Capítulo 3 -
No dia seguinte, Draco acordou por ordens de seu pai, que lhe enviara um soldado para chamá-lo e levá-lo ao templo onde se encontravam os conselheiros e Gorman, o professor de magia negra e especialista em batalhas.
- O que é isso? – Questionou o vampiro, intrigado, descendo as escadarias e chegando ao local inteiramente confuso. – É uma reunião?
- Não filho, será o seu treinamento a partir de agora! – respondeu o rei, apontando para uma arena de areia no meio do templo – Ali, você aperfeiçoará sua força e aprenderá as várias maneiras de ataque e defesa. Com certeza, irá se tornar um verdadeiro guerreiro, igual ao seu pai!
Encarando-os seriamente, o garoto perguntou com ênfase:
- Eu realmente preciso disso?!
- Precisa, porque é meu filho! É melhor não discutir agora, Draco. Não estou de bom humor hoje!
- Draco, resolvemos treinar você para o seu próprio bem – Disse o professor, levando-o até a arena de treinamento – Aqui, você aprenderá a controlar seus instintos. E assim veremos o quão forte você é, nascido com o sangue de Lorde Drácula.
- E se eu os decepcionar? – Perguntou o jovem, preocupado e sentindo-se pressionado emocionalmente.
- Não vai – Respondeu Lêmion, colocando a mão no ombro de seu filho e sorrindo – Eu sei que não vai.
Enquanto isso, na aldeia do clã, Sasha estava no quarto de sua casa, pensando naquele beijo que dera em Draco, que era a única coisa concreta em sua mente.
“Draco... Será que vai dar certo... Eu e você?”
Na arena do templo, Gorman acertou pela quinta vez um golpe certeiro no rosto de Draco que, pela quinta vez, caiu no chão.
- Não... – Sussurrou o rei, assistindo sentado em seu trono, ao lado dos três conselheiros do castelo – Não pode ser. Esse não é todo o poder de meu filho. Não pode ser! Ele possui a raça dos mais poderosos guerreiros da nossa família! Ele não pode estar lutando a sério!
Levantando-se e envergonhado por estar apanhando na frente de seu pai, Draco implorou:
- Por favor... Vamos parar por aqui, professor! Eu já estou exausto!
- Draco, até agora, você não defendeu nenhum golpe meu! – Exclamou Gorman – E eu não usei nenhuma força bruta! Onde está seu instinto de vampiro? Eu, sinceramente, nunca vi alguém lutar tão mal assim como você! Não sei onde está sem sangue fervoroso, sendo filho do rei!
- Nem eu mesmo sei onde está minha força, professor – disse, deprimido, saindo da arena entristecido, olhando para seu pai, que sentia uma enorme insatisfação e vergonha ao ver que seu filho fracassara em um simples treino inicial.
O garoto foi para o seu quarto, tristonho, subindo as escadas lentamente, exausto e quase caindo para trás. A decepção era inevitável.
- Bem Senhor, observamos que seu filho não está se saindo muito bem como um simples treinamento amador – Disse um dos conselheiros – Ele, certamente, não me parece um destinado a ser um “deus” dos vampiros. Aliás, ele não se parece nem mesmo com um vampiro, com todo o respeito.
- Não... Eu me recuso a aceitar isso – Contrariou o rei, inconformado com o que ouvira – Ele nasceu como a profecia previa. Ele é o garoto que tomará o meu lugar e governará o mundo. (...) Não! Minha esposa não morreu em vão! A profecia não pode ter errado. Ele possui o meu sangue. Ele é meu filho! Ele é meu filho! MEU FILHO!!!
No cair da noite, os vampiros literalmente faziam a festa: Saíam para caçar presas humanas, pois na luz do dia eles não podiam ficar totalmente expostos.
Porém, Draco era o único que dormia ao anoitecer. Não era a toa que ele era criticado por todos, por não seguir os instintos do clã.
Pessoas correndo desesperadamente pela cidade... Seres extremamente demoníacos e sem piedade matando-as injustamente.
Crianças chorando, mulheres gritando e homens tentando enfrentá-los. Era inútil.
Sangue era jorrado e derramado de inocentes vítimas.
Do horizonte escuro, de céus avermelhados, um ser cujo suas asas negras abriam-se, soprando uma forte brisa que matava quem a aspirasse.
Seus dentes cresceram, suas mandíbulas incharam.
Diante de suas ordens, pessoas iam sendo assassinadas por seus servos: Vampiros sedentos de sangue.
Aquele era o próprio inferno!
(...) Glorifiquem-me, vampiros e Lobos! Eu sou seu deus!
Ele abriu suas asas e voou para o horizonte...
Espere!
Eu conheço aquele ser.
Sim, ele se assemelha muito com alguém que eu sempre estou. Com quem eu sempre ando e nunca abandono.
Seria ele?
Seria mesmo a pessoa que eu tanto conheço?
(...) Seria eu?!
Draco acordou assustado, não acreditando no que presenciara sobre aquele mundo maldito, parecendo ser a terra tomada por vampiros e lobisomens. Os dois clãs estavam juntos, unidos para dominar a humanidade. E um “deus”, que dizia sobre uma profecia cumprida, e sobre ela um novo mundo seria criado:
Um mundo de trevas.
Um mundo de trevas, governado por aquele cuja profecia destinou-o a ser rei. E Draco parecia saber quem ele era.
Sim, aquele era eu.
Não sei se tudo isso foi um sonho, um pesadelo ou, quem sabe, uma visão do que o futuro está me reservando...
Nossa, super legal esse texto. Adorei. Pode publicando mais capítulos logo kkkkk
ResponderExcluirMeus parabéns. Seguindo sem medo!
Abração .
Academia de Leitura,
papeldeumlivro.blogspot.com
Adorei esse texto, não lhe falar que tá perfeito... Por que perfeição não existe. Acredito! Bem, mas está próximo do perfeito.
ResponderExcluirTe convido a conhecer o meu,
http://subordinandopalavras.blogspot.com/
Obrigada!