto?</div>
<div class="MsoNormal">
Eram
mais e mais questões sem qualquer resposta concreta. E quanto mais ele se
aproximava do destino, mais perguntas surgiam.</div>
<div class="MsoNormal">
O vento
soprava incessante sobre a cabana. Os pés eram colocados um à frente do outro
em passos curtos, cautelosos. Logo, Josh estava no corredor e conseguia avistar
uma única porta semiaberta, de onde vinha a fraca luz.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao
aproximar-se do destino, Josh elevou sua mão direita em direção a fechadura:
Ele a empurrou e, de repente, deparou-se com a silhueta de um corpo parado em
pé, virado de frente para seus olhos. As vestes brancas cobriam aquela pessoa.
Os cabelos morenos e longos do ser estavam umedecidos pelo suor. A vela em suas
mãos estava prestes a se apagar.</div>
<div class="MsoNormal">
Josh
suspirou. Seu coração quase saiu pela garganta. Aquela era Rose, sua namorada,
Finalmente, havia aparecido, mesmo que naquele estado.</div>
<div class="MsoNormal">
- Rose,
o que aconteceu? Por que acordou no meio da noite?</div>
<div class="MsoNormal">
A chama
da vela, de repente, dançou som o soprar de uma frisa brisa. Rose estava
calada, quieta, não tinha expressão no rosto. </div>
<div class="MsoNormal">
- Rose!
– Josh exclamou, agora assustado pelo comportamento da garota.</div>
<div class="MsoNormal">
Por
fim, ela respondeu em voz baixa, sussurrante:</div>
<div class="MsoNormal">
- Eu...
Precisava... Eu Prec... Perdi o sono...</div>
<div class="MsoNormal">
- Você
perdeu o sono? Mas como? Você estava morta de sono agora a pouco.</div>
<div class="MsoNormal">
- Tive
pesadelos...</div>
<div class="MsoNormal">
Josh
rapidamente lembrou-se do livro que haviam encontrado naquela cabana. Logo se
deu conta de que o motivo para ela estar acordada fora aquele maldito artefato,
cujas escritas a fizeram acordar. </div>
<div class="MsoNormal">
- Eu
disse para você não ler aquele livro – ele resmungou – Eu não sei qual era o
gênero daquela merda, mas com certeza não era coisa boa... Não sei por que meu
pai resolveu deixar esse livro aqui, mas eu vou dar um fim nele. Agora, vamos
para a cama. Devemos dormir. Amanhã voltaremos para a cidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Josh
elevou suas mãos em direção a Rose. Porém, ao tocá-la, avistou os olhos
amarelados, tomados por um fúria, cujas veias circulavam nas pupilas. </div>
<div class="MsoNormal">
De
repente, a vela se apagou.</div>
<div class="MsoNormal">
- Deus!
– Josh gritou, pasmo. A escuridão caiu sobre aquele corredor – Rose, o que
houve?!</div>
<div class="MsoNormal">
Silêncio.</div>
<div class="MsoNormal">
A
respiração de Josh podia ser ouvida. Ele não queria falar, pois estava
esperando pela reação de sua namorada. Porém, ela permanecia dentro daquele
banheiro, quieta, silenciosa, estranha...</div>
<div class="MsoNormal">
Ruídos.</div>
<div class="MsoNormal">
Josh
começou a ouvir novos ruídos, vindo daquele banheiro, da direção de Rose. Eram
sons semelhantes a cortes, como se algo estivesse sendo raspado...</div>
<div class="MsoNormal">
Desesperado,
o homem pegou o celular, acendeu a lanterna e mirou em direção à garota. No
mesmo instante, deu passos para trás.</div>
<div class="MsoNormal">
O
sangue escorria das pernas de Rose, tocando o chão. </div>
<div class="MsoNormal">
Os
cortes continuavam.</div>
<div class="MsoNormal">
Os
olhos de Josh cintilaram e ele se apoiou na parede do corredor, incrédulo do
que estava presenciando:</div>
<div class="MsoNormal">
As
afiadas navalhas eram cravadas sobre a vagina da garota, sendo repuxadas da
direita para esquerda, de cima para baixo. O líquido ferroso escorria em
profusão. O sorriso demoníaco estampado em Rose incomodava a quem olhasse: Um
sorriso forçado, furioso e ao mesmo tempo alegre...</div>
<div class="MsoNormal">
-
Jesus... – Josh sussurrou, levantando-se e correndo em direção a saída da
cabana. Porém, ao tentar puxar a fechadura da porta da cozinha, percebeu que a
mesma estava trancafiada. Ele tentou procurar as chaves em seu bolso, mas não
as encontrou.</div>
<div class="MsoNormal">
Olhou
para trás e avistou a silhueta demoníaca daquela que já não era mais a sua
namorada caminhando lentamente em sua direção.</div>
<div class="MsoNormal">
-
Volte, amor. VAMOS TRANSAR! – a aberração disse, agora com uma voz grave e
distorcida – ME DEIXA SENTAR EM CIMA DO SEU PAU, SEU VIADINHO! </div>
<div class="MsoNormal">
Por
onde a mulher passava, o caminho de sangue era criado.</div>
<div class="MsoNormal">
Desesperado,
Josh começou a chutar a porta brutalmente, tentando arrombá-la para fugir
daquele inferno o mais depressa possível. A garota estava cada vez mais próxima
e ele já estava ficando sem opções.</div>
<div class="MsoNormal">
De
repente, olhou para a janela ao lado da porta. Sem pensar, socou a vidraça da
mesma, fazendo os cacos de vidro rasgar suas mãos. Josh estava fazendo de tudo para
fugir, achar uma saída. </div>
<div class="MsoNormal">
Ele
colocou as duas mãos para o lado de fora, através da janela, empurrando seu
corpo para frente. Porém, a mão da garota já o havia alcançado, puxando-o para
trás com uma força incontrolável, não humana: O homem caiu por sobre o chão,
enquanto Rose – já em aparência petrificada – sentou em seu colo forçadamente,
esfregando-se de forma sensual. O sangue manchava as vestes do homem, que
tentava se desprender. Porém, era impossível.</div>
<div class="MsoNormal">
- ME
DEIXA SAIR, FILHA DA PUTA! ME SOLTA! – ele gritou, retorcendo-se bruscamente.</div>
<div class="MsoNormal">
- AGORA
VOCÊ VAI LAMBER, AMOR! </div>
<div class="MsoNormal">
De
repente, o corpo possuído levantou-se com movimentos semelhantes a de
marionetes, caminhou centímetros a frente. Josh conseguia enxergar a vagina da
garota sangrando em seu rosto. E então, o corpo sentou brutalmente em cima da
face do homem. O órgão sexual era esfregado impiedosamente entre a boca e o
nariz de Josh, fazendo-o engolir sangue.</div>
<div class="MsoNormal">
-
LAMBE, FILHO DA PUTA! LAMBE! - o demônio
gritava, aparentando estar sentindo prazer.</div>
<div class="MsoNormal">
Josh se
retorcia, agonizando, quase se sufocando. De repente, uma de suas mãos sentiu
tocar em um artefato jogado sobre o chão: Uma navalha – a mesma ao qual Rose
cortara a vagina -. Rapidamente, ele a cravou sobre o estômago da criatura,
fazendo-a cair.</div>
<div class="MsoNormal">
Desesperado,
ele se levantou e, através de uma força que jamais imaginaria ter, arrombou a
porta da casa, saindo, deparando-se com uma extensa floresta tomada por um
nevoeiro típico de madrugada.</div>
<div class="MsoNormal">
Ruídos
começaram a soar de dentro da cabana. Um estranho e irreconhecível linguajar
também podia ser ouvido. </div>
<div class="MsoNormal">
Josh
começou a correr floresta afora, ansioso para encontrar uma saída. Enquanto
corria, lembrou-se de que deixara seu carro ao lado da cabana. Porém, era tarde
demais. Ele não voltaria àquele inferno. Ainda não conseguia entender como tudo
aquilo havia acontecido. O que mais estava concreto em sua mente era a
salvação: Sair vivo daquele lugar. O resto ele poderia deduzir depois.</div>
<div class="MsoNormal">
A
floresta parecia não ter fim. Os galhos das árvores batiam em seu rosto, e ele
se sentia cada vez mais perdido. O nevoeiro parecia mais denso e o desespero
era evidente em seus olhos lacrimejantes.</div>
<div class="MsoNormal">
Aos
poucos, Josh podia ver luzes enfileiradas, separadas por metros de distância.
Postes que sustentavam os fios de telefone e energia elétrica. A pista que cortava a mata...</div>
<div class="MsoNormal">
O
alívio começou a florescer em seu peito. O arfar era de satisfação.</div>
<div class="MsoNormal">
Ele
finalmente estava a salvo.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao
mesmo tempo, uma forte luz vinha em direção à pista, mirando em Josh: Era um
carro.</div>
<div class="MsoNormal">
-
Graças a Deus – ele disse, arfando de felicidade.</div>
<div class="MsoNormal">
Rapidamente,
foi para o meio da pista e fez o comum gesto de pedir carona. </div>
<div class="MsoNormal">
O carro
correspondeu, parando e diminuindo a luz do farol.</div>
<div class="MsoNormal">
Josh
aproximou-se do carro, sem pensar em pedir qualquer favor: Abriu a porta do
mesmo e adentrou, em total desespero.</div>
<div class="MsoNormal">
- Por
favor, me tira daqui – ele disse, quase sem fôlego.</div>
<div class="MsoNormal">
Não
houve resposta.</div>
<div class="MsoNormal">
De
repente, Josh olhou para cima e avistou um chaveiro pendurado, dançando sob o
automóvel...</div>
<div class="MsoNormal">
Um
chaveiro com um nome escrito: </div>
<div class="MsoNormal">
“Josh”.</div>
<div class="MsoNormal">
Aquele
era o seu carro.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao
mesmo tempo, as luzes dos postes começaram a se apagar, uma por uma, até que a
escuridão tomou aquela pista.</div>
<div class="MsoNormal">
De
repente, a voz ao seu lado disse aos sussurros:</div>
<div class="MsoNormal">
- <i>Você ainda não leu aquele livro, meu amor...<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i> </i>Josh, pasmo, virou
lentamente sua cabeça.</div>
<div class="MsoNormal">
Rose o
atacou com os dentes.</div>
<div class="MsoNormal">
De
longe, podia-se avistar o sangue espirrando sobre as vidraças do automóvel,
junto dos berros ensurdecedores de Josh.</div>
<div class="MsoNormal">
O
demônio estava a solto.</div>
<div class="MsoNormal">
Mas até
quando?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fim.</div>
<div class="MsoNormal">
Valdir Luciano, 2014</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-84264314643565479862014-03-18T02:09:00.000-03:002014-03-18T02:11:25.049-03:00Introdução ao Conto "Morte Demoníaca"Saudações, queridos leitores, escritores e internautas!<br />
<br />
Como prometido, darei <b>início</b> às postagens contínuas deste blog. Pretendo atualizá-lo sempre que puder, ou sempre que houver qualquer novidade.<br />
<br />
E a novidade da vez é um <b>novo conto</b> que há pouco tempo que escrevi - e, claro, é de <i><b>terror</b></i>. Os meus amigos e seguidores já me conhecem o suficiente para ter ciência de que é de <i>gore</i> que eu gosto, e nada melhor do que compartilhar os meus medos e inspirações literárias.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlMPKE7MbxC6WraRkRDA8b0-Nw10yqfYSnrpOI3bmJSWF37OO9lzeEsNFGeshaTfqY7QZ0rsQIgGt1Tx2J6aXnAPLU49SX0JwFA2TGNPXDGrgNFImyh1e9QkA-XQ3bX9mRYRvaed6ppmA/s1600/Evil_dead_ver1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlMPKE7MbxC6WraRkRDA8b0-Nw10yqfYSnrpOI3bmJSWF37OO9lzeEsNFGeshaTfqY7QZ0rsQIgGt1Tx2J6aXnAPLU49SX0JwFA2TGNPXDGrgNFImyh1e9QkA-XQ3bX9mRYRvaed6ppmA/s1600/Evil_dead_ver1.jpg" height="320" width="205" /></a>A história da vez é bastante curta. Posso nomeá-la uma <i>Homenagem</i> a um filme bastante popular, sucesso de bilheteria e que custou muito, mas muito pouco. Dirigido por <b>Sam Raimi</b>, autor dos três primeiros filmes do Homem Aranha, este longa poderia ter se tornado um fracasso no cinema, devido ser classificado como <i>Trash</i> na época em que foi criado. Mas, contrariando as críticas de plantão, tornou-se um sucesso cultuado.<br />
<br />
<b>The Evil Dead</b> - mais conhecido no Brasil como <i><b>A Morte do Demônio</b></i> (tradução tosca!), foi criado em 1981, e narra a simples história de cinco jovens aventureiros que vão passar um fim de semana em uma cabana isolada no meio de uma densa floresta. O macabro se manifesta quando um deles toca um antigo gravador encontrado dentro da casa, despertando todos os demônios ocultos no lugar. Logo, todos eles são possuídos um a um. Antigamente, o terror realmente assustava. Hoje, se formos re-assistir, daremos boas gargalhadas com o extremo gore e tom de comédia que o filme passa. Ressaltando que há pouco tempo foi lançado um <i>remake</i>, basicamente tratando da mesma história do original.<br />
<br />
Mas, voltando ao conto mencionado no início da postagem, a história é extremamente baseada no filme. Para quem assistiu, vai se lembrar de muitas cenas e o momento será nostálgico. Para os que não assistiram, creio que irão se impressionar com a extrema violência que acrescentei na história. Realmente, eu queria causar impacto neste conto.<br />
<br />
Não vou detalhar absolutamente nada sobre o mesmo. Até porque ele é bastante curto, e ai eu poderia soltar algun <i>spoiler</i>. Portanto, tratem de lê-lo do início ao fim.<br />
<br />
É isso. Postarei em seguida. Espero que gostem, ou apreciem, ou se assustem...<br />
<br />
Qualquer sensação que sentirem ao ler o conto será gratificante para mim.<br />
<br />
Obrigado.<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-4952623794406247022014-03-17T21:07:00.000-03:002014-03-17T21:07:54.224-03:00Valdir Luciano (O Retorno)<div class="MsoNormal">
Saudações, leitores!<br />
<br />
Basicamente, faz anos que não passo por aqui... Peço desculpas a todos vocês. Devido a inúmeros contratempos, envolvendo faculdade e trabalho, raramente conseguia me concentrar para postar algo por aqui. E convenhamos que quando criei este blog ainda era um jovenzinho que não fazia <b>nada</b> da vida :P além de permanecer o dia inteiro escrevendo posts para publicar aqui. Mas a gente cresce, as pessoas mudam, <i>o carneirinho que amanhã será boi...</i>, como diz o saudoso<b> Seu Madruga</b>.<br />
<br />
Enfim, estou de volta! (<i>palmas e assovios)</i><br />
Existem muitas histórias aqui para finalizarmos, não? Prometo que farei todo o possível para retomar o rumo que havia pausado. Mas, como passamos tanto tempo assim distantes, nada melhor do que publicar uma breve biografia sobre a minha vida, desde o meu nascimento. E em seguida, no decorrer dos dias, continuarem a postar contos, crônicas, romances e confissões.<br />
<br />
Gostaria de ressaltar que fiz algumas mudanças no visual do blog. Nada demais, nada extravagante e nem tecnológico - até porque eu sou um <i>pereba</i> em questão de HTML. Caso alguma alma viva queira posteriormente me ajudar a inovar o tema do site, por favor manifeste-se!<br />
<br />
Muito obrigado por esse reencontro. É nostálgico, e muito importante para mim.<br />
<br />
<i>Lets GO! </i>(novamente rs)<br />
<br />
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nascimento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-uPuGE8YKsq4/Ug5Ko1aDpOI/AAAAAAAABas/Uxuvm27qTqk/s1600/882343_481595868560470_245813462_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-uPuGE8YKsq4/Ug5Ko1aDpOI/AAAAAAAABas/Uxuvm27qTqk/s320/882343_481595868560470_245813462_o.jpg" height="320" width="179" /></a>Valdir Luciano nasceu em 07 de Maio de 1993, no bairro do
Jardim Paineira, cidade de Itaquaquecetuba, grande São Paulo. De família
humilde, Valdir ingressou seus estudos em escola estadual. Finalizou-os no ano
de 2010, mas fora em 2009 que adquiriu o interesse pela escrita, compartilhando
com os amantes da leitura.</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Eu gostava muito de escrever, desde pequeno.
Quando não estava na escola e não podia sair para brincar, sentava-me no sofá,
pegava um caderno velho e começava a descrever as minhas aventuras, os meus
medos, as minhas confissões, os meus desejos... Era uma espécie de diário.
Quanto mais eu escrevia, mais idéias surgiam em minha mente: Personagens,
cenários, aventuras... E foi assim que, então, decidi que começaria a deixar de
contar histórias, mas, sim, “criar”.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i> Minha primeira história escrita
e finalizada foi intitulada “7º A”, que narrava as desventuras dentro da escola
na qual eu estudava. É claro que o enredo era baseado em minha vida, mas os
dramas eram totalmente imaginários. As diferentes histórias eram dividias por
longos capítulos, como se fossem episódios de um seriado ou telenovela. Era
muito divertido! Foi a partir da 7° série que comecei a perceber que minha vida
podia se tornar uma história a ser contada. Porém, naquela época, eu só contava
para o meu subconsciente – </i>comentou o jovem, sorridente ao se lembrar de sua
infância.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Primeira Publicação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
No ano de 2011, aos dezoito anos, Valdir
conseguiu publicar dois de seus contos: “<i>O
açougueiro</i>” e “<i>O Zelador</i>” em uma
coletânea de histórias de suspense e terror, organizado pela Andross Editora. </div>
<div class="MsoNormal">
<i>Essa foi a confirmação de que meu trabalho
estava sendo reconhecido. Foi, certamente, o dia mais feliz da minha vida.
Quando eu abri aquele livro e comecei a ler um conto que eu mesmo havia
escrito, não consegui conter as lágrimas. Meus amigos e familiares estavam lá
para me parabenizar pela vitória conquistada. Mas devo tudo isso primeiramente
a Deus, segundo ao meu caro professor de português Noé Amós Guieiro – também escritor
-, que sempre me incentivou nos tempos de escola, e descobriu o escritor dentro
de mim.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i> </i>Em 2012, houve sua segunda
participação em livros de terror, com o bem elogiado conto “Ceia de Natal”.
Através das redes sociais, Valdir sempre divulgou suas histórias aos leitores,
assim adquirindo uma boa reputação de admiradores do seu trabalho, até se
tornarem seus fãs.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Hoje<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Atualmente, Valdir Luciano mantém
o blog “confissoesdeumescritor.blogspot.com”, lugar onde posta os mais variados contos e as
mais inusitadas histórias, dos gêneros terror/suspense e drama. Nos tempos
vagos, dá continuidade ao seu maior trabalho, baseado em sua carreira: “Confissões
de um Escritor”, biografia que narra os caminhos por ele traçado até se tornar
um escritor reconhecido. A obra ainda não possui data de lançamento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Hobbies<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Além de escritor, Valdir também é
músico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i>Quando você escreve por prazer, assopra um saxofone e arranha as cordas
de um violino você percebe que a vida não é tão ruim assim. Que tudo fica mais
fácil quando você faz aquilo que gosta. E o melhor de tudo é ser reconhecido
pelas pessoas ao redor. Essas são situações que nos fazem sentir vivos e
valorizados. <o:p></o:p></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Futuro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i>Eu ainda tenho vinte anos. Pareço novo, mas já vivenciei muita coisa.
Estou cursando Marketing e atuando na mesma área, profissionalmente. Estão
sendo dias cansativos. É difícil estudar e trabalhar, pois precisamos separar o
tempo das atividades. Dessa forma, não sobra muito tempo para escrever. Mas
isso não quer dizer que eu vá parar de criar histórias. Creio que faz parte do
processo de crescimento do ser humano: A gente nasce, engatinha, cresce, vai
para a escola, se forma, consegue um emprego e vai para a faculdade. Entre essas
etapas, descobrimos aquilo que queremos ser. Aí damos uma pausa no objetivo
para nos dedicarmos ao trabalho e estudo. Mas lá na frente, o objetivo ainda está
intacto... E então podemos traçar os caminhos para, por fim, poder
concretizá-lo.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<i>Ainda tenho muitas histórias a contar. O fim da carreira de um escritor
é a sua própria morte. E mesmo após, sua vida terá se tornado uma trajetória a
ser contada, e repassada por anos e anos.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Contato com o autor:</div>
<div class="MsoNormal">
99620-7050 (vivo)</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="mailto:valdirluciano@globo.com">valdirluciano@globo.com</a></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.confissoesdeumescritor.blogspot.com/">https://www.confissoesdeumescritor.blogspot.com</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-36971996799454940322012-03-05T22:51:00.002-03:002012-03-05T23:11:42.293-03:00Sucessos e Fracassos - Capítulo 2<div class="" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj29RJERnfvHkf-wzGfJkwCUoGhnUMDLfx4zTJHBpaww19bzxvSehBMN5N9TywZtfC6mGOTnKza96ufUofdlbep4wdKvuib0z26kPt99Z-tCewsWYCqpi0M3FEVYY03na5P1axgP9F5I4M/s1600/AMiss%25C3%25A3oDaJuventude.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj29RJERnfvHkf-wzGfJkwCUoGhnUMDLfx4zTJHBpaww19bzxvSehBMN5N9TywZtfC6mGOTnKza96ufUofdlbep4wdKvuib0z26kPt99Z-tCewsWYCqpi0M3FEVYY03na5P1axgP9F5I4M/s320/AMiss%25C3%25A3oDaJuventude.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Sucessos e Fracassos</b></span></div><div style="text-indent: 47px;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i> </i><i style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><b><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Se tiver as coisas realizadas da forma como você quer...</span></b></span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i><b><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> <span class="apple-style-span">For à medida para uma vida de sucesso...</span><br />
<span class="apple-style-span">Então, alguns diriam que eu sou um fracasso.</span><br />
<span class="apple-style-span">A coisa mais importante...</span><br />
<span class="apple-style-span">É não se amargar pelas decepções da vida.</span><br />
<span class="apple-style-span">Aprender a deixar o passado para trás.</span><br />
<span class="apple-style-span">Eu reconheço, que nem todo dia... Será ensolarado.</span><br />
<span class="apple-style-span">Mas quando você se encontrar perdido na escuridão e no desespero...</span><br />
<span class="apple-style-span">Lembre-se...</span><br />
<span class="apple-style-span">É somente na escuridão da noite, que podemos ver as estrelas.</span><br />
<span class="apple-style-span">E nenhuma estrela... O guiará de volta para casa.</span><br />
<span class="apple-style-span">Então não tenha medo de cometer erros.</span><br />
<span class="apple-style-span">Ou de tropeçar e cair.</span><br />
<span class="apple-style-span">Pois na maioria das vezes...</span><br />
<span class="apple-style-span">Os melhores prêmios vêm quando se faz àquilo que você mais teme.</span><br />
<span class="apple-style-span">Talvez você consiga tudo o que deseja...</span><br />
<span class="apple-style-span">Talvez, você consiga mais do que jamais tenha imaginado...</span><br />
<span class="apple-style-span">Quem sabe onde a vida te levará?</span><br />
<span class="apple-style-span">A estrada é longa.</span><br />
<br />
<span class="apple-style-span">E no fim...</span><br />
<span class="apple-style-span">A jornada é o destino.<o:p></o:p></span></span></b></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Primeira Parte -</b> </span> </i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span">- Como está se sentindo? – Ronaldo perguntou a Valdir, enquanto os dois permaneciam sentados sobre um morro totalmente gramado e com a paisagem do pôr do sol – Está melhor?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O silêncio pairou por alguns segundos, e então Valdir respondeu num ar triste:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Você faz falta, Roni. Lembro de você todos os dias da minha vida.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Faça isso – Ronaldo disse com um grandioso sorriso, tocando os ombros de seu amigo – Mas lembre-se apenas das coisas boas que passamos juntos, eu, você, o Guilherme e todo o pessoal da escola. Torne-me uma boa lembrança, parceiro. Eu sempre vou estar contigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Obrigado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Está na hora.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> De repente, a luz fraca do sol reverteu-se em um brilho incomparável e forte. O branco tomou conta daquele mundo...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então Valdir acordou, abriu os olhos e sorriu num ar confortante: Estava se sentindo melhor, muito melhor. A saudade do falecido amigo ainda batia em seu coração, mas as memórias boas ainda estavam lá. Memórias inesquecíveis que o tempo jamais apagaria.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Levantou-se e olhou para o relógio-despertador: Eram 06h30min. Estava na hora.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A hora de ir para a escola. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> </span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A cozinha não era muito grande, mas o espaço era confortável. As paredes eram brancas com decorações douradas. Maria, mãe de Valdir, preparava os famosos ovos mexidos que seu filho tanto gostava, enquanto Paulo, o pai, lia o jornal sentado de pernas cruzadas sobre a mesa. Estava trajado a um terno escuro colocado sobre a camisa social azul clara. Tinha os cabelos escuros, lisos e relaxados. Parecia um roqueiro, mas era apenas um pai de família. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Paulo trabalhava no famoso Terraço Itália, localizado no centro de São Paulo. Era um dos maiores prédios do Estado, com uma vista esplendida da grande metrópole. Paulo era um cozinheiro-nato, mas apenas exercia sua função fora de casa, pois jamais gostaria de abaixar a auto-estima de sua esposa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Maria, por sua vez, era a típica mãe de família: Aquela que cozinha, que lava roupas, que passa pano... Mas que também aconselha, abraça, ama...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Tinha uma altura mediana, os cabelos eram curtos, até o pescoço, e eram escuros. O rosto era claro e sempre muito bem maquiado. Era bastante vaidosa, mesmo que não saísse de casa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E lá estava vindo Valdir Luciano, o filho dos pais que o amava. Surgira com olhos brilhantes e um sorriso exuberantemente branco. Todas as vezes que encontrava os pais era como se estivessem longe um do outro por muito tempo. Luciano amava aquela família, e não era para menos, eles eram bastante carinhosos com ele, o mimavam bastante. Mas, acima de tudo, davam-lhe o ícone mais necessário por todos os filhos: <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Amor.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bom dia, meu gatão – Maria saudou com ênfase, dando uma leve tapa no bumbum do garoto – Como dormiu ontem?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Até que dormi bem – ele respondeu enquanto sentava-se à mesa e observava os ovos mexidos caírem lentamente sobre o prato – Estou melhor do que poderia estar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Isso aí, filhão – Paulo disse, sorrindo – Não e atrase para a escola. E tente não paquerar muitas garotas ao mesmo tempo, hehe...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Paulo! – Maria exclamou atordoada – É isso que os pais ensinam aos filhos?!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Valeu pai – Valdir disse – Vou tentar não paquerar tantas assim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Valdir! – Agora os olhos da mulher não sabiam quem encarar e dar a bronca.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E, como se não houvesse escolhas, todos começaram a rir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnZE-phfXkKVjFRg4fng6xgG7P7AA4vyzlJaZbGEbWk5RyXRzK6WHq4eOzxgCe2mXOadFM7bZu7EBULMgjSBDF5kd8ZOQhrKZE9Cy2QbUtLU08H-QShl_sBMB_RIJEWmBowA2A3Qo-Iw/s1600/Escola+de+Musica.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSnZE-phfXkKVjFRg4fng6xgG7P7AA4vyzlJaZbGEbWk5RyXRzK6WHq4eOzxgCe2mXOadFM7bZu7EBULMgjSBDF5kd8ZOQhrKZE9Cy2QbUtLU08H-QShl_sBMB_RIJEWmBowA2A3Qo-Iw/s320/Escola+de+Musica.JPG" width="320" /></a> E.E. Kakunosuke Hasegawa. Uma escola especializada em Nerds, Emos e muitas outras espécies de alunos. Era localizada próximo ao Ibirapuera e às vezes os alunos fugiam para ficar no parque.</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Não era uma instituição para ricos e poderosos, mas para todas as classes sociais possíveis – desde que tenham R$350,00 por mês reservados à mensalidade dos estudos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O lugar era grande e espaçoso. Tinha as quadras esportivas, com lugares específicos para se jogar futsal, vôlei e até mesmo basquete. Os professores eram totalmente exemplares e não criavam muitos afetos com os alunos, o que ajudava bastante na concentração dos mesmos a estudarem ainda mais.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O Chevette cinza de Paulo parou em frente à entrada do colégio, Valdir abriu a porta e levantou-se. O vento tocou seus cabelos e rosto e ele sentiu aquele ar, o ar de estudo, professores, amigos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Os alunos que passavam naquele momento pela calçada certamente riam do automóvel do pai do garoto, pois não era aquele típico carrão que um pai de aluno que estuda em escola particular deveria ter. Mas isso não abalava Valdir. Ele já estava acostumado e, mesmo que não fosse das mais altas classes sociais, já ganhara vários amigos com sua nobre humildade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Valeu pai – Valdir agradeceu, enquanto apertava a mão de Paulo – Bom trabalho.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bons estudos, até mais – Paulo fechou a porta do carro e o mesmo partiu rapidamente de volta a pista.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Por alguns segundos o garoto ficou parado, observando toda aquela imensidão de escola.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> <i>Todos os dias encaramos a mesma realidade. Que o nosso tempo aqui é curto. E para honrar os que já foram, temos que viver as nossas vidas bem. Devemos perdoar quando podemos e permitir que as nossas leis comuns nos reúnam.<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Escola.<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="apple-style-span"><i> A melhor parte da vida adolescente.</i></span><span class="apple-style-span"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"> E então, Valdir puxou a correia da mochila e foi em direção a entrada.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> <i>Você já estudou? Ou estuda?<o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Então deve saber como é bom estar dentro de um lugar onde só há pessoas da sua idade, que pensam como você, que entendem seus sentimentos, que sabem como é ser adolescente.<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Escola. É um lugar especial, onde criamos amizades que, às vezes, nos acompanharão para sempre. É onde conhecemos o nosso primeiro amor, talvez onde damos nosso primeiro beijo, onde brigamos, onde respondemos a alguém, onde aprendemos a respeitar os mais velhos, onde aprendemos cada dia um pouco mais. Um lugar onde não aprendemos apenas a ler e escrever, mas a viver.<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><br />
</i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> </i></span><span class="apple-style-span">O corredor era longo, tão longo quanto os de supermercados e shoppings. Às diretas e esquerdas podiam-se avistar os inúmeros armários de ferro, trancados com cadeado, guardando cadernos, livros, vidas, segredos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Os pés eram colocados um na frente do outro a cada passo, e, do passo, um sorriso forçado tomava a aparência de Valdir Luciano, que caminhava não muito lentamente sobre a escola, procurando por sua sala. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Talvez fosse diferente aquele ano. Talvez todas as pessoas começassem a gostar dele, vê-lo de outra forma além de um pobre coitado. Talvez ele conseguisse uma namorada aquele ano, talvez uma ficante, talvez apenas um beijo. Talvez colocasse mais amigos na sua lista, talvez amigas. Talvez não apanhasse tanto quanto apanhava ano passado. Talvez os valentões o deixassem em paz.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Talvez. Talvez. Talvez.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Porque ele não tinha certeza do que estava pensando. Porque sabia que as coisas nunca eram como ele desejava, e por que haveriam de ser naquele ano. A tendência era piorar ainda mais: Os valentões estavam ainda mais fortes, as garotas estavam se tornando mulheres cada vez mais exigentes e os caras não queriam ter como amigo um pobre coitado cheio de espinhas no rosto, mal vestido e medroso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Talvez ele estivesse completamente errado, absorto. Talvez tudo o que pensara fora nada mais do que um palpite idiota, que não levaria a lugar algum. Talvez ele devesse estar conformado com a vida difícil. Talvez devesse se conformar de que jamais seria popular, jamais conseguiria uma namorada, um beijo de alguém naquela escola...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Enquanto pensava e caminhava distraidamente, fora barrado por Danilo e Sérgio – dois garotos totalmente fortes, tatuados, folgados, chatos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valentões.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Olha só quem é – Danilo palpitou ao empurrar Valdir contra um dos armários, fazendo as pessoas ao redor afastarem-se amedrontadas – O pobretão do ano passado, e do retrasado...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Você cresceu em, guri – Sérgio disse enquanto tomava os livros das mãos do garoto – Mas a pobreza continua a mesma. Tão escroto e tão bobão... Isso me deixa com mais vontade de te dar uma surra...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir não conseguia dizer absolutamente nada. Estava atordoado e, ao mesmo tempo, conformado de ser um saco de pancadas escroto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Porém, antes que os valentões fizessem algo pior, Joyce apareceu e os empurrou com toda a força que tinha.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - SAIAM DAQUI, SEUS IDIOTAS! – ela exclamou com verdadeiros olhos de coruja, encarando-os seriamente – DEIXEM-O EM PAZ. E DEVOLVAM OS LIVROS DELE!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Quem você pensa que é, Joyce?! – Sérgio disse com raiva na voz e aproximou-se dela.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu não tenho medo de você, Sérgio – ela disse com autoconfiança – Sei de muitos segredos seus que a escola poderia saber e sua reputação cairia a zero. Quer mesmo que eles fiquem sabendo?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O corpo de Sérgio congelou-se. Ele sabia que tinha segredos terríveis que não poderiam ser revelados. E sabia que Joyce não teria problema nenhum em espalhá-los por ai. Então resolveu ficar calado, devolvendo os livros de Valdir da maneira mais educada possível:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Jogando-os no chão.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - O ano está apenas começando, frangote - Sérgio disse e olhou seriamente para Joyce.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então, os dois valentões saíram de perto e continuaram a caminhar pelos corredores em busca de outra isca.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Você está bem? – perguntou Joyce, olhando tristemente para Valdir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Estou – ele disse num ar seco, sem expressão e sentimentos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Pegou os livros do chão, pôs sobre os braços e continuou a caminhar pelo corredor, deixando Joyce sozinha, observando-o a sair. Ela sabia que não estava tudo bem. Sabia que ele ainda estava tentando se recuperar da morte de Ronaldo e que estava sendo difícil estudar em um lugar onde muitos o desprezam.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Naquele momento, Joyce sentiu pena. O sinal tocou e ela percebeu que já estava na hora de ir para a sua sala.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bom dia, alunos da E.E Kakunosuke Hasegawa – disse a professora Inez Dias aos jovens que ali estavam – Hoje é o meu primeiro dia de aula com vocês e espero que possam se acostumar às minhas normas, regras e à minha forma de ensinar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A sala estava cheia, com quase quarenta alunos sentados em suas cadeiras. Entre eles estava Valdir Luciano, que aparentava não estar totalmente focado à aula. Seus olhos observavam a lousa verde, mas estavam vidrados e na verdade observavam o interior de sua mente. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Estava pensando nas vezes em que ficava conversando com Ronaldo e Guilherme no meio da sala de aula. Os professores sempre lhe chamavam a atenção, mas eles não davam a mínima atenção. Também se lembrou das vezes e quem eles sentavam nos fundos e começavam a atirar bolinhas de papel à frente. Foram muitos risos e sorrisos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E agora tudo aquilo fazia falta. Muita falta.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> -... É melhor voltar para a Terra antes que a professora te leve para o planeta chamado ‘diretoria’ – disse a voz ao seu lado, fazendo-o despertar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Era uma suave e linda voz, de mulher. Por mais que ele estivesse triste naquele momento, sentiu um pingo de felicidade ao ouvir tal voz. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E foi quando ele virou-se para o lado esquerdo e encontrou os olhos. Aqueles olhos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Olhos castanho-claros, a pele moreno-clara e um sorriso extremamente branco e perfeito. Perfeito. Muito, muito perfeito.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao olhar para tal imagem divina, uma música tocou nos ouvidos de Luciano, como uma trilha sonora de amor. E então seu coração acelerou-se e ele foi contagiado por aquele sorriso... Sorrindo também.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <i>Linda, tão linda...</i><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Aquela era Cláudia Lino, a garota com quem Valdir Luciano estudou desde a quinta série, e a garota a quem ele se apaixonou secretamente. Por mais próximos que eram um do outro, por mais amigos que fossem, ele nunca tivera coragem de dizer-lhe o que sentia, porque eles eram muito amigos, e as pessoas dizem que amigos não podem namorar...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Mas o motivo pelo qual ele jamais revelara seus verdadeiros sentimentos tinha um nome: <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ricardo Oliveira, mais conhecido como Rick...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Mais conhecido como: O namorado de Cláudia Lino.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Por esse importante motivo, o amor de Valdir por Cláudia permaneceria escondido para sempre. Mas ele não se importava, porque ter aquela amizade era o bastante, e extremamente necessário. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Enquanto fossem amigos, Valdir continuaria feliz.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Desculpe – ele sussurrou envergonhado, mas mantendo o sorriso – Eu não estava em mim. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Sinto muito pelo Ronaldo – Cláudia disse – Ele era muito amigo seu, não?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Sim, ele era – ele pensou por alguns momentos, mas rapidamente voltou a si – Você não foi ao enterro, não é?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Fui sim, com o Rick.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir sentiu-se ainda mais envergonhado. O sorriso já não estava mais exposto e ele certamente não desejara ter ouvido o nome ‘Rick’.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Com licença – a professora disse em voz alta, encarando-os – Creio que vocês já conhecem as normas da escola, que proíbe o relacionamento íntimo entre alunos. Ou vocês não sabiam?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A classe inteira começou a rir em baixas gargalhadas, enquanto Cláudia e Valdir sorriam um ao outro, claramente envergonhados por aquela situação. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><o:p><br />
</o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><o:p><br />
</o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> As horas se passaram e o sinal tocou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Era hora do intervalo. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Todos os alunos começaram a sair de suas salas, caminhando pelos corredores e indo em direção ao pátio escolar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O corredor estava lotado, alguns jovens guardavam seus cadernos nos armários. Um deles era Valdir, que limpava sua mão ao colocar os livros que já usara dentro do armário.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao fechá-lo, deparou-se com Guilherme surgindo entre a multidão, vindo em sua direção. Então, ele esperou que seu amigo parasse à sua frente. Porém, isso não aconteceu.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Guilherme passou direto, sem olhar aos arredores. Estava com a aparência bastante séria e triste por sinal.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ei, GUILHERME! – Valdir gritou, chamando a atenção de seu amigo que, envergonhado, parou e olhou seriamente para ele.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir aproximou-se dele e começou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Olha, eu sei que está sendo difícil pra você. Também está sendo difícil pra mim. Mas eu não...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Já te chamaram de assassino?! – Guilherme interrompeu com olhos lacrimejantes e cheios de ódio – PORQUE ELES JÁ ME CHAMARAM DE ASSASSINO! TODOS ELES!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir arregalou os olhos ao ouvir tais palavras. Não era possível que a impertinência dos alunos estava chegando tal nível.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu não acredito! – Valdir exclamou – Não pode ser!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> De repente, Danilo e Sérgio apareceram passando pelo corredor, gritando indiretamente para Guilherme:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - ASSASSINO! HÁ UM ASSASSINO ESTUDANDO ENTRE NÓS, GALERA! ASSASSINO! ASSASSINO! <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao chegarem bem próximos de Guilherme, eles apontaram os dedos e gritaram mais alto:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - ASSASSINO!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Em alguns segundos, metade dos alunos do corredor começou a gritar a mesma palavra, e então Guilherme olhou para Valdir e disse desesperadamente:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - NÃO AGUENTO MAIS! NÃO AGUENTO MAIS ISSO!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então ele saiu correndo, esbarrando-se em vários alunos que gritavam em seus ouvidos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Esses trouxas gostam de provocar – Joyce disse enquanto aproximava-se de Valdir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - É. Vamos ver até quando isso vai durar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Vamos para o refeitório. Estou morrendo de fome.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir assentiu e, em meio todo aquele alvoroço, saíram em direção ao refeitório<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O lugar era totalmente espaçoso, como uma praça de alimentação de um shopping Center. A faladeira era tamanha que assemelhava a zumbido de abelhas em uma colméia. Os alunos iam e voltavam, alguns permaneciam sentados e outros de pé. As vestes que alguns usavam eram veementes caras e de grife, certamente compradas em lojas conhecidas e freqüentadas por famosos da atualidade. Tinha desde a patricinha ignorante até o playboy arrogante que, como muitos outros, usava uma jaqueta do time de futsal. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Em meio todos aqueles seres misturados, Valdir estava sentado junto a Joyce. Estavam lanchando um hambúrguer e tomando leite integral.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Dia chato... – Joyce comentou enquanto tomava o leite com um canudo – Eu pensei que os primeiros dias de aula seriam empolgantes, mas... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Não estão sendo como planejávamos – Valdir concluiu, perfurando o pão com o garfo – Se eu pudesse ficaria em casa o resto da semana. Mas meu pai paga muito caro por isso...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu que o diga. Minha mãe trabalha até nos finais de semana para que eu continue aqui. A vida é difícil.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> De repente, toda aquela multidão calou-se com a chegada de três garotas. Os passos eram totalmente sincronizados e elas andavam como se estivessem desfilando na passarela. As vestes eram branca e rosa e por cima uma jaqueta totalmente branca com um emblema: <b>Tigres</b> <b>Brancos FC</b>.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Lá vem – Joyce debochou a Valdir enquanto observava o aproximar delas – Odeio elas!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A loira era Nicole Figueiredo, a morena se chamava Cintia Sales e a ruiva era a Carla Sandoval. Ambas eram totalmente lindas e possuíam um corpo de dar inveja a muitas atrizes e modelos famosas. Elas eram classificadas pelos garotos como: Modelos Teens.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Adoro elas – Valdir sussurrou ao comê-las com os olhos. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Todos, praticamente todos os homens que ali estavam não desgrudavam, não piscavam os olhos daquelas três tigresas. E elas sabiam disso e faziam questão de ficarem sensuais, jogando o cabelo para o lado, sorrindo e cruzando as pernas como se estivessem em um camarim de fotografia.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O lugar ficou totalmente em silêncio e, então, uma delas começou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - PESSOAS – disse Nicole - ESTAMOS AQUI PARA CONVIDÁ-LOS A ASSISTIR NOSSO ENSAIO DE COLEOGRAFIA. O JOGO DOS TIGRES CONTRA OS URSOS É AMANHÃ E HOJE É O ÚLTIMO DIA DE ENSAIO. E EU SEI QUE OS GAROTOS NÃO VÃO PERDER A OPORTUNIDADE DE NOS VEREM QUASE NUAS... PROMETO QUE FAREI UM SORTEIO DE QUEM VAI GANHAR MEU SUTIÃ. SE AS GAROTAS QUISEREM, PODEM IR. MAS NÃO VÃO FAZER FALTA! É ISSO! TCHAU, FAVELADOS!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E elas saíram da mesma forma que entraram: Desfilando.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Em alguns segundos, a faladeira voltou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Elas se acham as ‘tops da escola’! – exclamou Joyce com um pingo de inveja – Ah, EU ODEIO ESSAS VAGABUNDAS!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bem, elas são ricas – disse Valdir, sorrindo e bebendo o leite – Elas podem fazer e ser o que quiserem. E elas são particularmente lindas...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O encarar de Joyce era tão intimidador quanto os olhos de uma coruja.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Se você não percebeu... Você está conversando com uma mulher e não com um homem, Valdir... Então, por favor, não comente sobre mulheres quando eu estiver por perto!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir riu. Mas aquele sorriso durou pouco quando ele viu, pela porta da entrada, aqueles três garotos se aproximando.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Seus olhos fecharam-se, ele bateu o copo de leite com força na mesa e exclamou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, não!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, sim! – Joyce replicou com ênfase e um sorriso no rosto – Achou que só as garotas são gostosas aqui? Pois se enganou. Os meninos também são muito GOSTOSOS!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Joyce estava se referindo exatamente aos três garotos que caminhavam lentamente e em conjunto em direção a eles. Ambos estavam trajados a uma jaqueta de couro preta com a etiqueta: <b>TIGRES BRANCOS FC.</b><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Rodrigo, Bruno e Lucas eram as versões masculinas de modelos. Rodrigo era moreno-claro, um rosto completamente liso e perfeito, seus olhos eram castanhos e sua boca era formada por uma linha reta. O cabelo era curto, pois o que se destacava na verdade eram os músculos fortes de seu braço.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Bruno era o mais alto, porém também era totalmente definido. Tinha o cabeço extenso e liso – de dar inveja a muitas garotas -. Era branco, quase americano, e seus olhos eram verdes. Ele usava aparelho, mas não era um problema e acabava dando ainda mais charme às garotas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Lucas era o tipo que não se destacava. Não era de boa aparência, mas se vestia bem. Seu cabelo era curto e seu tom de pele era pardo. Tinha algumas espinhas, mas nada que um bom dinheiro não resolvesse. Mesmo sendo o mais feio dos três, era o garoto mais rico da escola. E por isso ganhava todos os créditos possíveis, contando com a popularidade entre as garotas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Os três eram jogadores de futsal dos Tigres e eram como policiais dentro da escola: Tinham toda a autoridade possível.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Em alguns segundos, os gritos e berros começaram a ecoar pelo refeitório. As meninas não resistiram e começaram a se levantar e correrem em direção a eles. Porém, eles não permitiam que ninguém os tocasse, somente os que eles fossem com a cara.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - ESCUTA AÍ, GALERA – gritou Lucas - AMANHÃ VAI COMEÇAR O CAMPEONATO LOCAL! E OS TIGRES VÃO GANHAR! VÃO GANHAR!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> As pessoas acenavam para ele como se estivessem em um show do U2.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - EU QUERO VER TODO MUNDO LÁ, POBRES E RICOS, BONITOS E FEIOS... TODO MUNDO! VAMOS TORCER, VAMOS VENCER ESSE JOGO! É ISSO QUE EU QUERO DE VOCÊS! AMANHÃ É O DIA! DIA DA GLÓRIA!!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E os aplausos, gritos e pulos eram vistos e ouvidos por Valdir Luciano, que apenas observava paralisado àquela cena. Enquanto, ao seu lado, Joyce entrava no ritmo e gritava também.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Era só o que me faltava... – ele debochou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> </i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Quando tantas pessoas estão solitárias o quanto parecem, seria imperdoavelmente egoísta se sentir solitário sozinho...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><o:p><br />
</o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> </i></span><span class="apple-style-span">Os fones de ouvido estavam plugados entre as ouvidos de Guilherme Nascimento. Seus olhos observavam o aparelho de mp3. Estava escutando uma série de músicas. Músicas que Ronaldo costumava ouvir quando estavam em sua casa. As músicas eram pesadas com um tremendo rock pesado. Porém, o sentimento que Guilherme tinha era uma nobre nostalgia, não da música, mas de seu amigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ele estava sentado sobre as escadarias da escola: Um lugar que sempre ficava vazio e era ideal para quem quisesse expandir a mente, pensar e refletir. Enquanto todos estavam no refeitório, Guilherme permanecia encolhido no canto dos degraus, escutando músicas que não eram sentimentalistas, mas que o faziam querer chorar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> De repente, pés começaram a descer as escadas e se aproximarem dele até pararem.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Era Valdir que, ao perceber o estado de seu amigo, sentou-se ao lado e o observou por alguns segundos. E naqueles segundos pudera perceber o quão ele estava sofrendo. Parecia que Ronaldo morrera ontem, há algumas horas, minutos, segundos, naquele exato momento... Guilherme podia sentir a batida do carro com o ônibus, o airbag salvá-lo do impacto e Ronaldo bater a cabeça fortemente contra a vidraça da janela, machucando- o e provocando um trauma cerebral.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ronaldo Nunes estava morto. Guilherme também estava, mas por dentro. Já não sentia mais prazer na vida, não queria mais se divertir como antes. Já não tinha todo aquele espírito de adolescente rebelde. Sentia-se sozinho, solitário num mundo obscuro sem luz, esperanças...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> De repente, sentiu uma mão tocar seu ombro e levantou sua cabeça. Percebeu que Valdir estava ali e aos poucos percebeu que não estava completamente sozinho. E não estava.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao olhar para seu melhor amigo, sentiu uma luz acender e resplandecer em seu coração. E então sentiu um conforto jamais sentido antes, um calor cômodo, esperançoso...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Sim.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ele sentiu que ainda havia esperança. Esperança de ser feliz, viver bem e fazer o melhor. E ele faria isso, em memória de seu grande amigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> -... Você não está sozinho, Guilherme. Nunca esteve, não está e jamais estará – Valdir disse suavemente,com olhos brilhantes – Eu estou contigo, Deus está contigo, seus amigos estão contigo...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Os olhos de Guilherme se encheram...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - ... Ronaldo está contigo...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então, as lágrimas escorreram em profusão e o abraço dos dois amigos foi forte e prolongado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Obrigado, cara – Guilherme disse aos soluços – Você é um grande amigo!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Você também é – disse Valdir sorrindo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então, Guilherme emprestou um fone de ouvido a Valdir e os dois permaneceram aquele fim de intervalo escutando as melhores músicas do mundo: Aquelas que o faziam lembrar-se de Ronaldo Nunes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O mundo está repleto de pessoas que se amam...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O intervalo havia acabado e Valdir estava voltando para a sua sala. Passando pelo corredor, ele se deparou com Cláudia Lino sozinha, mexendo em seu armário. Por um momento, ele pensou em falar com ela...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Há aquelas pessoas que nasceram prontamente para se amar umas às outras...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> </i></span><span class="apple-style-span">Valdir abriu um largo sorriso e, antes que se aproximasse de Cláudia, foi surpreendido pelo surgimento de Rick – o namorado dela. E o sorriso sumiu automaticamente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E há aquelas que precisam das mãos do destino para poderem perceber que tem algo em comum, e assim se amarem...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> </i></span><span class="apple-style-span">Rick e Cláudia se beijaram prolongadamente, enquanto uma lágrima escorreu do olhos esquerdo de Valdir, que se virou e foi embora.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não importa quanto tempo dure, quantas pessoas passem perto de você, quantas pessoas te beijem...<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> No final, somente uma pessoa será a certa...<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> E só ela poderá te amar...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><o:p><br />
</o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><o:p><br />
</o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><o:p><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Segunda Parte</b></span><i> -</i></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span></i></span><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Se você ficar procurando razões pra não ficar com alguém, você sempre vai encontrá-las, às vezes é preciso deixar as coisas fluírem por um momento e dar ao seu coração o que ele merece.<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Eu não sei se amo Cláudia Lino. Às vezes parece que sim, que todas as vezes que a vejo sinto como se ela olhasse para mim, prestes a correr em meus braços e me beijar, e me dizer:<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> - É você, Valdir, a pessoa com quem eu quero estar!<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Mas então o Rick, seu namorado, surge e a beija... E então eu percebo que talvez ela não seja, jamais será a pessoa certa para mim.<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Então, qual seria a pessoa certa para mim?<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Qual a pessoa certa para você neste momento?<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Ela é próxima a você? São muito amigos?<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Se você não tem certeza, deixe o tempo lhe dizer. Mas vai uma dica:<o:p></o:p></span></i></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Às vezes, a pessoa certa pode estar bem ao nosso lado... E, cegos que somos, não percebemos...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i> </i></span><span class="apple-style-span">- Pronto! – gritou Joyce a Valdir e jogando o lápis por sobre o caderno aberto – Terminei! Viu, senhor espertinho, eu sou muito mais estudiosa do que você...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Aos risos e conformado pela derrota, Valdir fechou seu caderno e disse:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Você sabia que ganharia de mim, professora Joyce. Afinal, eu sou péssimo em matemática.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - É péssimo, mas não burro. Se estudar bastante, vai conseguir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bom, eu sou um péssimo estudioso. Ainda mais quando estou sozinho. Não consigo me concentrar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Os olhos de Joyce se fecharam e ela pensou por alguns segundos. Depois disse:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Okay, burrinho, eu vou me certificar de que você não perca a concentração.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir rapidamente olhou para os seios cobertos pela blusinha de Joyce e disse num tom sarcástico:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bem, eu acho que vai ser muito difícil com esses dois amiguinhos grandes olhando para mim enquanto estudo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, que ousadia – disse Joyce num tom calmo, dando um leve empurrão em seu amigo – Como pode falar assim com uma garota?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu tenho créditos com você. Somos velhos amigos. Esqueceu que já nadamos juntos e nus na piscina da sua tia quando éramos pequenos?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Poupe-me dessa lembrança... Ainda me lembro do seu júnior urinando dentro da água enquanto eu nadava... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir ficou calado, imaginando aquela nostálgica época, depois riu e disse:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Bons tempos, não?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Sim, nojentos... Mas foram bons tempos... Agora, vamos. Esqueceu que estuda em uma escola de ricos? Temos que ser pontuais!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Certo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Os dois se levantaram das cadeiras da cozinha na casa de Valdir. Enquanto Joyce andava à sua frente, ele a observava com olhos brilhantes e um sorriso estampado no rosto. Estava feliz por ainda ter uma boa amizade contigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> </span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><i><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Às vezes, a pessoa certa pode estar bem ao seu lado...</span><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> O andar era semelhante ao de modelos desfilando a passarela do Fashion Week. Elas se sentiam como se a estivessem fotografando-as, como se sentisse o flash tocar seus rostos, como se as luzes deslumbrantes estivessem focadas em seus corpos...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Mas, obviamente, tudo aquilo era uma pura ilusão das meninas de quinze e dezesseis anos. Quando realmente voltavam a si, percebiam que estavam apenas andando pelos corredores do colégio Kakunosuke Hasegawa. Estavam bem vestidas, na verdade uniformizadas com o conjunto dos TIGRES BRANCOS – o time de futsal da escola.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> As saias eram completamente curtas, bastando apenas ajoelhar-se para enxergar tudo – tudo mesmo -. As blusinhas eram exageradamente justas e já faziam o busto jovem sobrepor e aparecer com tamanha exclusividade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Nicole e suas amigas – Cintia e Carla – definitivamente não estavam dando a mínima com o futuro placar do jogo contra os URSOS, contanto que toda a torcida – e até jogadores – estivesse prestando atenção em seus decotes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Enquanto continuavam a andar pelos corredores, o charme fazia com que os garotos parassem seus afazeres e ficassem boquiabertos com tanta beleza em conjunto, enquanto as garotas mordiam os lábios e invejavam toda aquela popularidade juvenil.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, não tem ninguém bonito e bem vestido por aqui! – exclamou Cintia Sales, demonstrando em seu rosto moreno uma expressão enojada – Não sei porque ainda estudamos aqui!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Tantas pessoas feias assim só nos faz ainda mais populares e únicas aqui, amiga – Carla disse, enquanto jogava os cabelos em ambos os lados – Nós somos as únicas gostosas dessa escola e ganhamos todos os créditos. Esse é o motivo pelo qual continuamos aqui: Somos a atenção do Kaku.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Não – Nicole discordou ao ouvir o que suas amigas disseram – Eu sou a atenção da escola, e a mais gostosa também! Vocês duas são apenas acompanhantes que acham que ficarão populares... Na verdade são, mas não tanto quanto eu. Conformem-se com isso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Cintia e Carla se olharam e depois encararam Nicole com desdém. Ela, por sua vez, avistou um garoto aproximando-se e disse indiretamente:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Até que enfim eu encontrei alguém bonito, bem vestido e gostoso que não seja eu...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A pessoa a quem estava se referindo era Lucas Souza, o capitão do time de futsal e garoto mais rico da escola. A popularidade dele era tamanha que era respeitado até pelos professores. Ele estudava quando queria, fazia o que dava na telha, contanto que ganhasse todos os jogos do campeonato – o que ultimamente estava dando certo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Oi, meu atleta – Nicole disse sensualmente ao pará-lo no meio do caminho, deslizando suas mãos em sua blusa do time – Está pronto para hoje?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Com um sorriso aberto, o garoto rico de pele parda respondeu:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Estou. Vamos ganhar o jogo hoje, não se preocupe. Espero que torça por nós.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Com um olhar sarcástico e os dentes mordendo os lábios, Nicole disse em seus ouvidos:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu não estava falando do jogo... Se é que você me entende...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Lucas riu e ficou cara a cara com ela, com os lábios quase se tocando um ao outro:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu entendi completamente... Depois do jogo, então, porque se for antes... Eu vou acabar ficando exausto para jogar... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Okay...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Antes que ele tentasse beijá-la, ela se desviou e disse:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Até mais, meu Christiano Ronaldo das quadras...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então, Lucas riu mais ainda. Certamente, ela o estava provocando.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A porta de ferro daquele armário fora fechada fortemente e, ao fechar, Valdir deparou-se com a aparência um tanto irritada de Joyce.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Posso saber o que houve? – ele perguntou um tanto curioso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu NÃO ACREDITO que as aulas foram canceladas para que TODOS possam assistir a um maldito de um jogo idiota! – ela respondeu com quase toda a raiva que continha por dentro.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir a tocou de leve nos ombros e disse com um meio sorriso:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Calma...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E, então, ela finalmente despejou toda a sua raiva de uma só vez:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - CALMA O CARAMBA! EU ODEIO FUTEBOL! ODEIO! ODEEIO! E NO DIA EM QUE EU ESTUDEI PARA FAZER UMA MERDA DE UMA PROVA , NÃO... EU TENHO QUE ASSISTIR A UM JOGO CHEIO DE PIVETES CORRENDO DE LÁ PRA CÁ, SUANDO COMO MACACOS FEDORENTOS! AAAAARGH!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Pensei que gostasse de vê-los jogando...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Eu gosto – Joyce disse com desdém – Mas eu tenho muitos trabalhos a entregar e assistir a um jogo, enquanto eu poderia estar terminando meus afazeres, me deixa completamente maluca. Não acredito que estou pagando tão caro para ver uma bola indo pra lá e pra cá...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir a envolveu em seus braços e disse num ar confortante:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Relaxa... É porque hoje é a estréia. Até que cheguemos à final, se chegarmos... Os próximos jogos não serão obrigatórios de se assistir. E você vai ver o jogo comigo, vamos nos divertir muito. Há tempos não fazemos isso...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao ouvir tais palavras, a garota sorriu novamente e teve nostalgia dos velhos tempos. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - É verdade... – ela disse – Vai ser bom a gente se divertir novamente. Só espero que você não urine na quadra, como fez na piscina...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir riu e disse:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Claro que não. Não deixaria os outros me verem fazer xixi em público. Só você pode me ver fazendo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, seu... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Brincadeira! Agora vamos para a quadra, antes que fique lotada e tenhamos que ficar de pé.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Tudo bem, senhor mijão!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E então, Joyce e Valdir saíram juntos, abraçados, em direção a quadra estudantil.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> </span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A multidão era grande, enorme. O barulho era ensurdecedor. Os alunos que estavam na arquibancada pulavam, gritavam e batiam palmas. Os berros e reverências eram direcionados ao time de futsal da E.E.Kakunosuke Hasegawa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - TIGRES! TIGRES! TIGRES! – gritava a multidão, com bandeiras azuis e brancas indo e vindo, sendo erguidas pela pequena brisa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A quadra era enorme e tinha todo o espaço necessário para todos os alunos da escola adentrar e se acomodarem. Claro que eles nem sequer permaneciam sentados. A energia era grande e era a única coisa que os jogadores do time pediam à torcida. De um lado, havia as pessoas que torciam pelos TIGRES. Do outro, a pequena – quase nula – multidão que torcia pelos URSOS.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Valdir e Joyce gritavam arduamente, com toda a voz, o nome do time. Estavam exatamente a poucos centímetros da quadra, que era rodeada por grades de ferro, o que não importava, pois a multidão as empurrava com toda a força. Não seria surpresa se a qualquer momento as grades fossem desabadas e a boiada entrasse quadra adentro. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - VAI, TIGREEEES! – Valdir gritou com toda ênfase possível, erguendo a bandeira do time – ACABEM COM ESSES MALDITOS URSOS!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - ACABA COM ELES, DROGA! <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao ouvir tais gritos conhecidos, Valdir virou-se para o lado e avistou sua amiga Joyce. Surpreendeu-se. Há pouco ela estava totalmente calada, quieta, enraivada por estar no meio de toda aquela multidão louca por futsal, e agora estava berrando com todo coração, quase estourando as cordas vocais, o nome do time que tanto odiava.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Quer dizer então que a menina que odeia o time está torcendo e gritando por ele... – Valdir sussurrou aos ouvidos da garota, sorrindo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Joyce contagiou-se com o sorriso e acabou rindo, gritando:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - EU NÃO ESTOU OUVINDO NADA! NADA! SÓ QUERO QUE OS TIGRES VENÇAM HOJE! VAI, TIGRES! TIGRES! TIGRES!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> A energia entrara em seu corpo como um demônio que só sai através de exorcismo. Seus braços dançavam e batiam em todos que estivessem ao redor, inclusive Valdir Luciano, que afastou-se para não ser mais atingido no estômago.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Em poucos segundos, Joyce virou-se para o resto da torcida e gritou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - VAMOS, SEUS LERDOS, GRITEM O NOME DO TIME DE VOCÊS! GRITEM! TIGRES, TIGRES,TIGREEES!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E, então, toda a platéia entrou no ritmo e começaram a gritar conforme a regência da garota.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Dentro da quadra, as líderes de torcida dançavam em sincronia, fazendo acrobacias e coreografias espetaculares – sensuais. A líder, Nicole, estava com o vestido mais curto do mundo, quase nua: Um saia tão justa que quase terminava na cintura, uma blusinha curta e apertada para mostrar o corpo desenvolvido da garota e o cabelo hidratado totalmente solto, dançando com o vento.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ela comandava a coreografia e, mediante suas regências, Cintia, Carla e as outras dançavam e gritavam em uma única voz:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - O-MAIOR-DE-TODOS-OS-TIMES...VAAAAIIII-TIGREEESS!!!!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> As garotas dançavam discretamente, porém Nicole fazia questão de mostrar seu corpo sensualmente, abusadamente, rebolando mais do que deveria para ouvir os altos gritos e as palmas dos marmanjos que estavam na arquibancada.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, que vadia! – Joyce exclamou ao observar tal cena que inundou seus olhos – Ela não está nem aí pro jogo. Só quer mostrar seu corpo aos caras. Que galinha... Você não acha, Valdir? Valdir?... Val-dir!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao virar-se para gritar com seu amigo, percebeu que os olhos dele estavam inteiramente direcionados às ‘coreografias’ de Nicole. Não era de menos, Joyce podia jurar que aquela era a primeira e única vez em que ele vira uma garota ficar quase nua à sua frente. Aquelas coreografias estavam quase se tornando um famoso striptease.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - Ah, Deus, tenha de piedade... – Joyce sussurrou.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> De repente, todas as atenções da platéia se direcionaram para os corredores de entrada. As luzes focaram as portas e o locutor gritou:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - VOCÊS ESTÃO PRONTOS? ESTÃO REALMENTE PRONTOS PARA ASSISTIREM A UM JOGO ESPETACULAR?!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - SIIIIMMM... – a platéia respondeu com toda a energia.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - HOJE É O INÍCIO DO CAMPEONATO LOCAL E O PRIMEIRO JOGO DOS TIGRES CONTRA OS URSOS! OS TIGRES VIERAM DE MUITAS VITÓRIAS E GLÓRIAS, ENQUANTO OS URSOS AINDA ESTÃO LUTANDO PARA MANTEREM A INTEGRIDADE E O RESPEITO ENTRE OS TORCEDORES! SENHORAS E SENHORES, ALUNOS E ALUNAS, PROFESSORES, DIRETORES... A ESCOLA KAKUNOSUKE HASEGAWA TEM O PRAZER DE APRESENTAR O TIME CANDIDATO Á CAMPEÃO DESSA TEMPORADA...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> ‘COM VOCÊS: os TIGRES BRANCOS!!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ao pronunciar tal nome, a quadra foi tomada pela gritaria, aplausos, agitação de todos os alunos e professores que ali estavam. A escola tremeu como se houvesse um terremoto. Muitos ficaram surdos, outros ficaram sem voz... Mas mesmo assim, reuniram forças para gritar com todo o coração pelo time daquela escola, um time de tradição, que era mais do que favorito para vencer aquela temporada. E certamente venceriam através de tantos votos de confiança...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - TIGRES! TIGRES! TIGRES! – a platéia continuava a gritar incansavelmente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Em seguida, um a um, os jogadores apareceram uniformizados com camisas brancas com bordas azuis, calções brancos, meias brancas e chuteiras brancas. Tudo era praticamente branco naquelas vestes. Afinal, eles eram os TIGRES BRANCOS.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Entre os onze jogadores que entravam por aquele corredor estava Rodrigo, Bruno e o capitão Lucas Souza, que, ao surgir, foi elogiado e aplaudido com pulos e berros de garotas desesperadamente apaixonadas e enlouquecidas pelo garoto rico e popular.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> - LINDO, TESÃO, BONITO-E-GOSTOSÃO! – as meninas gritaram, além de alguns homossexuais. Joyce também entrara no embalo – LINDO, TESÃO, BONITO-E-GOSTOSÃO!!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E mesmo com os ouvidos quase estourando pela gritaria não só de todos, mas principalmente de Joyce, Valdir estava feliz. Aquele momento estava sendo divertido e bastante descontraído. Depois de tudo o que passara, era umas das melhores coisas que haviam ocorrido. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Porém, enquanto se sentia inteiramente feliz, rapidamente lembrou-se de Guilherme Teixeira – seu bom e velho amigo -. Onde estaria ele? Será que estava no meio daquela multidão? <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Ou, então, estaria num dos corredores vazios e frios da escola, pensando na tragédia que acontecera há alguns dias. Ou, talvez, nem viera à escola. Talvez nem viria mais... Talvez ficaria preso dentro de casa, abalado, pensando em como pode perder uma vida tão próxima a ele... A vida de um amigo...<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Rapidamente, Valdir retirou o celular do bolso e discou os dígitos do celular de Guilherme. Porém, o telefone apenas chamava e seu amigo não estava atendendo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> Naquele momento, o garoto sentiu tristeza e remorso de saber onde poderia estar ele. E como não conseguia contatá-lo, decidiu enviar-lhe uma mensagem:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> “GUILHERME, ONDE VC ESTÁ?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> APARECE, VEM AQUI NA QUADRA. O JOGO ESTÁ PRESTES A COMEÇAR. NÃO SOME, MANO. ABRAÇ – VAL.”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> E, então, ele pressionou a opção ‘Enviar’ e guardou o aparelho. Olhou para a quadra, mas seus pensamentos estavam direcionados ao seu amigo, preocupado e angustiado de como ele poderia estar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"> </span></div><div class="MsoNormal"><span style="color: white;"><span class="apple-style-span"> <span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><i><span class="apple-style-span">Não há desespero tão absoluto como aquele que vem com os primeiros momentos de nossa primeira grande tristeza. Quando ainda não sabemos o que é ter sofrido e tiver se curado.</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<span class="apple-style-span">Ter se desesperado e recuperado a esperança.</span></i><span class="apple-style-span"><i><o:p></o:p></i></span></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O celular vibrou fortemente, emitindo um abafado som. O aparelho estava no chão e Guilherme pudera ver as ligações perdidas de Valdir, além da última mensagem. Porém, ele não dava à mínima, não se importava com as mensagens e ligações no celular. Sua mente estava distante, seus olhos decaídos estavam vidrados e sua cabeça encostada sobre seu armário escolar. O corredor estava totalmente vazio, apenas com o ecoar dos gritos vindos da quadra. O brilho do sol penetrava as janelas de vidro e tocavam seu rosto, queimavam seus olhos, mas eles não piscavam. Pareciam não se importar com aquele imenso brilho.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Seus amigos já haviam tentado reanimá-lo, mas só ele sabia o que estava sentindo. Por mais palavras bonitas de consolo que Valdir e os outros lhe disseram, seus pensamentos o acusavam de ser um assassino, de tirar a vida de uma pessoa, ainda mais um amigo seu. Fazia dias que Ronald Nunes morrera, mas as imagens ainda estavam frescas em sua memória.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Ele olhou para o teto em um leve movimento. Estava procurando por algo, por alguém...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - Ronaldo... – ele sussurrava, de olhos fechados e um meio sorriso – Onde você está...?<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> A água cristalina das lágrimas misturou-se com o brilho do sol, tornando-se um choro brilhoso... Os lábios dele começaram a tremer, seus dentes rangiam...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - Você precisa voltar, Roni... – sussurrou novamente, agora com dor nas palavras.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O celular voltou a vibrar: Era Valdir ligando novamente, preocupado. Guilherme ignorou, levantando-se aos poucos, enfraquecido, se apoiando nos armários.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Pegou aquele celular, o observou por alguns segundos, pensou em atender à ligação... Mas não estava disposto a fazê-lo.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - Você sempre foi um bom amigo – ele disse enquanto observava o nome de Valdir exposto no aparelho – E eu nunca te escutei... Minha culpa... Por tudo...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Em um ato repentino, Guilherme atirou o celular contra as janelas, quebrando as vidraças, emitindo um alto barulho de cacos de vidro caindo ao chão. A raiva, o desespero, o medo, a dor... Todos os maus sentimentos estavam reunidos no coração de Guilherme, e apenas lhe pediam uma única coisa. Algo que acabaria de vez com todo aquele sofrimento... Que talvez o levasse até Ronaldo novamente...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> E Guilherme, desesperado, estava disposto a fazê-lo...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> </span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> As palmas ainda eram evidentes, mas a torcida agora havia se acalmado para assistir ao início do jogo, que era em alguns minutos. Valdir desligou definitivamente o celular, após tantas tentativas de contatar seu amigo. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> </span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - Droga – Valdir disse a Joyce, com ar de preocupação – Acho que o Guilherme não veio.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Joyce sequer escutou o que seu amigo dissera. Seus olhos e energia estavam interligados ao jogo que estava prestes a começar. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Os gritos estavam ficando cada vez mais altos. Todos estavam chamando pelo nome do time. Porém, Valdir era o único que, cada vez mais, estava se distanciando daquela multidão unida e apenas concentrando-se no medo e receio de onde Guilherme poderia estar e o que estaria fazendo. Sua intuição dizia que algo muito ruim estava prestes a acontecer e, mesmo que não soubesse o que era, já era motivo para deixá-lo quase abismado.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Mesmo sabendo que Joyce não escutaria, pois estava concentrada ao jogo, Valdir disse:<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - Joyce, eu vou sair um pouco. Logo mais eu volto.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> E depois saiu em meio àquelas pessoas aglomeradas.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O juiz entrou ao centro da quadra, cumprimento os capitães de ambos os times, observou o tempo, ativou o cronômetro...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O silêncio pairou por alguns segundos naquele lugar...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> E então...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O apito foi assoprado a toda força.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - COMEEEÇA O JOGOOO! - anunciou o locutor, e então o time dos TIGRES iniciaram o toque de bola, em meio a gritos e vaias das torcidas.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> - VAAAI TIGRESSS! – Joyce gritou e, ao olhar para o lado, percebeu a ausência de seu amigo – Valdir?<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Lucas estava com a posse de bola. Olhou à sua frente e notou a aproximação do adversário, que estava com a intenção de tomar-lhe a bola. Rapidamente, ele tocou para o companheiro mais próximo: Rodrigo, que protegeu-se com estendendo os braços para que nenhum jogador adversário pudesse se aproximar.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O apoio da torcida continuava energeticamente forte. A bola era passada de pé em pé pelos jogadores dos TIGRES F.C, cautelosamente, não permitindo que o adversário pudesse tomá-la de seus pés. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Ao mesmo tempo, os passos de Valdir eram lentos e ele caminhava por um corredor quase sem fim da escola. Seu coração batia fortemente, junto com o medo e apreensão do que poderia acontecer, acontecido, ou estar acontecendo com seu amigo. Seus olhos observavam o local vazio e cheio de armários.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> De repente, parou exatamente de frente para as janelas quebradas, onde o brilho do sol entrava. Observou os cacos e vidro jogados ao chão, junto de um objeto preto, um aparelho, celular...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> O celular de Guilherme...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Ao pegá-lo, percebeu que só havia mensagens e ligações suas que seu amigo não respondera. Percebeu aquelas vidraças destruídas e o celular jogado e deu-se conta de que Guilherme havia estado ali, e que fizera algo repentino, por impulso... Algo por motivos tristes...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Guilherme estava fora de si, Valdir podia deduzir, e só Deus sabia o que ele poderia fazer naquele estado depressivo...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Porém, a questão maior era: <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Onde Guilherme poderia estar?<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> </span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="apple-style-span"></span><span class="apple-style-span"><i>A vida vem a nós saindo da escuridão e existem momentos em que você deve ir atrás dos medos e enfrentá-la...</i></span><span class="apple-converted-space"><i> <o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-converted-space"><span style="color: white;">Rodrigo estava com a bola de frente para o gol adversário. A platéia ficou em silêncio, esperando o melhor acontecer. Porém, antes que pudesse chutar, Rodrigo fora atingido por um dos jogadores adversários, sendo brutalmente derrubado ao chão, fazendo toda a torcida gritar, vaiando o time contra...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><i><span style="color: white;"><br />
<span class="apple-style-span"> </span></span></i></div><div class="MsoNormal"><i><span class="apple-style-span"><span style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Uma vida pode surgir em você de fora da escuridão, quem você ira escolher para encarar isso,poderia ser uma pessoa que você confia,ou ser sábio, e o amor que eles tem por você ajudará a te guaiar até a luz, ou então você se perdera nessa escuridão, será que te darão escolhas nobres?<o:p></o:p></span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;">Valdir corria desesperadamente pelo corredor central do colégio, com a respiração forçada, arfando, desesperado...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="color: white;"><span class="apple-converted-space"><i> </i></span><i><br />
<span class="apple-style-span"> </span></i><i style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="apple-style-span">Ou será</span><span class="apple-converted-space"> </span><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;">que essa pessoa é alguém que está testando, alguem novo.</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"> </span></span></span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> <span class="apple-style-span">A vida exige que você saia para fora da escuridão,quando sairmos, existe uma pessoa na sua vida com quem você pode contar.</span><span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<br />
<span class="apple-style-span"><o:p></o:p></span></span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;">Lucas estava com a bola em posse. A torcida elevou o tom de gritaria. Joyce já não estava tão interada ao jogo, perguntando-se onde Valdir poderia estar. Então, desviou-se dos alunos, subiu as escadas e foi em direção a saída da quadra para procurar por seu amigo...<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Alguém estará te observando quando você tropeçar e cair...<o:p></o:p></span></span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;">Valdir já estava na saída da escola... Então, observou tal cena... Parou, dilatou os olhos, a boca se abriu num ar de medo e desespero. Elevou suas mãos à cabeça e gritou:<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;">- NÃO!!<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><span style="color: white;"><span class="apple-style-span"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;">Um carro estava parado em meio à calçada</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><i>,</i> <span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">com manchas de sangue na frente. O motorista estava apavorado e pedia por ajuda. Abaixo do carro... Os braços e pernas de alguém que Valdir conhecia...<i><o:p></o:p></i></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><span class="apple-converted-space"><i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Era Guilherme...<o:p></o:p></span></span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span style="color: white;"><br />
<span class="apple-style-span"><br />
</span></span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><span style="color: white;"><i><span style="border-bottom-color: windowtext; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1pt; border-image: initial; border-left-color: windowtext; border-left-style: none; border-left-width: 1pt; border-right-color: windowtext; border-right-style: none; border-right-width: 1pt; border-top-color: windowtext; border-top-style: none; border-top-width: 1pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;"><span class="apple-style-span"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E nesse momento, te dará força para encarar seus medos sozinho</span>.</span></span></i><span class="apple-style-span"><i><o:p></o:p></i></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> </span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Lucas estava frente a frente com o goleiro adversário...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Valdir ajoelhou-se...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> A torcida ficou em silêncio...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Joyce encontrou Valdir e deparou-se com tal horrível cena...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Lucas chutou fortemente a bola...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> Joyce puxou Valdir para trás, impedindo-o de aproximar-se do local do acidente...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> A bola entrou... A platéia foi à loucura...<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> ... E, então, enquanto uma multidão gritava de alegria, apenas um ser solitário gritava de dor e desespero:<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"> </span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="color: white;">- GUILHERMEEEE!! - gritou Valdir Luciano.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><a name='more'></a><b><span style="color: white;">Continua.</span></b><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-48755831752596684652012-03-03T21:37:00.003-03:002012-03-05T23:41:58.528-03:00Romance: Sucessos e Fracassos - Primeiro Volume<div class="MsoNormal"><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Sucessos e Fracassos</span><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;">Valdir Luciano<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Prólogo</span></b>:<o:p></o:p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj29RJERnfvHkf-wzGfJkwCUoGhnUMDLfx4zTJHBpaww19bzxvSehBMN5N9TywZtfC6mGOTnKza96ufUofdlbep4wdKvuib0z26kPt99Z-tCewsWYCqpi0M3FEVYY03na5P1axgP9F5I4M/s1600/AMiss%C3%A3oDaJuventude.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj29RJERnfvHkf-wzGfJkwCUoGhnUMDLfx4zTJHBpaww19bzxvSehBMN5N9TywZtfC6mGOTnKza96ufUofdlbep4wdKvuib0z26kPt99Z-tCewsWYCqpi0M3FEVYY03na5P1axgP9F5I4M/s320/AMiss%C3%A3oDaJuventude.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal"> <i>Séculos. Décadas. Anos. Meses. Semanas. Dias. Horas. Minutos. Segundos. Milésimos...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O quanto vale a pena viver?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Quanto tempo você gostaria de viver livremente, sem obstáculos, nem montanhas, nem rochas? Quanto tempo você viveria sem pessoas más, sem inveja, ignorância, obsessões, vingança?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Quanto tempo você gostaria de viver sem maldade, apenas ao lado da bondade?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Quanto tempo você gostaria de viver sendo a pessoa mais feliz do mundo, ao lado das pessoas mais felizes do mundo?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Quanto tempo?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Eu me pergunto isso todos os dias da minha vida: Como seria o mundo se apenas existisse a felicidade?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> E a resposta que me vem à mente é: É impossível haver apenas felicidade. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Sempre existirão pessoas más, sempre existirá a ganância, a luxúria, a inveja...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Porém, são essas coisas que nos destacam quando temos um bom coração. As pessoas percebem a nossa bondade, nossa submissão, nosso amor pelo próximo.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> E quando as pessoas vêem isso em nós, a esperança cresce. A esperança de que algum dia – um dia não muito longe – somente a felicidade existirá.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Esse dia não vai chegar, mas é o maior sonho que levamos todos os dias de nossas vidas. E até que morramos a levaremos conosco. Porque a esperança certamente é a única que morre.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Questões, dúvidas, choros, risos, amores, temores... Eu passei por tudo isso em minha adolescência, e me orgulho de cada beijo, briga, a cada choro, a cada riso e tristeza... Porque tudo isso foi o responsável por me trazer onde estou hoje. Foram épocas boas, ao lado de amigos, inimigos, família... Coisas boas e ruins aconteceram, mas eu agradeço a Deus por terem acontecido. Porque tudo se transformou em lembranças.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Pequenas lembranças.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Pequenas e boas lembranças que eu levarei comigo para sempre.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Hoje eu não sou a pessoa mais feliz do mundo, mas sinto que estou chegando lá.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> E então eu pergunto novamente:<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O quanto vale a pena viver?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Eu digo que vale muito a pena viver cada segundo e milésimo do que a vida nos proporciona, seja ruim ou bom. Porque no final de tudo são essas coisas que te definirão, e quando você se for, as pessoas se lembrarão de tudo o que você viveu...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> ... E se lembrarão de que você foi feliz.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Então viva sem medo de ser feliz, porque a felicidade é a alavanca que nos empurra e nos faz seguir em frente.</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Capítulo 1</span></b> – <b>Partida (primeira parte)</b><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> </div><div class="MsoNormal"> As mãos do garoto faziam pequenos gestos com os dedos. Eles tocavam rapidamente o teclado, pressionando as inúmeras letras. Os olhos dele estavam atentos ao monitor. Aparentava estar teclando com alguém, e estava. A atenção era totalmente ligada ao computador. O alto Rock saia das enormes caixas de som instaladas em cima da pequena mesa ao lado da cama. O teto tremia com a vibração sonora. Mas Luciano não se importava. Seus ouvidos, seus olhos, boca e, claro, mãos, estavam interligados àquela máquina viciante.</div><div class="MsoNormal"><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ele era Valdir Luciano, um adolescente de quinze anos. Seus cabelos eram não muito longos, mas eram ondulados, escuros e cobriam as orelhas. Sua pele era clara e as inúmeras espinhas personalizavam sua aparência.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir era o típico jovem moderno: Tinha o famoso computador e, a partir dele, as mais variadas redes sociais: <i>Orkut, MSN, Facebook, Twitter, </i>entre outros.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Estava teclando rapidamente, pois trocava palavras com o seu grande e melhor amigo, Guilherme Teixeira do Nascimento, através do Messenger:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><b>Luciano</b>:... Cara, você tem certeza?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><b>Guilherme</b>: Claro, mano! Meu pai vai trabalhar. Ele vai pegar o fusquinha e ai eu pego o Corsa dele e damos um rolê lá em Sampa. Não vai dar arrego, vai?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir pensou, observou bastante a palavra ‘arrego’. Sabia que aquilo era uma expressão que significava covardia, medroso... E ele não era nada disso – pelo menos seu ego machista lhe dizia isso.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Seus pais jamais o deixariam sair no meio da noite, ainda mais para vagabundar com os amigos, ainda mais de carro, ainda mais com um carro roubado, ainda mais sendo dirigido por uma pessoa que não tinha carteira de habilitação.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Seus pais jamais deixariam, mas eles não precisavam saber. E isso a mente de Valdir fazia questão de destacar a seus olhos e ouvidos. Ele estava calado, mas conseguia ouvir:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Vá... Saia com seus amigos... Você nunca pode sair... Todos eles são populares porque podem sair à noite... Seus pais não precisam saber... Minta... Minta... Minta...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Mentir.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir teria de mentir a seus pais para que pudesse escapar. Mas ele jamais faria isso. Era um bom garoto que fora mimado quando criança. Aprendera os bons modos e a grande lição de nunca esconder nada da família.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ele jamais mentiria. Jamais.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Mãe, pai, eu vou à casa do Guilherme fazer um trabalho de Biologia – ele disse.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Volte cedo! - os pais dele disseram desatentos, enquanto os olhos estavam grudados na TV.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> E então, Valdir saiu pela porta com um sorriso estampado no rosto.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal"><o:p><br />
</o:p></div><div class="MsoNormal"> - Você só disse que íamos: eu, você e o Ronaldo – Valdir sussurrou a Guilherme, enquanto observava as duas lindas garotas da mesma idade que ele sentadas no banco detrás do automóvel Corsa cinza. Ele não estava com medo das meninas, tão pouco furioso. Estava apenas envergonhado, pois não era do tipo ‘bonitão da escola’ e suas espinhas avermelhadas certamente concordavam com isso.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Guilherme, um jovem alto com pele moreno-clara e cabelos escuros e curtos, sorriu e cutucou Ronaldo Nunes, altura mediana, cabelo moicano loiro e pele branca. Era óbvio que estavam caçoando do receio de Luciano. Ele era uma das pessoas menos populares da escola, o que não significava que não podia ter amigos populares. E Guilherme e Ronaldo claramente eram.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Não se preocupe, amigão – Guilherme disse, puxando Valdir e batendo de leve em sua cabeça – Não precisa ficar com vergonha. Elas estão chapadas e nem vão notar essas bolotas em seu rosto. Fica tranqüilo. Você sabe beijar?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir hesitou as palavras, envergonhado, mas disse depois:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Claro. Eu sei... Eu sei.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Então não tem problema – Ronaldo o confortou e também bateu de leve em sua cabeça – Agora vamos entrar. Hoje a noite promete!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Guilherme riu e assentiu, enquanto Valdir Luciano apenas olhava para o céu com aparência amedrontada.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> <i>Em quê eu fui me meter?</i>, ele pensou.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> O automóvel estava correndo tão rapidamente que a vista da cidade ao lado de fora era semelhante a borrões de tintas coloridas. O ponteiro apontava 150 quilômetros, e as mãos de Guilherme batiam repetidas vezes sobre a buzina, emitindo um irritante e alto barulho que alertava os carros à frente, fazendo-os desviarem do caminho.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> No banco detrás, Ronaldo beijava assediadamente uma garota de cabelos loiros. Suas mãos deslizavam por todo o corpo dela e tentavam chegar às partes mais íntimas. Porém, ela não permitia e isso o deixava ainda mais excitado. Enquanto ao seu lado, Valdir observava, paralisado, a paisagem afora da cidade de São Paulo à noite, enquanto sua companheira de cabelos morenos permanecia de braços cruzados e com aparência um tanto irritada. Ela estava esperando um pouco mais das atitudes dele, o que não estava acontecendo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir observava as ruas, mas na verdade estava tentando não olhar para ela. O receio era tamanho que ele suava. Em sua mente passavam-se as palavras: idiota, burro, tonto, medroso... E, afinal, ele estava cooperando para ser nomeado por tudo aquilo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Vai ficar mesmo quieto?! – a garota debochou olhando diretamente para ele, que fingia não estar ouvindo – EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ, IDIOTA!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Luciano virou-se para ela com uma aparência um tanto medrosa e disse em voz baixa:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Desculpe. Eu não... Não consigo...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Ah, pelo amor de Deus – ela exclamou e, em seguida, foi para o banco da frente para paparicar o motorista.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Desculpe, amor – Guilherme disse, sorrindo, enquanto seus olhos estavam atentos à direção – Motoristas não devem perder a concentração. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> A garota também sorriu e disse num tom suave e sexy:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Eu não vou te desconcentrar. Não muito...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> O carro continuava a correr em velocidade máxima. A garota morena aproximava-se de Guilherme, que parecia não se importar.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> E então, eles começaram a se beijar. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Os olhos de Guilherme se fecharam e ele perdeu totalmente a concentração da direção. Valdir percebeu e gritou:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - GUILHERME, PRESTA A ATENÇÃO NA DIREÇÃO! QUER QUE A GENTE MORRA?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ainda aos beijos e de olhos fechados, ele replicou:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Não se preocupe, cara... Essa pista é reta e longa... E não há carros por aqui... Hum...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Certo. Não havia carros.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Mas havia ônibus.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Sem que ninguém percebesse, um ônibus surgiu na travessa de outra rua, ficando de frente para o carro dos garotos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir percebeu, seu coração disparou-se em mil batimentos cardíacos e ele perdeu a respiração.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - PÁRA! PÁRA GUILHERME!<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Guilherme interrompeu o beijo e olhou a frente. Seus olhos se dilataram e ele se espantou. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> A buzina do ônibus pôde ser ouvida e, então, um grande estrondo ecoou pela cidade de São Paulo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Capítulo 1</span></b> – <b>Partida (segunda parte)</b> </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal"><i>O quanto vale uma vida, em sua opinião?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O quanto vale uma respiração, um ofegar?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O quanto vale um batimento cardíaco?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O preço é alto. Mais alto do que se imagina. Não há Real, Dólar ou Euro que compre e nem prata ou ouro que se compare. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> A vida é um diamante que nasce com um brilho esplêndido e dura para sempre. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> As pessoas morrem, sim, mas as memórias permanecem para sempre vagando pelo universo. Isso se chama ‘vida’. E quando elas morrem, podemos apenas oferecer nossas lágrimas.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Lágrimas que dinheiro ou riqueza não podem comprar.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i> </i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">As lágrimas desciam lentamente em gotas seguidas umas das outras. As profundas olheiras escuras mostravam o cansaço e exaustidão que Valdir estava sentindo. Ele estava sentado em um extenso banco de espera. Suas mãos tremiam e sua aparência era amedrontada, aterrorizada, desesperada.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> O hospital não estava muito cheio, mas algumas pessoas estavam sentadas ao seu lado, pois esperavam por notícias de seus amigos, familiares, que por algum motivo estavam internados em um leito branco, sendo monitorados por máquinas e tomando medicamentos para melhorar o mais rápido possível. E Valdir Luciano era mais uma dessas pessoas que esperavam por notícias. Boas notícias.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ele ouviu passos lentos e podia sentir a tristeza se aproximando. Levantou a cabeça e avistou o médico que atendera ao seu amigo Ronaldo Nunes, o único acidentado da catástrofe de algumas horas atrás. Fora o único que sofrera graves ferimentos. Estava em estado grave e os profissionais estavam incertos sobre seu destino.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Os olhos de Valdir encararam os do médico, que fechou os olhos e sacudiu a cabeça negativamente, fazendo uma linha reta com seus lábios. Suas mãos tocaram os ombros do garoto e, então, sentiu ele enfraquecer-se com a terrível notícia que não fora dita com palavras, mas com gestos e olhares:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ronaldo havia falecido.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> O rosto de Valdir se enrugou com tal expressão de dor e as lágrimas escorreram em tanta profusão que parecia uma forte correnteza de um rio prestes a explodir.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> O doutor abraçou o jovem e pôde sentir a mesma tristeza. Na verdade, não pudera. Somente Valdir e Deus sabiam tamanho sentimento de perda era aquele que estava sentindo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Guilherme surgiu vindo pelo corredor com o braço enfaixado e alguns hematomas em sua face, observou aquela melancólica cena e logo se deu conta do que acontecera: Baixou a cabeça, fechou os olhos com força e também se despejou em lágrimas ainda mais profusas que a de seu amigo, pois sabia, sentia, que fora o responsável por toda aquela tragédia. E jamais se perdoaria por tirar a vida de um grande amigo próximo. Independentes se eram amigos ou não, fora uma vida tirada de uma forma tão medíocre, infantil... E que custou caro, muito caro... <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Custou o eterno arrependimento de quem estava dirigindo o veículo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Eu sinto muito, meu jovem – disse o médico, com peso nas palavras – Sinto muito mesmo. Fizemos tudo o que podíamos ao nosso alcance... Mas... Não era o que Deus queria...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Não... – Luciano sussurrava com dor no peito – Ronaldo... Não...não...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> As duas garotas que estavam no veículo surgiram no corredor, atrás de Guilherme. Também presenciaram aquela terrível cena e apenas se abraçaram aflitas. Todo aquele estranho e triste ar lhes dissera o que havia ocorrido. E sabiam que o melhor a fazer naquele momento era deixá-los em paz. Mas elas tinham em mente o tamanho sentimento de culpa... Na verdade, todos ali tinham, desde os jovens até os médicos que se esforçaram para não deixar que uma vida fosse embora para sempre.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Mas, como o médico dissera, não era o que Deus queria...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Em alguns minutos, Os pais de Valdir e Guilherme apareceram em diferentes portas de entrada. Correram, então, em direção aos filhos e ,antes que pudessem despejar toda a raiva por terem cometido um grave erro, apenas abraçaram-nos e deram todo o amor paterno possível, pois sabiam que era o único consolo possível naquele momento. Porque eles sabiam que haviam perdido um amigo, e sabiam que eram muito novos para suportarem tanta dor sozinhos.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> E então, solidários e emocionados, todos naquele corredor despejaram suas lágrimas e mais tristes sentimentos. E o silêncio pairou sobre o lugar.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> <i>Dor. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Já se machucou a ponto de sangrar? Já se feriu tanto que sentiu aquela terrível dor?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Todos nós já nos machucamos alguma vez na vida. E já sangramos... Muito ou pouco...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Mas essas são feridas carnais que se curam com o tempo. Com um medicamento e cuidados logo saramos...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Mas a verdadeira ferida que realmente dói e é difícil se curar... É a do coração.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Eu estou machucado com esse tipo de ferida... E não sei quanto tempo vai continuar doendo aqui dentro do peito. Não sei se vou suportar tanta dor assim... É difícil... É ruim...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> É horrível.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i><o:p><br />
</o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i><o:p><br />
</o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> </i>O espelho refletia o terno escuro que Valdir vestia por cima da camisa social branca. Seu cabelo estava mais curto e penteado socialmente para o lado esquerdo. Sua aparência não tinha expressão, mas tinha dor. Os olhos estavam avermelhados pelo choro de ontem e as olheiras continuavam expostas abaixo dos cílios. Porém, ele sabia que não poderia ir com aquela aparência exposta à multidão. Então pegou os óculos escuros do bolso e pôs sobre os olhos. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> O quarto estava escuro, as janelas fechadas e não havia iluminação daquela manhã. Ele não queria ver o sol. Não estava no clima de felicidade. Aquele seria um dia difícil, de despedida... Uma última despedida.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - O carro está pronto, filho – Marta, sua mãe, disse ao entrar pela porta. Estava com vestes escuras de seda. Estava de luto.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Todos estavam de luto. O dia estava de luto, pois perdera mais uma alma.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Eu já estou indo, mãe – Valdir disse com um meio sorriso. Queria mostrar a sua mãe que estava bem. Mas uma mãe sabe muito bem quando um filho está bem ou não – Eu preciso de um tempo sozinho.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Marta assentiu e fechou a porta.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir caminhou até seu pequeno guarda-roupas, abriu a primeira gaveta e puxou uma fotografia: Várias crianças reunidas e trajadas com um uniforme escolar cinza. Estavam divididas em duas fileiras. A da frente era onde Valdir estava e, ao seu lado, Ronaldo Nunes. Os dois sorriam, assim como todas as outras crianças. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Aquela era uma fotografia da oitava série, no dia de formatura. Naquele dia ele, Ronaldo e Guilherme prometeram sempre estar juntos e serem grandes amigos dentro e fora da escola. Prometeram aquilo para todo o sempre.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Mas, infelizmente, não haveria mais como continuar com aquela promessa... <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> A única promessa que Valdir tinha em mente naquele momento... Era de nunca esquecer-se de um grande amigo e companheiro de escola, e de vida.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Voltou a guardar a imagem na gaveta, fechou-a lentamente com sua mão direita, e viu uma lágrima cair por sobre ela.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> O ambiente gramado e verdeado era calmo e silencioso. As inúmeras lápides cinza estavam cravadas sobre o solo com nomes de pessoas que partiram desta vida. O céu estava completamente azulado, completamente sem nuvens. O sol não era forte, mas era gostoso e seus raios misturavam-se com o leve soprar do vento, que levantava as folhas secas e caídas do cemitério.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ali estava uma pequena multidão de amigos, familiares, companheiros e até mesmo desconhecidos que não pouparam tempo para se despedir de Ronaldo Nunes, pois não haveria outro momento para fazer isso. Aquela era a última vez.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Diante tantas pessoas vestidas de preto, lá estava Valdir Luciano de pé, com as mãos unidas abaixo do estômago. Ao seu lado direito estavam seus amigos de escola, e no esquerdo seu amigo Guilherme Nascimento, que observava tristemente o caixão marrom descer em ritmo lento, desaparecendo aos poucos da vista de todos os que estavam ali. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - A culpa é minha – Guilherme sussurrou e somente Valdir pôde ouvir – A culpa é minha e eu vou ter que carregar isso comigo pelo resto da vida...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Valdir não desviou o olhar para seu amigo, mas disse indiretamente:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Apenas aconteceu, Gui. Aconteceu... <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> A partir daquelas últimas palavras ditas, as lágrimas de Guilherme começaram a cair. Ele se sentiria culpado até o dia de sua morte. Nunca em sua vida sentiu tanta dor, tanto remorso... <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> A família de Ronaldo virou-se para Guilherme, os amigos dele também... E aos poucos todos que ali estavam o encarava com olhos inexpressivos. Poderiam apontar os dedos diretamente a ele e chamá-lo de assassino... Poderiam xingá-lo, culpá-lo por toda aquela tragédia...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Mas o que eles fizeram fez com que Guilherme despejasse todo o seu choro e se emocionasse de um modo como nunca sentira antes:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Eles o abraçaram. Todos eles, como se fossem uma única família. Porque sabiam que o que acontecera foi uma tragédia, algo inesperado. Sabiam que Guilherme era um bom garoto, um bom amigo, que tinha um bom coração, que apenas estava tentando curtir uma vida jovem... Mas que terminou em algo que ele jamais desejaria.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Em meio toda aquela união em luto, Valdir disse em voz baixa, observando a lápide sendo colocada:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Adeus, amigão...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> E na lápide estava escrito:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> “<b><i>Ronaldo Nunes de Sá.</i></b></div><div class="MsoNormal"><b><i> Uma boa criança, um bom garoto, um bom amigo.<o:p></o:p></i></b></div><div class="MsoNormal"><b><i> 1992-2008</i></b>”<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> O vento estava forte, aparentava trazer nuvens escuras e carregadas. Pela varanda do segundo andar de sua casa, Valdir observava o horizonte da cidade de São Paulo. Os altos prédios cobriam parte do céu, e a visibilidade era pouca por causa da poluição.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Passaram-se três horas desde a última despedida de Ronaldo e ele ainda não estava acreditando no que passou durante os últimos dias. Não conseguia entender por que ele e seus amigos tiveram tais experiências. Aquilo era coisa de adultos e não de adolescentes. Não podia ter acontecido, não era para ter acontecido.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Mas aconteceu.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> E agora ele tinha que se conformar e seguir em frente, porque o ano estava apenas começando e muitas outras situações ainda haveriam de acontecer. Se eram boas ou ruins ele não sabia, mas estava se preparando a cada dia, porque o tempo estava passando... E ele estava crescendo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Enquanto fechava os olhos e deixava a brisa soprar em seu rosto, ele sentiu uma mão tocar suave em seus ombros. Pensou ser Maria, sua mãe, ou Paulo, seu pai. Mas não eram eles.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Como está se sentindo? – ela perguntou, e quando Valdir se virou percebeu que era Joyce Gomes, sua vizinha e amiga de infância, altura mediana, pele clara e cabelos castanhos cacheados.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Não sei – ele respondeu com um meio sorriso – Nunca presenciei algo assim. Ronaldo era meu amigo...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Era meu amigo também – ela completou e fechou os olhos – Eu sinto que ele vai estar entre nós para sempre. Vai estar nos nossos corações e vamos nos lembrar dos bons momentos que passamos com ele, tudo bem? Agora, temos que seguir em frente. <o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> - Se eu tivesse gritado mais alto... Talvez o Guilherme parasse o carro e... E...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Joyce não permitiu que Valdir continuasse e o interrompeu com um forte e longo abraço. Ele explodiu em lágrimas, enquanto Joyce o consolava dizendo que tudo iria ficar bem. Mas ela sabia que só tempo confirmaria isso.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"> Ela fechou os olhos e aquele momento afetuoso permaneceu diante do pôr do sol, escondido entre as nuvens negras de uma possível tempestade aproximando-se da cidade.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> <span class="apple-style-span"><i>Você já se perguntou se somos nós que fazemos os momentos em nossas vidas ou se são os momentos da nossa vida nos fazem?</i></span><i><br />
<span class="apple-style-span">Se você pudesse voltar no tempo e mudar apenas uma coisa na sua vida, você mudaria?<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i> E se mudasse, será que essa mudança tornaria a sua vida melhor? Ou será que ela acabaria partindo o seu coração? Ou partindo o coração de outro? Será que você escolheria um caminho totalmente diferente? Ou você só mudaria uma única coisa? Um único momento? Um momento que você sempre quis ter de volta...<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Ontem eu brincava com Ronaldo, jogávamos futebol, videogame... Paquerávamos garotas, corríamos atrás de pipas... Conversávamos como irmãos, aconselhávamos um ao outro... Ríamos nos fins de tarde, passeávamos sobre a quadra da escola... <o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Foram bons momentos que ficaram para trás. E agora tornaram-se apenas lembranças.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Boas lembranças.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Eternas lembranças que permanecerão em minha memória.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>- Faça o que tem de fazer, desde que seja feliz – ele me disse uma vez. <o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>E em homenagem a ele que vou seguir em frente, carregando cada bom momento que tivemos juntos.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Hoje foi um dia de dor, despedida...<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>A partida.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Amanhã será um novo dia, e quando o sol nascer novamente eu vou abrir os olhos e seguir em frente.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><i>Por você, Ronaldo, eu vou seguir em frente...</i></span><i> </i><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">E então Valdir parou de escrever, observou a última frase e sorriu. Deixou a caneta ao lado do caderno e uma lágrima caiu sobre a folha.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">E então ele fechou o caderno.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"></div><a name='more'></a><b>Continua.</b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
<a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2012/03/sucessos-e-fracassos-capitulo-2.html" target="_blank"><b><span style="color: red;">Clique aqui para ler o segundo capítulo</span></b></a></div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-35940432164179270612012-03-03T20:30:00.000-03:002012-03-03T20:30:26.658-03:00Saudações, leitores e escritores que ainda passam despercebidamente por aqui...<a href="http://1.bp.blogspot.com/-QBqmYFPvmko/Titiq2m1iqI/AAAAAAAAA50/SKmAN6pOce4/s1600/DSCsasa042522222.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-QBqmYFPvmko/Titiq2m1iqI/AAAAAAAAA50/SKmAN6pOce4/s200/DSCsasa042522222.jpg" width="200" /></a>Por acaso encontraram lápides e caixões entre os posts deste blog?<br />
<br />
Sim, ele está muito parado, muito desandado e sem graça... Até porque eu estou trabalhando e não há quem o atualize para mim. Este blog está semelhante ás casas assombradas que existem por ai: Vazio, assustador...<br />
<br />
Espero que todos vocês estejam bem. Não mudei o visual do blog - até porque nem sei mexer nisso -. Mas vim com boas notícias - agora eu prometo que cumprirei rs -: A partir de hoje vocês irão degustar de minha nova história totalmente adolescente e clichê sobre pessoas em busca de seus sonhos?<br />
<br />
Com certeza já ouviram e leram muitas histórias sobre isso. Nesse caso, não sei se irei agradar à todos. Mas creio que vocês lerão mesmo que não gostem do tema tão abatido.<br />
<br />
Mas vocês se perguntam se eu não irei postar a continuação de minhas confissões, ou se não irei postar mais contos de terror...<br />
<br />
Por enquanto não rsrs... Eu estou só enrolando mesmo. Acho que essa história dramática vai segurar vocês até que eu volte a postar as histórias macabras que muitos gostam.<br />
<br />
O título e os dois primeiros capítulos serão postados no próximo post. Vamos ver se esse blog volta a ser movimentado como antes rs...<br />
<br />
Bom gente, era só isso mesmo.<br />
<br />
Estou meio cansadinho hoje, mas farei o possível para postar os primeiros capítulos ainda esta noite.<br />
<br />
Abraços e vamos ler e divulgar esse troço u.u<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-43962265381609529002012-02-06T22:17:00.000-02:002012-02-06T22:17:16.403-02:00Curta: Vultos - escrito e dirigido por Valdir Luciano em 2009É... O garoto aqui não é apenas escritor (ele se acha)... Também já foi diretor de filmes trash.<div><br />
</div><div>Prova disso é o curta de quase vinte minutos:</div><div><br />
</div><div><b>VULTOS</b>.</div><div><br />
</div><div>Escrito e dirigido por mim mesmo - Valdir Luciano - em 2009 como um projeto escolar. Estava guardado nas gavetas e eu resolvi mostrar à vocês.</div><div><br />
</div><div>Será que eu sou bom nos filmes, assim como eu sou nos livros? (está se achando de novo...)</div><div><br />
</div><div>Vejam, comentem, gostem e compartilhem!</div><div><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/-elbIs-9a10?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div><br />
</div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-75088845514279065542012-01-11T16:45:00.000-02:002012-01-11T16:45:29.720-02:00Saudações, queridos leitores e escritores que sumiram do meu BLOG!! :D<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b><i>Where are they?</i></b></span><br />
<br />
Onde estão?<br />
<br />
Estão todos trabalhando? Duvido...<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPs3ILJIwWlKiPMos1UbYTHPMUzkRA30o2vRVz7o_Cl5gZFFtYsO8-J828RXng6GtQrU_J0HZ800VJyufCZ2eXENFwULuv2P3S2SgS9pswm1MgtnslgB-tXtzyBbXewh9Pi_iCCpwrZMo/s1600/401502_273879495998776_100001301820847_692570_1210422484_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPs3ILJIwWlKiPMos1UbYTHPMUzkRA30o2vRVz7o_Cl5gZFFtYsO8-J828RXng6GtQrU_J0HZ800VJyufCZ2eXENFwULuv2P3S2SgS9pswm1MgtnslgB-tXtzyBbXewh9Pi_iCCpwrZMo/s320/401502_273879495998776_100001301820847_692570_1210422484_n.jpg" width="196" /></a><br />
A questão é que o próprio dono dessa bagaça está trabalhando (isso, eu consegui um emprego u,u) e não tem muito tempo para postar capítulos de histórias longas, como as "Crônicas de um Vampiro", por exemplo ( que deve ser tão chata e tão sem graça de ler por se tratar de vampiros, algo muitoooo clichê nos tempos modernos)...<br />
<br />
Eu entendo. Vocês querem ler algo que apreciaram quando entraram pela primeira vez neste blog... Algo que os marcaram... As minhas primeiras histórias publicadas aqui...<br />
<br />
As verdadeiras histórias de terror. As lendas urbanas... Aquelas que foram selecionadas por editoras para serem publicadas em meu primeiro livro... Sim... Entendo...<br />
<br />
Por esse motivo, estou parando temporariamente de postar os capítulos tediosos de 'Crônicas de um vampiro' para voltar a postar contos de terror e suspense. Acredito que isso gere comentários, críticas ou algum sinal de que ainda há vida neste lugar, além da minha...<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<b>Entãoooooooooooooooooooooooooooooooooo</b>...<br />
<br />
A partir de hoje, está oficialmente cancelada a série de vampiros clichês sobre um garoto que é da família do Drácula e que tem um destino traçado futuramente... Grande coisa =,<br />
<br />
Bom, é isso. Agradeço pelo bom número de pessoas que passam pelo blog e espero que tende a aumentar. Veremos se os próximos contos serão mais apreciados por vocês.<br />
<br />
Atéeeee daqui a pouco :D!!<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-79124915141795352942012-01-07T14:17:00.000-02:002012-01-07T14:17:02.827-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 8<div class="MsoNormal"><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Capítulo 8 –</b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images4.fanpop.com/image/photos/16400000/Plan-B-2x06-Screencaps-stefan-salvatore-16437863-1280-720.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://images4.fanpop.com/image/photos/16400000/Plan-B-2x06-Screencaps-stefan-salvatore-16437863-1280-720.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal">Deitado em sua cama, Draco ainda refletia sobre aquele dia em que lutou contra Dig. Sua memória não lhe trazia todas as lembranças do que ocorrera naquela floresta. Somente recordava-se do momento em que ia ser atacado pelo monstro e depois de acordar no castelo de seu pai. O jovem também não sabia quando e de onde sugira aquela estranha marca em seu pescoço.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Será que fui eu quem matou aquele lobo?, </i>questionou-se, olhando para o teto onde se podia ver os morcegos dormindo em agrupamento, pois ainda eram três horas da tarde e os vampiros somente acordavam ao anoitecer. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Será que eu tenho tanto poder, assim como o meu pai disse? (...) Sasha realmente me observou assassinando o lobisomem... E essa marca... De onde ela surgiu e qual o seu significado? (...) Estou crescendo e as questões sobre mim estão começando a vir à tona... Não sei se estou me transformando em vampiro, humano... Se servirei o bem, o mal... <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Meu futuro é completamente incerto.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images5.fanpop.com/image/photos/24700000/Scott-scott-mccall-24760217-500-281.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="http://images5.fanpop.com/image/photos/24700000/Scott-scott-mccall-24760217-500-281.gif" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Nas montanhas congeladas da Transilvânia, entre os confins das cavernas, o clã dos lobisomens descansava sobre as pedras, enquanto o rei Khaos não demonstrava emoções, ou sentimentos. Aparentava ser um fantasma, um boneco sem expressões.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Sentado ao trono Real, ele apenas meditava em sua vida, o que ainda era um mistério...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">De repente, uma leve brisa soprou nos confins daquele lugar até chegarem ao rosto de Khaos, tocando em seus piercings e brincos – que não eram comuns e escondiam um grande poder ainda desconhecido -.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Segundos após o estranho evento, seus olhos cintilaram e então ele deduziu em voz alta:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Então é isso...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Sua voz fez despertar os outros lobisomens.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O que aconteceu, Senhor? – perguntou Canínus, seu irmão – Por acaso, teve alguma visão? Sentiu a presença de alguém estranho pro aqui?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Abrindo seus olhos avermelhados e penetrantes, cujo sua presença era tão terrível que causara um pequeno terremoto, amedrontando os servos que temiam a morte caso ‘aquilo’ despertasse de dentro do garoto, que respondeu:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Aquele que assassinou Dig... Foi um vampiro... Um vampiro muito forte...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os olhos de todos os lobisomens arregalaram-se numa expressão de pavor. Lob amedrontou-se, fazendo seus lábios tremerem por tamanho receio: Seu mestre estava perto de descobrir sua façanha... A façanha do assassinato de um vampiro... Porém, ao mesmo tempo, a mente vingativa do monstro também se manifestava... A vontade de matar aquele que matou seu irmão... A curiosidade o tomou...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- E quem é esse vampiro, mestre? – perguntou Lob, agora sério.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Fechando os olhos e sorrindo sarcasticamente, Khaos disse:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Conde Draco.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><a name='more'></a>Continua..<br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">As horas se passaram, levando o dia e trazendo a noite sobre as redondezas da região do castelo de Lêmion, que, subindo as escadarias para o quarto de seu filho, pensou: </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Hoje veremos a manifestação de seu poder, filho... Hoje testarei seus extintos de vampiro... Hoje, eu quero presenciar uma vítima sendo morta... Por você!<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Draco, acorde! – Ordenou o rei, abrindo a porta do leito.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Para a surpresa de Lêmion, Draco não estava no local.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O ouvir de passos lentos e a sombra surgindo na parede despertou a desconfiança de Lêmion que, virando-se para trás, deparou-se com seu filho. Ao mesmo tempo, alivisou-se.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Então, você está aí – resmungou o rei, em um tom irônico e com um sorriso exposto – Vista sua capa escura: Hoje será uma grande noite para o rei e seu filho!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Bem, e por quê? – perguntou Draco, vestindo seu casaco negro de gola longa – Por acaso, os conselheiros virão? Algum tio, alguém da família?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não, Draco... – respondeu ao risos e caminhando em direção a janela, cujas vidraças transpareciam o céu limpo e o brilho da lua cheia – Hoje será o grande momento em que verei sua força e seu instinto de vampiro: Hoje eu presenciarei o meu filho caçando e matando um ser humano!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os olhos do garoto cintilaram-se, a expressão paralisou-se num gélido estado de choque. Draco ficou quieto, sem reação. Suas pernas tremeram.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Desta vez, Lêmion encurralou o próprio filho.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>E agora, o que eu faço?! Não posso, eu não quero matar ninguém! Eu não posso... Não nasci para isso! (...) Ele não pode saber que eu não tenho esses instintos... E agora?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Desça em dez minutos – disse o pai, saindo pela porta do quarto – Eu o estarei esperando...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">A porta se fechou.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- DROGA! – exclamou o jovem, elevando as mãos à cabeça – O que farei? Eu não sinto sede por sangue, não sei lutar e nem possuo instinto para caçar! Meu pai vai acabar comigo se perceber que eu não possuo o mesmo sangue frio que ele... Por que eu tive que nasce assim?! Por quê?!!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O menino caminhou para a janela, abriu-a e olhou para o céu: Pela primeira vez, fechou os olhos e pediu ao Deus que seu clã não temia, dizendo:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Me ajude, Deus... Por favor...</div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-57159887218837778832012-01-04T20:02:00.000-02:002015-02-07T02:14:45.562-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 7<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Capítulo 7 –</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pelas redondezas da grande Transilvânia existiam várias tribos e nações diferentes das de um ser humano. Escondida entre as altas montanhas da região havia uma vila onde habitava um clã de caninos ferozes e sedentos de fome: Eram estes os lobisomens, que surgiram a milhares de anos, nascidos a partir de uma maldição demoníaca que juntou as células de um humano e as de um lobo, fundindo-as e gerando um novo ser, cujo possuía grande esperteza e o instinto animal.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Os passos descalços e sujos prensavam sobre a terra fofa e úmida da última tempestade. O arrastar de um corpo apodrecido emitia um odor insuportável, cujo centenas de urubus sobrevoavam o local cercado de árvores e rochas. No final daquele caminho, uma caverna era a entrada para o interior de uma grande montanha congelada, de onde os olhos avermelhados e cheios de más intenções saíam, farejando a chegada de alguém.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- Parece que aquele que está vindo é Lob – Supôs Canínus, líder do bando que constava em cinco feras. Entre estes, havia os irmãos Dig e Lob. No entanto, o líder não soubera da morte de um membro do bando – Aparentemente, aquilo no qual está sendo arrastado é um corpo... Conhecido...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Chegando finalmente à caverna com ódio nos olhos, Lob arremessou o corpo destroçado e degenerado de seu irmão na frente dos três caninos, exclamando:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- VEJA O QUE FIZERAM COM O MEU IRMÃO!! MALDITOS! EU VOU... DESTRUÍ-LOS! NÃO... – Ajoelhou-se diante do cadáver e começou a uivar tristemente. O corpo desmembrado de Dig era a pista que fazia levantar hipóteses de quem o teria assassinado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- Quem o mataria de uma forma tão brutal assim, além de nós lobisomens? – questionou Canínus, examinando o corpo – Creio que não existe nenhum traidor entre nós. Com certeza, não foram do nosso clã... Pelo jeito... Só podem significar duas coisas: Ou há um monstro desconhecido solto pela região... Ou então... Foram os...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- Vampiros! – Completou Mat, um dos membros da civilização – Há muitos anos eles assinaram um acordo com nós para que não houvesse guerras, conflitos e nem batalhas entre os clãs. O que pretendem matando um de nós? Querem iniciar uma nova guerra?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Naquele exato momento, Lob relembrou o erro que cometera ao assassinar Torn, um dos vampiros que ele e o bando encontraram sozinho na floresta. Sua hipótese era de que a morte de Dig seria um alerta de vingança dos sugadores de sangue.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- O que foi, Lob? No que está pensando? – perguntou o líder, desconfiado – Por acaso, você tem idéia de quem o matou?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O homem não podia dizer que matou um vampiro, pois havia uma lei em seu clã que punia os lobisomens infiéis e errantes. E a punição era severa... E mortal.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- Não... – respondeu ele, guardando para si mesmo os segredos que jamais contaria aos outros. Seu maior medo era que os vampiros contassem ao seu mestre sobre a morte de Torn – Mas, com certeza não foram os vampiros! Eles sabem que se matarem alguém de nosso clã uma grande guerra surgirá e nosso mestre acabaria com eles! Eles não podem ter se atrevido a tal ato...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
- Você pode ter razão – Afirmou Canínus, erguendo o corpo de Dig nas costas e saindo do local para o topo da montanha – De qualquer modo, reportarei ao Mestre sobre o que aconteceu... E... Lob, me desculpe a franqueza mas... Estranhei seu comportamento frio e arrogante de nem ao menos chorar e lamentar a morte de seu irmão... Até mesmo eu choraria se perdesse meu irmão... Mas isso é algo que jamais acontecerá... Pois ele é muito forte... É o nosso Mestre...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Enquanto ele subia as escadas iluminadas pelas velas acesas cravadas nas paredes da caverna, um garoto estava sentado a um trono de ouro... Sua aparência era de um jovem de dezesseis anos. Seus olhos avermelhados e os inúmeros piercings no rosto davam a si uma terrível aparência, cujo seus longos e negros cabelos indicavam que ele nunca havia cortado, assim como suas unhas. Em um de seus dedos, um anel banhado a sangue com vários nomes cravados... Nomes importantes, de ancestrais deuses de seu clã...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://poderosa97.files.wordpress.com/2011/06/mtv-teen-wolf11.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://poderosa97.files.wordpress.com/2011/06/mtv-teen-wolf11.jpg" height="168" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
-... Porque o nosso Mestre já possui um destino traçado: Ele será o nosso futuro ‘deus’ – disse o lobisomem Canínus, desaparecendo nas infinitas escadarias que chegariam ao palácio imperial de seu Mestre... E seu irmão:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
O garoto <b>Khaos</b>...</div>
<br /><br /><a name='more'></a><br /><div>
<b>Nota do autor:</b></div>
<div>
Devido a falta de inspiração para a continuação dessa história, a mesma será interrompida. Os capítulos não serão excluídos. Quem sabe a inspiração não volta, né? </div>
<div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-74540672267860340712012-01-04T19:53:00.001-02:002012-01-04T20:30:31.561-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 6<div class="MsoNormal"><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Capítulo 6 –</b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> Draco estava repousando ao leito de Lêmion, seu pai, nos confins do castelo. Ao lado de vampiros especialistas do clã, o rei observava a estranha marca que havia se formado no pescoço do jovem inconsciente.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">-... E então... O que significa esse símbolo? – perguntou Lêmion, olhando atentamente para seu filho – Já descobriu, Sat?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Com os olhos totalmente avermelhados, cujas pupilas dilatavam-se para visionar qualquer detalhe encontrado em Draco, Sat supõe:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Provavelmente, Senhor, essa é a prova de que seu filho possui o poder dos antigos Lordes. Esse símbolo parece prever as mudanças no corpo de Draco... Aparentemente, parece que ele obterá asas, assim como os ancestrais possuíam... Ainda não dá pra saber quais tipos de habilidades ele herdará... Por enquanto, é só isso que posso lhe dizer.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Lêmion ignorou as palavras de Sat, apenas observando o seu filho de forma contente, sorridente, orgulhoso,pois agora tinha a certeza de que Draco seria o herdeiro do poder máximo de Drácula e futuramente reinaria aquele castelo... E também o mundo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-cxIi4lnZE3o/TwTJAOTf_bI/AAAAAAAABBs/I-bEo-Hadrc/s1600/TVDS3E1-blog9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="188" src="http://3.bp.blogspot.com/-cxIi4lnZE3o/TwTJAOTf_bI/AAAAAAAABBs/I-bEo-Hadrc/s320/TVDS3E1-blog9.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Dias se passaram e o jovem vampiro, totalmente recuperado, estava sentado sobre o topo de um dos mais altos prédios da cidade de Bucareste. Pensava bastante no que ocorrera naquele dia – que ainda era recente em sua memória -. Enquanto a brisa soprava seus cabelos, ele observava o solo onde as pessoas comuns caminhavam, os carros passavam de um lado para o outro e a população agitava-se com o passar das horas. Mesmo observando tudo aquilo, seus olhos estavam vidrados e sua mente viajava longe, muito distante dali. As imagens passavam-se em seu subconsciente, enquanto seu pensamento questionava:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>O que realmente aconteceu naquele dia?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Eu não consigo me lembrar...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Como o lobisomem Dig morrera?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Quem o matou?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Sasha?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Ou será que foi...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Eu...?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">De repente, a estranha marca em seu pescoço começou a arder, latejando entre as veias. Draco a cobriu com as mãos, pressionando-a para amenizar a dor. Ao mesmo tempo, sua mente confusa perguntava-se de onde surgira aquela marca.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- BÚUUHH!! – Sasha tentou assustá-lo, tocando-o de modo desprevenido – O que está fazendo aqui? Pensei que seu pai não quisesse mais que seu ‘filho’ andasse por aqui. Por acaso você fugiu de casa?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Bom... É por ai – disse Draco, ainda pressionando a mão direita no lado esquerdo do pescoço – Eu disse que ia passear nas beiradas do rio da região.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Sentando ao seu lado, a garota sussurrou:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Então é por isso que os guardas estão te procurando...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os olhos do vampiro esbugalharam-se, o susto foi inevitável:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O QUÊ?! – questionou o garoto, incrédulo – Eu disse para o meu pai não enviar escolta! Mas que droga! Eu tenho que voltar imediatamente, senão... </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Obrigada por me salvar daquele lobisomem – Sasha disse sem prévio aviso, segurando a mão do garoto, fazendo-o calar-se e esquecer o que estava dizendo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">A troca de olhares foi intensa. A paralisação dos corpos os deixavam feito estátuas. A respiração de Draco podia ser ouvida através da aguçada adição de Sasha. Porém, outro som que vinha do interior do vampiro podia ser ouvido pela garota...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Batidas...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Pulsos...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Fortes batidas sincronizadas que aumentavam de ritmo cada vez que Draco a encarava...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Eram batidas do coração. Um coração que deveria estar parado, sem sangue... Mas que misteriosamente pulsava tão forte quanto o de um humano...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Draco, você... – ela tentou perguntar a ele, incrédula. Mas as palavras não queriam sair – Draco...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O que? – ele questionou curioso e assustado, tentando imaginar o que ela estaria pensando. Porém, ele não tinha a menor idéia.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Sasha queria dizer, mas sua mente a impedia de realizar tal ato. Talvez fosse melhor deixar aquela conversa de lado. Por mais que fosse estranho e assustador – um coração de um morto pulsar tão forte quanto o de um humano -, o melhor a se fazer era esquecer aquilo e retomar a conversa em um momento mais apropriado.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Então, ela disse desconfiada:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não... Nada... Só estou feliz que tenha matado o lobisomem para me salvar...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O abraço de Sasha foi repentino e imediato, apertando o corpo de Draco que, ainda incrédulo, tentava relembrar o momento em que matara Dig. As incertezas de que não fora ele eram maiores do que tudo, e ele apenas se perguntava como conseguiu realizar tal façanha...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://cdn1.fcstatic.com/i/360x360/1028891.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://cdn1.fcstatic.com/i/360x360/1028891.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">No castelo, Lêmion estava em seu quarto, diante de um enorme espelho com um fundo totalmente obscuro, repleto de ossos que decoravam as laterais:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O espelho das trevas – assim se chamava o objeto que, segundo a crença vampiresca, é possível se conectar com o outro mundo através de um sacrifício envolvendo pequenas gotas de sangue do portador.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O rei, antes de realizar o ato, observou atentamente o espelho, enquanto pensava se queria mesmo fazer aquilo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Depois de alguns segundos em silêncio, suas presas surgiram e perfuraram suas próprias mãos, fazendo o sangue proliferar e cair em pequenas gotas sobra vidraça do objeto, pressionando-a...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Ao mesmo tempo, um estranho e indecifrável linguajar começou a sair da boca de Lêmion, enquanto suas mãos pouco a pouco afundavam dentro do reflexo negro daquele espelho.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">De repente, uma terrível chama vermelha acendeu-se dentro daquela dimensão quadrada, junto das milhares de vozes perturbadas que gritavam e gemiam assustadoramente. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="http://images3.wikia.nocookie.net/__cb20110308172357/creepypasta/images/2/2a/Vampire_Eyes_03_by_VampHunter777.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images3.wikia.nocookie.net/__cb20110308172357/creepypasta/images/2/2a/Vampire_Eyes_03_by_VampHunter777.jpg" /></a>Em seguida, em meio toda aquela escuridão demoníaca, grandes e enormes olhos vermelhos e penetrantes surgiram, dilatando-se. A presença maligna foi grande e Lêmion perdeu a gravidade, ajoelhando-se cansado no chão, amedrontado por tamanha força e energia negativa que aquele misterioso ser emitia apenas com os olhos. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">De cabeça baixa e com devoção ao ser, Lêmion glorifica:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Oh, mestre das trevas! Deus dos vampiros e que sempre vive e reina sobre nós! Eu imploro que tenha piedade da minha alma e que ouça as minha súplicas! Não jogue sua ira contra nós, e nos proteja com teu fogo infernal!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">A voz soou rouca, mas forte:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Diga, meu infiel servo...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Venho lhe trazer informações sobre o vampiro da profecia: Como previsto, a marca surgiu! Creio que seja o sinal de que...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Sim. O processo de evolução já começou... Em breve, seu poder irá se igualar aos de um Lorde, e assim ele reinará sobre este mundo... E então... Eu voltarei...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Porém – Lêmion contradisse – ele ainda não demonstrou nenhuma evidência de pode. Não possui auto-controle de sua força e não consegue manifestá-la. Porta-se como um humano e não possui instinto de vampiro. O que devo fazer para despertar o verdadeiro demônio dentro dele?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">-... Nascido para dominar o mundo, ele está sendo consumido por outra força. Os anjos divinos já devem estar cientes e já estão agindo para tirá-los de nós... Você deve fazer aquela “condição” para trazê-lo de volta a nós e despertar de uma vez por todas o seu demônio interior...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os olhos de Lêmion cintilaram e ele engoliu em seco, assustado:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- “Aquela” “Condição”? – ele questionou – Mas Senhor... Não acha que é muito cruel...?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">De repente, uma forte pressão tomou o corpo de Lêmion, fazendo-o despencar ao chão. A ira do estranho ser estava se manifestando.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Desde quando vampiros possuem sentimentos e remorsos? Você fará o que eu ordenei! Somente assim ele despertará o verdadeiro vampiro dentro dele... E onde o mal estiver... Eu estarei...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">A escuridão sumiu repentinamente, trazendo o reflexo normal novamente.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Lêmion levantou-se cansado, abalado e verdadeiramente assustado com as ordens daquele misterioso ser que possuía uma força incomparável.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Draco... – o rei sussurrou, pensando no terrível plano que teria de criar para fazer com que os poderes do garoto se manifestassem...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um plano...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Uma condição...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Uma condição de morte.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><o:p></o:p></div><a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2012/01/as-cronicas-de-um-vampiro-capitulo-7.html" target="_blank">Capítulo 7 - aqui</a></div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-75045294255682361802011-12-27T20:32:00.002-02:002012-01-04T20:28:53.288-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 5<div class="MsoNormal"><b><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Capitulo 5</span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-ZFixqC_Uw3w/TvpCfzhev2I/AAAAAAAABAY/cOpuUV6cyoM/s1600/cats.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-ZFixqC_Uw3w/TvpCfzhev2I/AAAAAAAABAY/cOpuUV6cyoM/s320/cats.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Ora, ora... Se não é o famoso e temido Conde Draco, filho de Lêmion – palpitou Dig, admirado por estar frente a frente com o filho do rei dos vampiros – Não posso crer que o seu pai coloque tanta confiança em deixar um garoto andar por aí sozinho...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Draco não sabia o que fazer. Seu corpo estava totalmente paralisado pelo medo e o receio de ser atacado. Ele nunca havia lutado, não sabia como se defender. Era fraco, não tinha sangue frio... Não era forte como seu pai.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Será que eu corro com a Sasha? Será que eu devo enfrentá-lo? Mas eu não sei lutar... Porém, não posso ser covarde na frente dela... Eu preciso encará-lo de igual para igual... O lobisomem não pode saber que não tenho a força de meu pai...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O que você quer aqui, inimigo? – questionou o jovem, tentando intimidar Dig.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Eu simplesmente não poderia querer mais nada – concluiu o lobisomem num tom de satisfação e alegria – Estou à frente do futuro rei do seu clã... E não perderei esta chance de testar a sua verdadeira força e, quem sabe, saciar ainda mais a minha fome...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Dig começou a correr rapidamente em direção ao garoto, que não sabia como reagir, paralisado.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-A9pEA-uJ1is/TvpD5jv13pI/AAAAAAAABAk/R9MrZVpderA/s1600/cats.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-A9pEA-uJ1is/TvpD5jv13pI/AAAAAAAABAk/R9MrZVpderA/s320/cats.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um forte som de golpe ecoou pelos arredores: O lobisomem havia acertado o rosto de Sasha, que se jogara na frente de Draco para protegê-lo. Ela caiu ao chão. Seu rosto estava arranhado e sangrava pelo rápido ataque do inimigo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- SASHA!! – gritou Draco, desesperado, aproximando-se dela e segurando-a pelos braços - Por que você fez isso?!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Com os olhos fechados e a aparência fraca, a garota apenas sussurrou:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">-... Eu sei que você ainda não tem forças suficientes... Eu fiz aquilo para te proteger... Porque... Porque eu te amo, Draco...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Draco emocionou-se com tamanhas palavras envolvidas de um verdadeiro sentimento.</div><div class="MsoNormal">Sasha desmaiou.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- AH, QUE AMOR LINDO!! – gritou Dig, caçoando aquele momento importante para Draco. Importante e desesperador – Pois bem, morrerão os dois juntos para que vivam eternamente... NO INFERNO!!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-NEReI0Xa8s0/TvpFKqKLMEI/AAAAAAAABA8/-0wP8BAU0MA/s1600/4398924_f520.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="http://3.bp.blogspot.com/-NEReI0Xa8s0/TvpFKqKLMEI/AAAAAAAABA8/-0wP8BAU0MA/s320/4398924_f520.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">De repente, Sasha levantou-se numa tremenda rapidez, mostrando seus caninos, juntando suas mãos numa estranha posição, fechando os olhos e sussurrando palavras irreconhecíveis aos ouvidos humanos. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O céu escureceu repentinamente, tomado por uma imensa nuvem negra que se aproximava cada vez mais do local...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Draco pasmou-se, ajoelhando-se ao chão, enquanto Dig observava atentamente aquele misterioso evento.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um som ecoava, aparentando estar vindo daquela nuvem negra... Som semelhante a milhares de pássaros juntos...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Quanto mais a nuvem se aproximava, mais indecisa era a certeza de que aquilo não era uma simples nuvem...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZbRIVhUOZTQ/TvpF3QtidTI/AAAAAAAABBI/e32vYJCT_vc/s1600/page.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZbRIVhUOZTQ/TvpF3QtidTI/AAAAAAAABBI/e32vYJCT_vc/s320/page.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Não era nuvem.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Dig começou a tremer de medo, dando passos para trás e salivando de pavor, a ponto de virar-se e correr rapidamente, tentando fugir do lugar: </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os milhares de morcegos o cercaram e ele sumiu naquela imensidão de nuvem negra, cujo som era insuportável.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Draco surpreendeu-se com a temível habilidade de sua amiga, que sangrava assustadoramente, caindo inconsciente, pois acabara de usar todas as suas forças. Draco a segurou nos braços, impedindo que ela tocasse o solo, enquanto os morcegos mutilavam cada pedaço daquele lobisomem, cujo seus gritos agonizantes eram ouvidos a quilômetros de distância.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Sasha... – sussurrou Draco, pensando o quão incrível e forte era aquela garota.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- JÁ CHEGA!! Exclamou Dig, surgindo repentinamente à frente dos dois – CANSEI DE BRINCAR!!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Draco apavorou-se, cintilando os olhos, perguntando-se como aquele monstro escapara daquele mortal ataque.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Olhando para trás, Draco pasmou-se ao ver tamanha cena de horror: </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Todos os milhares de morcegos estavam mortos, caídos ao chão.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Eu também tenho as minhas habilidades, Draco... – Dig disse, sorrindo ao perceber que o garoto estava impressionado - Agora vocês morrerão eternamente!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">As unhas de Dig estavam prestes a tocar o rosto de Draco. Porém...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os olhos do garoto embranqueceram...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-OegaKtDlkP0/TvpG_e7k8sI/AAAAAAAABBU/GqlI56PFVk8/s1600/cats.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-OegaKtDlkP0/TvpG_e7k8sI/AAAAAAAABBU/GqlI56PFVk8/s320/cats.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Uma explosão intensa tomou todo o lugar repentinamente, destruindo várias arvores e arbustos... Uma explosão, cuja chama era negra...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O corpo de Dig foi arremessado para longe sem os membros superiores, inferiores e sem a cabeça.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Sobre aquela destruição e as temíveis e misteriosas chamas negras, uma sombra surgiu...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Saindo entre as chamas sem ser consumido pelas mesmas e com Sasha nos braços, Draco olhou para o corpo do lobisomem desmembrado e, por alguns segundos, permaneceu observando paralisado.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Uma espécie de redemoinho de fogo o cercou rapidamente, desmatando ainda mais aquela floresta por uma força não humana, que se manifestara assustadoramente.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Minutos depois, o fenômeno finalmente havia acabado. As chamas desapareceram e o garoto surgiu dentre a fumaça, caído ao chão, inconsciente, ao lado de Sasha.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-pOP5LmQVIQM/TvpHdXHRPoI/AAAAAAAABBg/Ymig7Bxrye0/s1600/66893.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://2.bp.blogspot.com/-pOP5LmQVIQM/TvpHdXHRPoI/AAAAAAAABBg/Ymig7Bxrye0/s320/66893.jpg" width="320" /></a>O único morcego sobrevivente do ataque de Dig sobrevoou o local e retirou-se em direção ao castelo dos vampiros para informar ao rei o que havia ocorrido.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O silêncio tomou o lugar.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Porém, algo estranho havia surgido no pescoço de Draco: Uma mancha negra com um símbolo... Um estranho símbolo semelhante a asas... </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Asas negras... Divinas ou demoníacas?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2012/01/as-cronicas-de-um-vampiro-capitulo-6.html" target="_blank">Capítulo 6 - Clicando Aqui</a><a name='more'></a><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-19847695629205082902011-12-13T21:39:00.002-02:002012-01-04T20:27:25.331-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capitulo 4<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggteKnfp7wz9fdiAZk4FZdHQgzTyI3mZX5ReVfIQ75hGT3ECuBqDr5nkcXhIT1YfvpLwhyphenhyphenZIDxqoEMo0NJ059R5Kj8s52HrB9wLzthCIbA5fnVod4xnttIaBMGWVaOJrybRPSXxjoTpGs/s1600/1x20-Blood-Brothers-stefan-salvatore-11851715-1277-716-1-.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggteKnfp7wz9fdiAZk4FZdHQgzTyI3mZX5ReVfIQ75hGT3ECuBqDr5nkcXhIT1YfvpLwhyphenhyphenZIDxqoEMo0NJ059R5Kj8s52HrB9wLzthCIbA5fnVod4xnttIaBMGWVaOJrybRPSXxjoTpGs/s320/1x20-Blood-Brothers-stefan-salvatore-11851715-1277-716-1-.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um golpe rosto e, em seguida, um chute no estômago: Draco foi arremessado para trás, batendo de costas na grade da arena, caindo amortecido no chão de areia. Há muitos dias, o garoto estava participando de um treinamento orientado por seu pai.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Até agora, nenhum resultado satisfatório.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Parece que não tem jeito, Draco – disse seriamente Gorman, o levantando pelas mãos – Você não possui nenhuma aptidão para lutar, muito menos para se defender. Acho que deveria desistir de pensar que você será um grande guerreiro a ponto de se tornar um Lorde! (...) É a pura verdade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh61ndDx6X1vx3IDjAJITkzDiXJfb0N5E8LPXCe1fmKefmerYmY98nwvBc96I0JuZL4z3l-VC39-IByM87SABITPCUATa8gk2a3li-X_PmQySce3IBWMohLuXYsDbE0VSZsiieG6QSRQVU/s1600/564582_1287766821075_full.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh61ndDx6X1vx3IDjAJITkzDiXJfb0N5E8LPXCe1fmKefmerYmY98nwvBc96I0JuZL4z3l-VC39-IByM87SABITPCUATa8gk2a3li-X_PmQySce3IBWMohLuXYsDbE0VSZsiieG6QSRQVU/s320/564582_1287766821075_full.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Nem precisava dizer! – Exclamou Draco, enfurecido, saindo do local em direção a saída do castelo – Eu só estava fazendo o que meu pai ordenou! (...) Espero que ele esteja satisfeito por presenciar o fracasso de seu filho! (...) Está orgulhoso, pai? Está?!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Lêmion, sentado ao trono, não sabia o que responder ao filho, envergonhado ao que presenciou. “Não pode ser. Não pode ser que esse garoto não tenha o meu sangue de guerreiro! (...) O que vou fazer?” - Pensou, angustiado - “Só há um jeito de saber se ele tem ou não o meu sangue...”</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Senhor, acho que deveria reconsiderar e parar com esses treinamentos que não levarão Draco a lugar algum – disse Gorman, aproximando-se do rei – Já percebemos que ele não poderá ser um Lorde. Acho que deveria escolher outro futuro vampiro para este cargo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Suas presas começaram a surgir. Seus olhos esbranquiçados mostravam a raiva que sentia: Lêmion se levantou e arremessa o trono fortemente contra a parede, quebrando-o.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMTNGHaTMTVwDYNYzJ_muWB9ahv3YqQXjdJ5LxzynQ7N23O7zLyySmYC_aMvSPu2WLcScTbFkIYLVAfWfiC8j2to1LvIYSAg3bZf-gIn9dFlf_ORUXh8lOr52sYipTnk41X9dnCQqyOP4/s1600/vampire-eyes-sm.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMTNGHaTMTVwDYNYzJ_muWB9ahv3YqQXjdJ5LxzynQ7N23O7zLyySmYC_aMvSPu2WLcScTbFkIYLVAfWfiC8j2to1LvIYSAg3bZf-gIn9dFlf_ORUXh8lOr52sYipTnk41X9dnCQqyOP4/s320/vampire-eyes-sm.jpg" width="271" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Eu não criei um filho para que ele se torne um soldado miserável, ou um “professorzinho” como você! EU O CRIEI PARA QUE REINE FUTURAMENTE SOBRE ESTE MUNDO EM MINHA HOMENAGEM!! (...) SE FOR PARA DRACO TORNAR-SE APENAS MAIS UM HABITANTE DESTA SOCIEDADE É MELHOR QUE ELE NÃO SEJA MAIS O MEU FILHO!! (...) OU ELE MANIFESTA O VERDADEIRO SANGUE DE DRÁCULA, OU VIVERÁ EXILADO DESTA VILA AO LADO DOS NOSSOS INIMIGOS, LOBISOMENS, LUTANDO PARA SOBREVIVER TODOS OS DIAS DE SUA VIDA!!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHGJyxF8g5wCtYr8_AFVxcUa97k_LaCecoAvdvFtP9SNP3YJeW_wEiZuSDLpBav25sLUIZ4PQ18rY2QjqhoNOeUFvNTvsJFmx9x8W2Qp7vMz3JZrvt9yueYPW1By24UTQnXdVHMQnJiDA/s1600/tumblr_lbfc9poItf1qedzelo1_500.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHGJyxF8g5wCtYr8_AFVxcUa97k_LaCecoAvdvFtP9SNP3YJeW_wEiZuSDLpBav25sLUIZ4PQ18rY2QjqhoNOeUFvNTvsJFmx9x8W2Qp7vMz3JZrvt9yueYPW1By24UTQnXdVHMQnJiDA/s320/tumblr_lbfc9poItf1qedzelo1_500.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Enquanto isso, Draco estava sentado sobre as rochas de um rio que passava próximo ao castelo, desapontado consigo mesmo, arremessando pedras nas águas. “(...) Por quê?, pensou ele (...) Por que eu? (...) Por que o destino não escolhera outra pessoa para ser vampiro? Por que não escolhera outra pessoa para ser filha do rei? (...) Por que o meu destino é seguir o mal? Eu não quero dominar o mundo. Não quero matar ninguém. Não quero seguir os passos de meu pai!”</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- No quê está pensando? – Perguntou Sasha, surgindo atrás de Draco, surpreendendo-o, fazendo-o sorrir repentinamente – Já sei: seu pai está desapontado com você por fracassar no treinamento novamente, estou certa?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNHzgOFfBYy53ggfSKqqpye4f4fS60CJ4ZwCQgLcR6hr4gT5VPtfA-kQ7qu_hJleloI3nvkZfatie1AGGuqzBZABsmQpbFTxuJDJeoneJfQSn9zdd8ZgVmdHTDd8tQpOATo0bbgZJNVy8/s1600/vlcsnap-2011-04-29-06h41m16s89.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNHzgOFfBYy53ggfSKqqpye4f4fS60CJ4ZwCQgLcR6hr4gT5VPtfA-kQ7qu_hJleloI3nvkZfatie1AGGuqzBZABsmQpbFTxuJDJeoneJfQSn9zdd8ZgVmdHTDd8tQpOATo0bbgZJNVy8/s320/vlcsnap-2011-04-29-06h41m16s89.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Parece que lê mentes – respondeu num tom e expressão de humor – Às vezes, penso que não deveria ser eu. Os outros me acham especial, mas eu não me acho. Eu sou um “nada” com um destino traçado em minha vida, sem opções ou escolhas...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Todos nós fazemos uma escolha. Todos. E o destino quem faz é você. (...) Seu pai não pode mandar em você por toda a vida e quando o momento chegar siga o seu caminho!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Admirado com aquelas palavras, o jovem disse:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Você é a única que me entende, Sasha. É por isso que eu gosto de você.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os lábios se aproximaram: O beijo despertou a vontade em Draco de querer ser quem ele desejava. Porém, alguns de seus desejos não poderiam se tornar realidade: </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O desejo de se tornar humano.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Os fortes raios do sol interromperam o romântico momento, pois aquilo era prejudicial aos vampiros, menos para Draco.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Me desculpe... – Sussurrou a garota, afastando-se do menino – O sol está me deixando com tontura...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Eu conheço um lugar repleto de sombras e ar fresco – disse, levantando-se – Vamos lá?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Sasha sorriu e assentiu com a cabeça, indicando que queria acompanhá-lo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Minutos depois, abaixo de uma grande árvore repleta de folhas que traziam a sombria e o ar fresco, Draco e Sasha se beijavam incansavelmente, enquanto alguém os observava atentamente, escondido entre os arbustos da extensa floresta de Transilvânia: </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Era Dig, o irmão de Lob.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Espere, sentiu esse cheiro? – Perguntou Sasha, interrompendo o beijo e sentindo uma estranha presença – Tem alguém aqui!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O quê? Eu não senti nada, Sasha!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwHtBAKMylmkNg_BYxjCA8rONeQeGyQWEGSuhoUZcz0T2A5fSQsfu3FdMUxFWhyemcX8QiVhNGO1POtsHT4pVPfEOIA-x_fQNH9SBFZqKnem2IgeN7h5aqAgqhfdJWkuCym2SIRQCa3mQ/s1600/cats.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwHtBAKMylmkNg_BYxjCA8rONeQeGyQWEGSuhoUZcz0T2A5fSQsfu3FdMUxFWhyemcX8QiVhNGO1POtsHT4pVPfEOIA-x_fQNH9SBFZqKnem2IgeN7h5aqAgqhfdJWkuCym2SIRQCa3mQ/s320/cats.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a>De repente, um salto e o lobisomem surgiu detrás dos arbustos com seu aspecto demoníaco de fome, sua língua para fora fizera escorrer saliva:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Dig estava faminto...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"></div><a name='more'></a><br />
<div><b><a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2011/12/as-cronicas-de-um-vampiro-capitulo-5.html" target="_blank">Capítulo 5 - Clicando Aqui</a></b></div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-43095964769330574232011-12-02T20:49:00.004-02:002012-01-04T20:26:20.468-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 3<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Capítulo 3 -</b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyh-GPDUENUB56Ui1ObdQaeFX3b2x61S83w24qBY6tWfechNRBN4j-3RB65PELQioJX5B4SxLZA-5O5HFu_F04xUz5lIdxvbWl997pWqYhHuOPV4r5cLTBALstbc3Q_rW1bhbi0qti9Pk/s1600/mochilao_542151-dracula-s-castle-0_romenia_-transilvania%5B1%5D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyh-GPDUENUB56Ui1ObdQaeFX3b2x61S83w24qBY6tWfechNRBN4j-3RB65PELQioJX5B4SxLZA-5O5HFu_F04xUz5lIdxvbWl997pWqYhHuOPV4r5cLTBALstbc3Q_rW1bhbi0qti9Pk/s320/mochilao_542151-dracula-s-castle-0_romenia_-transilvania%5B1%5D.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">No dia seguinte, Draco acordou por ordens de seu pai, que lhe enviara um soldado para chamá-lo e levá-lo ao templo onde se encontravam os conselheiros e Gorman, o professor de magia negra e especialista em batalhas.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O que é isso? – Questionou o vampiro, intrigado, descendo as escadarias e chegando ao local inteiramente confuso. – É uma reunião?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não filho, será o seu treinamento a partir de agora! – respondeu o rei, apontando para uma arena de areia no meio do templo – Ali, você aperfeiçoará sua força e aprenderá as várias maneiras de ataque e defesa. Com certeza, irá se tornar um verdadeiro guerreiro, igual ao seu pai!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Encarando-os seriamente, o garoto perguntou com ênfase:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Eu realmente preciso disso?!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Precisa, porque é meu filho! É melhor não discutir agora, Draco. Não estou de bom humor hoje!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="http://farm3.static.flickr.com/2792/4123724596_b8a9b086ec.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="http://farm3.static.flickr.com/2792/4123724596_b8a9b086ec.jpg" width="320" /></a>- Draco, resolvemos treinar você para o seu próprio bem – Disse o professor, levando-o até a arena de treinamento – Aqui, você aprenderá a controlar seus instintos. E assim veremos o quão forte você é, nascido com o sangue de Lorde Drácula.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- E se eu os decepcionar? – Perguntou o jovem, preocupado e sentindo-se pressionado emocionalmente.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não vai – Respondeu Lêmion, colocando a mão no ombro de seu filho e sorrindo – Eu sei que não vai.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images4.fanpop.com/image/quiz/530000/530495_1296055378960_413_300.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="http://images4.fanpop.com/image/quiz/530000/530495_1296055378960_413_300.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Enquanto isso, na aldeia do clã, Sasha estava no quarto de sua casa, pensando naquele beijo que dera em Draco, que era a única coisa concreta em sua mente. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>“Draco... Será que vai dar certo... Eu e você?”<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="http://images4.fanpop.com/image/photos/17000000/Stamon-33-damon-and-stefan-salvatore-17020132-500-281.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="179" src="http://images4.fanpop.com/image/photos/17000000/Stamon-33-damon-and-stefan-salvatore-17020132-500-281.gif" width="320" /></a>Na arena do templo, Gorman acertou pela quinta vez um golpe certeiro no rosto de Draco que, pela quinta vez, caiu no chão.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não... – Sussurrou o rei, assistindo sentado em seu trono, ao lado dos três conselheiros do castelo – Não pode ser. Esse não é todo o poder de meu filho. Não pode ser! Ele possui a raça dos mais poderosos guerreiros da nossa família! Ele não pode estar lutando a sério!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Levantando-se e envergonhado por estar apanhando na frente de seu pai, Draco implorou:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Por favor... Vamos parar por aqui, professor! Eu já estou exausto!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Draco, até agora, você não defendeu nenhum golpe meu! – Exclamou Gorman – E eu não usei nenhuma força bruta! Onde está seu instinto de vampiro? Eu, sinceramente, nunca vi alguém lutar tão mal assim como você! Não sei onde está sem sangue fervoroso, sendo filho do rei!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Nem eu mesmo sei onde está minha força, professor – disse, deprimido, saindo da arena entristecido, olhando para seu pai, que sentia uma enorme insatisfação e vergonha ao ver que seu filho fracassara em um simples treino inicial.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O garoto foi para o seu quarto, tristonho, subindo as escadas lentamente, exausto e quase caindo para trás. A decepção era inevitável.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Bem Senhor, observamos que seu filho não está se saindo muito bem como um simples treinamento amador – Disse um dos conselheiros – Ele, certamente, não me parece um destinado a ser um “deus” dos vampiros. Aliás, ele não se parece nem mesmo com um vampiro, com todo o respeito.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não... Eu me recuso a aceitar isso – Contrariou o rei, inconformado com o que ouvira – Ele nasceu como a profecia previa. Ele é o garoto que tomará o meu lugar e governará o mundo. (...) Não! Minha esposa não morreu em vão! A profecia não pode ter errado. Ele possui o meu sangue. Ele é meu filho! Ele é meu filho! MEU FILHO!!!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">No cair da noite, os vampiros literalmente faziam a festa: Saíam para caçar presas humanas, pois na luz do dia eles não podiam ficar totalmente expostos.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Porém, Draco era o único que dormia ao anoitecer. Não era a toa que ele era criticado por todos, por não seguir os instintos do clã.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQy0z7yOiZoZRhw7LXoB7xavf-SXf_mbxbowfgNLBywugC2hmMVT5oQtYVmmF2ZzFBrU4_60zwr_EBbK1RhX3iRxhliG7dEdnfms6s9nqpR-zkPmaRbf1YW8GtIpsEJ4TMGTkLix1ShzY/s400/VAMPIRELLA_003.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQy0z7yOiZoZRhw7LXoB7xavf-SXf_mbxbowfgNLBywugC2hmMVT5oQtYVmmF2ZzFBrU4_60zwr_EBbK1RhX3iRxhliG7dEdnfms6s9nqpR-zkPmaRbf1YW8GtIpsEJ4TMGTkLix1ShzY/s320/VAMPIRELLA_003.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Pessoas correndo desesperadamente pela cidade... Seres extremamente demoníacos e sem piedade matando-as injustamente.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Crianças chorando, mulheres gritando e homens tentando enfrentá-los. Era inútil.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Sangue era jorrado e derramado de inocentes vítimas.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Do horizonte escuro, de céus avermelhados, um ser cujo suas asas negras abriam-se, soprando uma forte brisa que matava quem a aspirasse.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Seus dentes cresceram, suas mandíbulas incharam. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Diante de suas ordens, pessoas iam sendo assassinadas por seus servos: Vampiros sedentos de sangue.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Aquele era o próprio inferno!<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="http://tvrecappersanonymous.files.wordpress.com/2010/04/stefan-vamped-out1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://tvrecappersanonymous.files.wordpress.com/2010/04/stefan-vamped-out1.jpg" width="320" /></a><i>- A profecia se cumpre! Eis que este mundo nos pertence! E eu vos darei a liberdade...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>(...) Glorifiquem-me, vampiros e Lobos! Eu sou seu deus!<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Ele abriu suas asas e voou para o horizonte...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Espere! <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Eu conheço aquele ser.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Sim, ele se assemelha muito com alguém que eu sempre estou. Com quem eu sempre ando e nunca abandono.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Seria ele? <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Seria mesmo a pessoa que eu tanto conheço?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>(...) Seria eu?!<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.blogcdn.com/www.aoltv.com/media/2009/11/vampire_diaries_turning_point.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="http://www.blogcdn.com/www.aoltv.com/media/2009/11/vampire_diaries_turning_point.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Draco acordou assustado, não acreditando no que presenciara sobre aquele mundo maldito, parecendo ser a terra tomada por vampiros e lobisomens. Os dois clãs estavam juntos, unidos para dominar a humanidade. E um “deus”, que dizia sobre uma profecia cumprida, e sobre ela um novo mundo seria criado:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um mundo de trevas. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um mundo de trevas, governado por aquele cuja profecia destinou-o a ser rei. E Draco parecia saber quem ele era.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Sim, aquele era eu. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Não sei se tudo isso foi um sonho, um pesadelo ou, quem sabe, uma visão do que o futuro está me reservando...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i></i></div><a name='more'></a><i><br />
</i><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><b><i><a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2011/12/as-cronicas-de-um-vampiro-capitulo-4.html" target="_blank">Leia o 4° Capítulo clicando Aqui!</a></i></b></div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-6108388062218000322011-12-01T20:36:00.001-02:002011-12-02T21:03:04.340-02:00As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 2<div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><b>Capítulo 2:</b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images2.fanpop.com/images/photos/8100000/Stefan-Elena-stefan-and-elena-8133385-2000-1333.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://images2.fanpop.com/images/photos/8100000/Stefan-Elena-stefan-and-elena-8133385-2000-1333.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal"> - (...) Então, o que o seu pai lhe disse quando você chegou? – Questionou Sasha, sentada ao lado de Draco nas escadarias do castelo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O que ele sempre diz todas as vezes que eu saio por alguns dias, ora – respondeu, indignado – Que ele acha que eu ando fazendo amizade com humanos; que eu não matei ninguém; que sou muito medroso para lutar contra qualquer pessoa e que não estou fazendo jus de futuro Lorde do clã!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Nossa – Impressionou-se a garota com os “conselhos” que um pai dera ao seu filho – Bem, pelo menos o lance de “não matar ninguém” que ele mencionou a você era verdade. Mas, não fique chateado. Esse é o seu jeito, a sua maneira de viver. E eu acho que, no final das contas, nem todos os sugadores de sangue são frios e maldosos.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Observando profundamente os olhos de Sasha, Draco sorriu e disse:</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Você não possui sangue frio, Sasha.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Envergonhada, a menina expressou uma rápida emoção de felicidade, encarando-o com seu olhar. O silêncio tomava o lugar, esperando que o melhor acontecesse ali, naquele momento inquietante de troca de olhares. A aproximação entre os lábios era cada vez mais certa e esperada. Os dentes de Sasha cresceram de tanta vontade e desejo que aquilo ocorresse. O beijo se aproximava a cada respiração tensa e fogosa.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O que está havendo aqui, senhores? – Questionou o guarda do lugar, que descera as escadas, interrompendo aquele romântico momento – Senhor Draco, o rei sabe que você está aqui, assim como sua mãe sabe que a Senhorita está aqui, Sasha?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Certamente, aquele momento amoroso fora interrompido com o afastamento dos dois, um para a esquerda e outro para a direita, com sorrisos falsos nos dentes e uma coloração avermelhada: A vergonha.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Horas depois, ao brilho do luar, os dois se despediam ao lado de fora do castelo. Segurando levemente as mãos de Sasha, Draco queria dizer-lhe coisas que o tempo lhe fez refletir. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Não sei de onde</i>, pensou ele. <i>Como? Aquela sensação que estava sentindo era repentina. A tanto tempo possuo um laço de amizade com ela, mas só agora esse sentimento despertou em mim. Enquanto somos jovens, nunca imaginamos que tais coisas acontecerão no futuro. Porém, ao crescermos, percebemos que não são as escolhas que nos movem e, sim, os sentimentos. <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Eu sentia algo diferente por ela. E precisava dizer-lhe antes que o tempo me tomasse àquela oportunidade.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvYgAZcYplFO1cgnY_B3ln16g4LE5jStbVB4REdRBBCAdqZXcRkF890JZGtalUKNJMGrlaTSNz4YU-oT08h-ouZcC13j4gWTKMdQyov92mcB6iDBKEElEB1oz5tmV67MlOufbdVyBDthI/s1600/Family_Ties16.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvYgAZcYplFO1cgnY_B3ln16g4LE5jStbVB4REdRBBCAdqZXcRkF890JZGtalUKNJMGrlaTSNz4YU-oT08h-ouZcC13j4gWTKMdQyov92mcB6iDBKEElEB1oz5tmV67MlOufbdVyBDthI/s320/Family_Ties16.jpg" width="200" /></a>- Como nós nos conhecemos desde pequenos, e só agora eu pudera perceber o quão você é especial? É incrível. Nunca percebi o quanto você é linda! – O garoto começou a deslizar suas mãos sobre ao que se referia – (...) Seus longos cabelos ruivos... Sua pele macia e cheirosa... Seu rosto fino e perfeito e seu olhar verde e claro como as águas de um rio...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Só agora eu percebi o quanto você me faz bem – disse a jovem, encostando seu rosto ao de Draco, que se excitou – Eu sinto que preciso de você.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">As presas dela surgiram sobre os dentes. Sua língua deslizava sobre os lábios do menino: Eles se beijaram diante da luz do luar.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Ao mesmo tempo, vários morcegos voaram rapidamente para o topo do castelo.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Sasha, não é? – Questionou Lêmion, conversando com seu filho, minutos após do ocorrido – Parece que você gosta dela. </div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Como sabes disso, pai? – Perguntou Draco, intrigado.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Um morcego me contou, mas não vem ao caso. O que eu acho é que ela não seja a pessoa certa para você.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- O quê?! Eu não acredito que agora o senhor vai escolher a vampira com quem eu queira ter um relacionamento! Posso saber por que a Sasha não é conveniente para você?</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Digamos que ela não possui a linhagem sanguínea compatível com a sua. Enquanto você se torna o futuro Lorde, em que corre em suas veias o poder dos antepassados mais poderosos que já existiram na historia do nosso clã, ela se torna apenas mais uma habitante fraca e dispensável.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Chega pai! - Exclamou Draco, enfurecido com as asneiras que ouvira, encarando-o seriamente – Você só se importa em como eu serei forte. Em que tipo de rei eu serei! Mas, nunca se importou com os meus sentimentos!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Ao ouvir tais palavras, em um piscar de olhos, o rei segurou fortemente o pescoço de seu filho, erguendo-o para o alto, em um ato de raiva.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQctyKYKVR6qDVGtTOHvzUMAmMeU0GzjlksI9mcHeSdLL08QOpjPsQJcOGPzSHaYo2xam-04HstN9Y74WxMtLmL3_01LnIwW2XOPebhr3yaai4HS4clNH9ryNwZjfQT8HwPFyspvkdahw/s1600/tumblr_llf1jmbb5z1qe7u6go1_500.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQctyKYKVR6qDVGtTOHvzUMAmMeU0GzjlksI9mcHeSdLL08QOpjPsQJcOGPzSHaYo2xam-04HstN9Y74WxMtLmL3_01LnIwW2XOPebhr3yaai4HS4clNH9ryNwZjfQT8HwPFyspvkdahw/s320/tumblr_llf1jmbb5z1qe7u6go1_500.png" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Ouça: “vampiros não possuem sentimentos”! Eu não chorei nem diante da morte de sua mãe, garoto! Somente os mais fortes sobrevivem, e eu quero que você seja forte porque é meu filho! Sangue do meu sangue e dos mais poderosos Lordes! Um vampiro precisa ser cruel, impiedoso e frio, para que todos o temam! Nesse mundo não há misericórdia para os mais fracos, e você é forte e será mais ainda se seguir os meus conselhos e parar de se apaixonar por qualquer vadia que apareça na sua frente! – Ele derrubou o garoto no chão – Isso é para o seu próprio bem! (...)</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Um silêncio entrou naquele quarto. Draco estava impressionado com a forma que seu pai o tratou, começando a refletir sobre o que ele dissera.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Se apronte. Daqui a pouco vamos jantar. Os soldados trouxeram dez corpos vivos. Você nunca jantou conosco. Pelo menos, venha desta vez – Disse Lêmion, saindo pela porta – Aproveite logo, enquanto o sangue ainda está fresco.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Ainda caído no chão, Draco não ouvira o que o rei dissera, pois estava passando por um processo de reflexão em sua mente.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Ainda me pergunto se um dia poderei ser como as pessoas normais. Não sei se sou realmente tão forte assim, como diz o meu pai. Esse poder nunca se manifestou em mim.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Será que ele tem razão? <o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Eu devo ser frio, impiedoso, amargo?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Será que, somente assim meus poderes irão surgir?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><i>Ainda estou incerto se possuo essa maldade em meu coração</i> – Pensou o jovem, saltando para o teto, pendurando-se de pernas em uma grade, permanecendo de cabeça para baixo, encolhendo-se para dormir.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Fechando os olhos e forçando sua mente para sonhar logo, Draco pudera ouvir os gritos desesperados das vítimas sendo mortas por Lêmion e os conselheiros do lugar.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Naquela mesma madrugada fria e medonha, longe do castelo, entre as florestas da região, Lob e seus companheiros uivavam à procura de caça, o que indicava que o corpo de Torn não fora o suficiente para deixá-los sem apetite. As carcaças do vampiro estavam penduradas a uma árvore, por brincadeira do homem-lobo.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvUfkZ38cScObt4ODzyaXSFWvWu8kKnIxoExBv_1XM5XiccZNZvzKouVvSoXbRq3e6uvgidoLO_cxsDaqJd2f3kb4N1nx7OxESK4jU-krlVbM6Dt6MFQZ_3GbjQFpaCRkrIlNnfR9XSaY/s1600/werewolf1+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvUfkZ38cScObt4ODzyaXSFWvWu8kKnIxoExBv_1XM5XiccZNZvzKouVvSoXbRq3e6uvgidoLO_cxsDaqJd2f3kb4N1nx7OxESK4jU-krlVbM6Dt6MFQZ_3GbjQFpaCRkrIlNnfR9XSaY/s320/werewolf1+%25281%2529.jpg" width="224" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Ei, Lob, não faça isso com o resto dele – Aconselhou Dig, seu irmão mais novo, que temia a descoberta daquele assassinato – Se os outros vampiros acharem-no suspeitarão que foram nosso clã . E o mestre não vai gostar nada disso!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Não se preocupe, irmão – disse sorrindo e pouco se importando com as conseqüências de seus atos – Quase ninguém passa por aqui, nem mesmo aqueles idiotas. Vamos deixar esse presentinho para os nossos companheiros. Os lobos.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Você sabe que se eles nos desmascararem pode até haver uma guerra, como houvera há anos atrás!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Pois pode ser que haja. E que haja mesmo! – Exclamou, descendo da árvore – Eu já estou a fim de brigar com aqueles malditos!</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Lembre-se de que eles possuem o garoto da profecia: O filho de Lêmion – Tentou alertar Dig – Ele deve ser muito forte.</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">- Lembre-se de que também possuímos um garoto da profecia, que também é muito forte...</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"></div><a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2011/12/as-cronicas-de-um-vampiro-capitulo-3.html" target="_blank">Leia o Capítulo 3 Clicando AQUI!</a></b></span></div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-96893114603119840.post-1089149694495417862011-11-22T22:23:00.007-02:002011-12-01T20:39:03.413-02:00As Crônicas de um Vampiro - Escrito por Valdir Luciano<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Prólogo: </span></b><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnmBONOCTeTnhA9TbXoO_ER8i_vtMWkoKuy0tvi7MykH2iOoQw25dZgN2la7hq8g6QQPt8hiB-behGuikVAQSXOpv57ZiYwL7Hdbl7AeYvet6PypxjOCaNhypMi1bUxQO26mga0OOnphM/s1600/Stefan-Elena-the-vampire-diaries-8415250-1024-768.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnmBONOCTeTnhA9TbXoO_ER8i_vtMWkoKuy0tvi7MykH2iOoQw25dZgN2la7hq8g6QQPt8hiB-behGuikVAQSXOpv57ZiYwL7Hdbl7AeYvet6PypxjOCaNhypMi1bUxQO26mga0OOnphM/s320/Stefan-Elena-the-vampire-diaries-8415250-1024-768.jpg" width="320" /></a><i>Por muito tempo eu vivi escondido dentro de mim mesmo...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Por muito tempo eu sofri com a escuridão ao meu redor...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Mas hoje... Hoje eu me libertarei disso.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> Chegou o momento.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O meu momento...<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> O momento de sentir a verdadeira liberdade:<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> A liberdade <b>humana</b>.<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Introdução:</span></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal">Os gritos agonizantes e desesperados da mulher revelavam o sofrimento e a incontrolável dor de um parto. Diante de um leito totalmente obscuro, forrado com ossos humanos e peças de magia negra, o sangue escorria em profusão e manchava os lençóis pretos.</div><div class="MsoNormal"> Os empurrões eram constantes. Morgan concentrava todas as suas forças no nascimento daquela criança. O pequeno corpo pouco a pouco surgia em meio todo aquele difícil parto. Os olhos da mulher avermelharam-se, os caninos cresceram e seu rosto enrugou-se numa expressão gélida, terrível e obscura.</div><div class="MsoNormal"> O abafado choro ecoou pelo lugar.</div><div class="MsoNormal"> Logo, a luz forte do luar cessou repentinamente. O céu escureceu-se num piscar de olhos e raios e trovões caíram em profusão sobre a cidade de Transilvânia, Romênia.</div><div class="MsoNormal"> Braços fortes seguraram aquele recém-nascido e o ergueram para o alto. O ser que o sustentava era Conde Lêmion – lorde de sua raça -. Feliz, ele sorriu e proclamou aos céus e o mundo:</div><div class="MsoNormal"> -... A PROFECIA SE CUMPRE AGORA! ESTA É A CRIANÇA, CUJO CIRCULA O PURO SANGUE DE NOSSOS GLORIOSOS ANTEPASSADOS! ESTÁ ESCRITO QUE, NA NOITE MAIS OBSCURA, NO MOMENTO MAIS INCERTO E NA ÉPOCA MAIS DIFÍCIL, UM SER NASCERÁ SEM PRÉVIO AVISO, SEM NECESSIDADE DE ACASALAMENTO... E ESTE HERDARÁ O TRONO DE LORDE E REI DE TODA A NOSSA RAÇA... E GOVERNARÁ O MUNDO ATRAVÉS DAS FORÇAS OCULTAS DE DRÁCULA! EIS AQUI A NOSSA PROFECIA!! EIS AQUI...</div><div class="MsoNormal"> O ser baixou a criança, encarou-a com olhos negros e penetrantes:</div><div class="MsoNormal"> - Eis aqui... O meu filho... – ele disse, sorrindo.</div><div class="MsoNormal"> E aquela criança, mais tarde, seria nomeada:</div><div class="MsoNormal"> Conde Draco.</div><div class="MsoNormal"><br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: large;"><b>Capítulo 1 - Transilvânia</b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI4_6cfirwGhYg96WzmA8OcBcepqvMTUw3R0sXb2-xrCAgFIzMvsxOFu3UYjRPUwbvf9Eu2e8Wl0-OvH_R0QU960lIWkj2fFG-0E7WDGIoYiUfP4vib9PGMs4SLuBP4H4WiHSw5CqDBSo/s1600/stefan-salvatore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI4_6cfirwGhYg96WzmA8OcBcepqvMTUw3R0sXb2-xrCAgFIzMvsxOFu3UYjRPUwbvf9Eu2e8Wl0-OvH_R0QU960lIWkj2fFG-0E7WDGIoYiUfP4vib9PGMs4SLuBP4H4WiHSw5CqDBSo/s320/stefan-salvatore.jpg" width="320" /></a></div>O vento soprava fraco, mas o bastante para balançar os longos, escuros e lisos cabelos de Conde Draco. O garoto de aparentemente dezessete anos observava a imensidão da antiga e tradicional cidade de Bucareste – Romênia – enquanto permanecia sentado sobre o topo de um dos mais altos edifícios da metrópole. O tempo era claro e razoável, de céu nublado e frio. Não era muito comum o sol surgir naquela região totalmente gélida. E por algum motivo, Draco gostava daquilo.</div><div class="MsoNormal"> Seus olhos – vivos e verdes – eram inexpressivos e revelavam a oculta tristeza dentro de si. O rosto – totalmente pálido, fino e perfeito – demonstrava a longitude de sua mente, que estava bem distante daquele lugar: As casas abaixo – totalmente personalizadas e culturais, com telhados vermelhos -, os prédios – altos e luxuosos -, o rio que percorria o caminho no meio da cidade e todas aquelas imagens metropolitanas... </div><div class="MsoNormal"> Tudo aquilo era visto por Draco.</div><div class="MsoNormal"> Mas somente algumas coisas chamavam-lhe a atenção. E eram exatamente essas coisas que o deixava triste, deprimido, indefeso, solitário...</div><div class="MsoNormal"> Seus olhos encaravam os seres que caminhavam pelas ruas de Bucareste. Ao mesmo tempo, eles fechavam e lágrimas de sangue escorriam do rosto pálido:</div><div class="MsoNormal"> Draco via as pessoas. Seres humanos comuns... </div><div class="MsoNormal"> Humanos. </div><div class="MsoNormal"> Algo que ele, certamente, não era.</div><div class="MsoNormal"> <i>Será que um dia eu serei? </i>, perguntou-se, fechando os olhos e sentindo a única dor que os humanos também conseguiam sentir:</div><div class="MsoNormal"> A angústia.</div><div class="MsoNormal"> <i>Será que algum dia eu também conseguirei ser como um simples humano?<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i> </i>Draco abriu os olhos, dobrou os lábios para reprimir o tremor nos mesmos e rapidamente se levantou para esquecer-se daqueles fortes pensamentos. Ele não era humano, não podia sentir tristeza, dor... Seu corpo era imune a esses sentimentos...</div><div class="MsoNormal"> Mas, de alguma forma, ele conseguiu sentir.</div><div class="MsoNormal"> Enquanto enxugava as lágrimas de sangue no rosto, teve a intuição de que não estava completamente só no topo daquele edifício. O vento soprou novamente em seus cabelos, pequenas mãos surgiram e tocaram suas costas.</div><div class="MsoNormal"> Draco virou-se repentinamente e, antes de atingir o inimigo com um golpe punhal, foi surpreendido pela defesa da garota, segurando sua mão fortemente.</div><div class="MsoNormal"> - Errou novamente – a mulher disse, sorrindo torto para ele.</div><div class="MsoNormal"> Não era um inimigo, tampouco homem.</div><div class="MsoNormal"><a href="http://images4.fanpop.com/image/photos/16700000/Elena-Gilbert-elena-gilbert-16702280-1893-1361.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="230" src="http://images4.fanpop.com/image/photos/16700000/Elena-Gilbert-elena-gilbert-16702280-1893-1361.jpg" width="320" /></a> Era Sasha: A amiga de Draco.</div><div class="MsoNormal"><o:p> </o:p>- Achei você – disse Sasha Caesaris – Por onde esteve esse tempo todo? Faz três noites que não volta à vila. O rei já enviou escolta para te buscar.</div><div class="MsoNormal"> - Eu estava... Tentando refletir um pouco na vida – Draco disse, olhando vazio para a população abaixo com uma aparência abatida.</div><div class="MsoNormal"> A garota o observou por alguns segundos, se deu conta do que estava acontecendo e palpitou:</div><div class="MsoNormal"> - Ainda está com medo de seu pai descobrir que você ainda não desenvolveu seus poderes? É isso?</div><div class="MsoNormal"> O silêncio de Draco automaticamente confirmou aquela hipótese.</div><div class="MsoNormal"> - Draco, você não pode simplesmente se esconder do rei para sempre – Sasha resmungou, ao mesmo tempo em que tentava aconselhá-lo – Você ainda é novo e seus extintos se evoluirão com o tempo. Não tenha medo. Apenas mostre-se filho do Lorde dos vampiros. Seja o que ele quer que você seja: Um vampiro!</div><div class="MsoNormal"> - Sasha, eu... – ele tentou falar, mas as palavras escaparam de seus lábios – Eu não tenho vontade de beber sangue. Eu bebo, mas é algo que não me satisfaz e não me sedenta... Eu não tenho uma mente fria e diabólica o suficiente para matar qualquer ser humano... Eu não tenho a força que vocês, vampiros, possuem... </div><div class="MsoNormal"> Sasha tentou dizer algo, mas fora interrompida pelo garoto que a calou com a questão mais intrigante que ela podia ouvir: </div><div class="MsoNormal"> - Eu sou o filho do Lorde Lêmion , o rei dos vampiros... Mas não sei se eu sou realmente um vampiro também...</div><div class="MsoNormal"> - Você é – Sasha disse com toda a certeza, tocando em seus ombros e fazendo-o encará-la nos olhos – Você é um vampiro, Draco, assim como todos nós somos! Não pense nisso. Logo, os seus poderes vão surgir e você será tão forte quanto os habitantes do reino. Você sabe disso, eu sei disso... E mesmo que Lêmion seja o cara mais durão do mundo... Ele também sabe disso... Você é o garoto da profecia. Não há dúvidas... Talvez este seja um processo normal em alguém que nasce com o destino traçado. Lembre-se de que você não foi criado... Você nasceu do ventre da sua mãe e está envelhecendo normalmente... Já eu... Eu estou neste corpo de menina há muito, muito tempo... E continuarei assim para sempre... Sempre...</div><div class="MsoNormal"> Tudo se aquietou. As duas mentes permaneceram pensativas por um longo tempo, até que Sasha observou o pequeno jarro de sangue nas mãos de Draco. Logo, a curiosidade a tomou e ela se atreveu a perguntar:</div><div class="MsoNormal"> - Você matou alguém?</div><div class="MsoNormal"> Ao perceber que ela estava se referindo ao objeto em suas mãos, Draco rapidamente respondeu num tom de desespero:</div><div class="MsoNormal"> - Sim, matei! É de humano! Eu mesmo o matei e retirei o seu sangue!</div><div class="MsoNormal"> A mentira estava exposta em seus olhos.</div><div class="MsoNormal"> Logo, a conclusão de Sasha foi:</div><div class="MsoNormal"> - Você matou um animal, não foi?</div><div class="MsoNormal"> - Sim – respondeu prontamente o garoto, desmascarado – Não adianta, Sasha. Eu jamais conseguirei matar um ser humano...</div><div class="MsoNormal"> - Não consigo entender como um vampiro consegue ter tanta compaixão assim por um simples humano... </div><div class="MsoNormal"> - Talvez porque eu não seja apenas um vampiro... </div><div class="MsoNormal"> Sasha o encarou e aquietou-se ao ouvir tais palavras. Pensou bastante e logo após começou a rir. Não estava acreditando nas baboseiras que seu companheiro dissera. </div><div class="MsoNormal"> - Você é muito maluco, sabia? – brincou ela.</div><div class="MsoNormal"> Porém, a brincadeira pouco durou com a pergunta que a deixou totalmente calada e intrigada:</div><div class="MsoNormal"> - Sasha, quantas pessoas você já matou para saciar a sua sede por sangue?</div><div class="MsoNormal"> O silêncio pairou novamente pelo lugar. O soprar do vento respondeu àquela medíocre pergunta que possuía uma óbvia resposta: Milhares de pessoas já morreram e milhares ainda haveriam de morrer para que a sede por sangue de Sasha fosse saciada... Até o dia em que alguém lhe enfiasse uma estaca no coração.<br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">O clima começou a mudar com o passar das horas. A noite estava chegando e o vento soprava forte sobre o mar florestal da região, onde um dos servos de Conde Lêmion caminhava à procura de Draco que, misteriosamente, ainda não havia voltado.</div><div class="MsoNormal"> Os passos do homem eram rápidos e retos. O seu faro tentava rastrear o cheiro do pequeno vampiro, enquanto seus ouvidos totalmente sensíveis estavam preparados para captar qualquer som estranho.</div><div class="MsoNormal"> - DRACO!! – exclamava Torn, o soldado que percorria a grande colina incansavelmente – ONDE VOCÊ ESTÁ?! APAREÇA!! Ah... Nem quero ouvir os gritos do rei quando eu voltar com esse garoto...</div><div class="MsoNormal"> Os arbustos remexiam-se com o soprar da leve brisa. Porém, alguns arbustos aparentavam remexer-se com mais velocidade, mais densidade... Parecia que não era apenas a força do vento... Seres se escondiam detrás daquelas imensas arvores...</div><div class="MsoNormal"> Seres que não eram vampiros...</div><div class="MsoNormal"> Vozes começaram a surgir ecoando sobre a extensa floresta. Risos, gargalhadas, uivos...</div><div class="MsoNormal"> Sim, uivos.</div><div class="MsoNormal"> Os ouvidos, o faro e os olhos de Torn aguçaram-se e ele parou de caminhar.</div><div class="MsoNormal"> - Eu não acredito que alguém esteja rondando por ai a essa hora da noite... – disse a grossa voz ainda desconhecida – E parece que não é um humano... Pelo maldito cheiro de vários tipos de sangue misturados... Só pode ser um... Vampiro...</div><div class="MsoNormal"> Os caninos de Torn surgiram, além dos olhos avermelhados. O instinto fez com que seu corpo se preparasse para se defender, assim como também estava preparado para atacar, num posicionamento com os quatro membros ao chão e a cabeça erguida, esperando que o inimigo surgisse para que o ataque fosse certeiro.</div><div class="MsoNormal"> Mas o problema era que não havia só um inimigo. </div><div class="MsoNormal"> Eram vários.</div><div class="MsoNormal"> - Apareçam de onde estiverem! – exclamou o vampiro, tentando rastrear a localização daqueles estranhos seres.</div><div class="MsoNormal"> Grandes patas com unhas enormes, um corpo totalmente brusco e forte envolvido por uma grossa camada de pelos negros. Os olhos eram verdes reluzentes e penetrantes e a dentição era grande e afiada...</div><div class="MsoNormal"> Eram bípedes, homens...</div><div class="MsoNormal"> Lobisomens.</div><div class="MsoNormal"> Um a um, os cinco monstros começaram a sair do meio dos arbustos, mostrando suas identidades desconhecidas ao vampiro solitário que, certamente, estava em desvantagem.</div><div class="MsoNormal"> - Parece que nos descobriu – disse Lob, o líder do bando – Mas não importa. Você será a nossa refeição da noite, amigo... Há dias que não saboreamos uma suculenta carne... E, sinceramente, a dos vampiros são as mais suculentas... </div><div class="MsoNormal"> Dando passos para trás, Torn encarava-os seriamente. Os cinco envolveram-se num circulo, fechando e cercando o vampiro que, amedrontado, os alertou:</div><div class="MsoNormal"> - Não façam besteira... Lembrem-se de que há um trato entre nossas raças para que nunca lutemos? Esqueceram disso? Querem mesmo quebrar essa jura? Querem iniciar uma nova guerra entre vampiros e lobos?!</div><div class="MsoNormal"> - Nós não esquecemos – respondeu Lob, sorrindo – Apenas manteremos o seu assassinato em sigilo... Se não houver provas de que o matamos, não há o que se preocupar... Daremos um sumiço nos seus ossos quando tudo acabar... Isso se sobrarem os seus ossos...</div><div class="MsoNormal"> Os uivos começaram a soar daqueles focinhos. O ecoar passava por toda a floresta. A sensação era de que em breve uma grande batalha iniciaria. Não em breve, mas naquele exato momento.</div><div class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.bloodsprayer.com/wp-content/uploads/2010/06/american-werewolf-in-london-lifesize-52.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="173" src="http://www.bloodsprayer.com/wp-content/uploads/2010/06/american-werewolf-in-london-lifesize-52.jpg" width="320" /></a></div><br />
As bestas se afastaram, dando espaço para que Lob começasse a correr a quatro patas em direção a Torn, que continuou paralisado no lugar.</div><div class="MsoNormal"> Um som cortante e perfurante pôde ser ouvido.</div><div class="MsoNormal"> Uma mordida: As presas de Torn cravaram-se no pescoço do lobisomem, que segurava fortemente seus braços.</div><div class="MsoNormal"> - Me mordeu – deduziu Lob, sorrindo diabolicamente, aparentando não estar abalado por aquele rápido ataque – Idiota, seu maldito veneno não funcionará em mim!</div><div class="MsoNormal"> - Eu não quero lhe transformar em vampiro – contrariou Torn, ainda com os dentes cravados – Eu apenas quero me alimentar...</div><div class="MsoNormal"> De repente, Lob começou a sentir uma forte pressão sanguínea que aparentava sair de seu corpo: Seu sangue estava sendo drenado.</div><div class="MsoNormal"> - MALDITO! – exclamou ele, executando um golpe com as grandes unhas no rosto de Torn, rasgando sua face, fazendo-o desprender-se do lobisomem e saltando para trás para se defender. Ao mesmo tempo, percebeu que os outros quatro monstros haviam desaparecido.</div><div class="MsoNormal"> A surpresa: As bestas surgiram por trás do homem, cada uma agarrando um dos quatro membros de Torn, deixando-o incapaz de se mover...</div><div class="MsoNormal"> Lob correu em direção ao vampiro, erguendo sua pata com as unhas afiadas e cravando-a diretamente no estômago da vítima: As carcaças internas começaram a cair, enquanto os quatro lobos puxavam com toda a força os braços e pernas...</div><div class="MsoNormal"> De repente, o corpo fora desmembrado brutalmente, fazendo o sangue espirrar sobre todos aqueles arbustos que estavam por perto. </div><div class="MsoNormal"> Torn estava morto. Porém uma carne era muito pouco.</div><div class="MsoNormal"> Não demorou muito para que as feras o destroçassem...</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"> A sombria noite aparentava não ter fim para Conde Lêmion, que, irritado, levantou-se do trono sagrado e sussurrou furiosamente:</div><div class="MsoNormal"><a href="http://dietrichthrall.files.wordpress.com/2008/10/bill-nighy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://dietrichthrall.files.wordpress.com/2008/10/bill-nighy.jpg" width="256" /></a> - Draco... </div><div class="MsoNormal"> Ao dizer tal nome, eis que o garoto surgiu subindo as escadarias, entrando por aquela porta e ficando de frente para seu pai:</div><div class="MsoNormal"> - Olá, pai – Draco disse, enquanto observava a aparência séria e pálida do rei.</div><div class="MsoNormal"> Os olhos avermelharam-se de tamanha raiva. O sangue circulou mais rápido e os caninos desceram sobre as gengivas:</div><div class="MsoNormal"> Lêmion estava furioso. </div><div class="MsoNormal"></div><br />
<div class="MsoNormal"> </div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i><a href="http://confissoesdeumescritor.blogspot.com/2011/12/as-cronicas-de-um-vampiro-capitulo-2.html" target="_blank">Leia Capítulo 2 clicando AQUI</a></i></b></span></div><div class="blogger-post-footer">Valdir Luciano</div>Valdir Lucianohttp://www.blogger.com/profile/02339866291871557126noreply@blogger.com0