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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Saudações, queridos leitores e escritores que sumiram do meu BLOG!! :D

Where are they?

Onde estão?

Estão todos trabalhando? Duvido...

A questão é que o próprio dono dessa bagaça está trabalhando (isso, eu consegui um emprego u,u) e não tem muito tempo para postar capítulos de histórias longas, como as "Crônicas de um Vampiro", por exemplo ( que deve ser tão chata e tão sem graça de ler por se tratar de vampiros, algo muitoooo clichê nos tempos modernos)...

Eu entendo. Vocês querem ler algo que apreciaram quando entraram pela primeira vez neste blog... Algo que os marcaram... As minhas primeiras histórias publicadas aqui...

As verdadeiras histórias de terror. As lendas urbanas... Aquelas que foram selecionadas por editoras para serem publicadas em meu primeiro livro... Sim... Entendo...

Por esse motivo, estou parando temporariamente de postar os capítulos tediosos de 'Crônicas de um vampiro' para voltar a postar contos de terror e suspense. Acredito que isso gere comentários, críticas ou algum sinal de que ainda há vida neste lugar, além da minha...

sábado, 7 de janeiro de 2012

As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 8

Capítulo 8 –

                
Deitado em sua cama, Draco ainda refletia sobre aquele dia em que lutou contra Dig. Sua memória não lhe trazia todas as lembranças do que ocorrera naquela floresta. Somente recordava-se do momento em que ia ser atacado pelo monstro e depois de acordar no castelo de seu pai. O jovem também não sabia quando e de onde sugira aquela estranha marca em seu pescoço.
Será que fui eu quem matou aquele lobo?, questionou-se, olhando para o teto onde se podia ver os morcegos dormindo em agrupamento, pois ainda eram três horas da tarde e os vampiros somente acordavam ao anoitecer.
Será que eu tenho tanto poder, assim como o meu pai disse? (...) Sasha realmente me observou assassinando o lobisomem... E essa marca... De onde ela surgiu e qual o seu significado? (...) Estou crescendo e as questões sobre mim estão começando a vir à tona... Não sei se estou me transformando em vampiro, humano... Se servirei o bem, o mal...
Meu futuro é completamente incerto.


Nas montanhas congeladas da Transilvânia, entre os confins das cavernas, o clã dos lobisomens descansava sobre as pedras, enquanto o rei Khaos não demonstrava emoções, ou sentimentos. Aparentava ser um fantasma, um boneco sem expressões.
Sentado ao trono Real, ele apenas meditava em sua vida, o que ainda era um mistério...
De repente, uma leve brisa soprou nos confins daquele lugar até chegarem ao rosto de Khaos, tocando em seus piercings e brincos – que não eram comuns e escondiam um grande poder ainda desconhecido -.
Segundos após o estranho evento, seus olhos cintilaram e então ele deduziu em voz alta:
- Então é isso...
Sua voz fez despertar os outros lobisomens.
- O que aconteceu, Senhor? – perguntou Canínus, seu irmão – Por acaso, teve alguma visão? Sentiu a presença de alguém estranho pro aqui?
Abrindo seus olhos avermelhados e penetrantes, cujo sua presença era tão terrível que causara um pequeno terremoto, amedrontando os servos que temiam a morte caso ‘aquilo’ despertasse de dentro do garoto, que respondeu:
- Aquele que assassinou Dig... Foi um vampiro... Um vampiro muito forte...
Os olhos de todos os lobisomens arregalaram-se numa expressão de pavor. Lob amedrontou-se, fazendo seus lábios tremerem por tamanho receio: Seu mestre estava perto de descobrir sua façanha... A façanha do assassinato de um vampiro... Porém, ao mesmo tempo, a mente vingativa do monstro também se manifestava... A vontade de matar aquele que matou seu irmão... A curiosidade o tomou...
- E quem é esse vampiro, mestre? – perguntou Lob, agora sério.
Fechando os olhos e sorrindo sarcasticamente, Khaos disse:
- Conde Draco.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 7

Capítulo 7 –

                Pelas redondezas da grande Transilvânia existiam várias tribos e nações diferentes das de um ser humano. Escondida entre as altas montanhas da região havia uma vila onde habitava um clã de caninos ferozes e sedentos de fome: Eram estes os lobisomens, que surgiram a milhares de anos, nascidos a partir de uma maldição demoníaca que juntou as células de um humano e as de um lobo, fundindo-as e gerando um novo ser, cujo possuía grande esperteza e o instinto animal.


Os passos descalços e sujos prensavam sobre a terra fofa e úmida da última tempestade. O arrastar de um corpo apodrecido emitia um odor insuportável, cujo centenas de urubus sobrevoavam o local cercado de árvores e rochas. No final daquele caminho, uma caverna era a entrada para o interior de uma grande montanha congelada, de onde os olhos avermelhados e cheios de más intenções saíam, farejando a chegada de alguém.
- Parece que aquele que está vindo é Lob – Supôs Canínus, líder do bando que constava em cinco feras. Entre estes, havia os irmãos Dig e Lob. No entanto, o líder não soubera da morte de um membro do bando – Aparentemente, aquilo no qual está sendo arrastado é um corpo... Conhecido...
Chegando finalmente à caverna com ódio nos olhos, Lob arremessou o corpo destroçado e degenerado de seu irmão na frente dos três caninos, exclamando:
- VEJA O QUE FIZERAM COM O MEU IRMÃO!! MALDITOS! EU VOU... DESTRUÍ-LOS! NÃO... – Ajoelhou-se diante do cadáver e começou a uivar tristemente. O corpo desmembrado de Dig era a pista que fazia levantar hipóteses de quem o teria assassinado.
- Quem o mataria de uma forma tão brutal assim, além de nós lobisomens? – questionou Canínus, examinando o corpo – Creio que não existe nenhum traidor entre nós. Com certeza, não foram do nosso clã... Pelo jeito... Só podem significar duas coisas: Ou há um monstro desconhecido solto pela região... Ou então... Foram os...
- Vampiros! – Completou Mat, um dos membros da civilização – Há muitos anos eles assinaram um acordo com nós para que não houvesse guerras, conflitos e nem batalhas entre os clãs. O que pretendem matando um de nós? Querem iniciar uma nova guerra?
Naquele exato momento, Lob relembrou o erro que cometera ao assassinar Torn, um dos vampiros que ele e o bando encontraram sozinho na floresta. Sua hipótese era de que a morte de Dig seria um alerta de vingança dos sugadores de sangue.
- O que foi, Lob? No que está pensando? – perguntou o líder, desconfiado – Por acaso, você tem idéia de quem o matou?
O homem não podia dizer que matou um vampiro, pois havia uma lei em seu clã que punia os lobisomens infiéis e errantes. E a punição era severa... E mortal.
- Não... – respondeu ele, guardando para si mesmo os segredos que jamais contaria aos outros. Seu maior medo era que os vampiros contassem ao seu mestre sobre a morte de Torn – Mas, com certeza não foram os vampiros! Eles sabem que se matarem alguém de nosso clã uma grande guerra surgirá e nosso mestre acabaria com eles! Eles não podem ter se atrevido a tal ato...
- Você pode ter razão – Afirmou Canínus, erguendo o corpo de Dig nas costas e saindo do local para o topo da montanha – De qualquer modo, reportarei ao Mestre sobre o que aconteceu... E... Lob, me desculpe a franqueza mas... Estranhei seu comportamento frio e arrogante de nem ao menos chorar e lamentar a morte de seu irmão... Até mesmo eu choraria se perdesse meu irmão... Mas isso é algo que jamais acontecerá... Pois ele é muito forte... É o nosso Mestre...
Enquanto ele subia as escadas iluminadas pelas velas acesas cravadas nas paredes da caverna, um garoto estava sentado a um trono de ouro... Sua aparência era de um jovem de dezesseis anos. Seus olhos avermelhados e os inúmeros piercings no rosto davam a si uma terrível aparência, cujo seus longos e negros cabelos indicavam que ele nunca havia cortado, assim como suas unhas. Em um de seus dedos, um anel banhado a sangue com vários nomes cravados... Nomes importantes, de ancestrais deuses de seu clã...
-... Porque o nosso Mestre já possui um destino traçado: Ele será o nosso futuro ‘deus’ – disse o lobisomem Canínus, desaparecendo nas infinitas escadarias que chegariam ao palácio imperial de seu Mestre... E seu irmão:


O garoto Khaos...


As Crônicas de um Vampiro - Capítulo 6

Capítulo 6 –

                Draco estava repousando ao leito de Lêmion, seu pai, nos confins do castelo. Ao lado de vampiros especialistas do clã, o rei observava a estranha marca que havia se formado no pescoço do jovem inconsciente.
-... E então... O que significa esse símbolo? – perguntou Lêmion, olhando atentamente para seu filho – Já descobriu, Sat?
Com os olhos totalmente avermelhados, cujas pupilas dilatavam-se para visionar qualquer detalhe encontrado em Draco, Sat supõe:
- Provavelmente, Senhor, essa é a prova de que seu filho possui o poder dos antigos Lordes. Esse símbolo parece prever as mudanças no corpo de Draco... Aparentemente, parece que ele obterá asas, assim como os ancestrais possuíam... Ainda não dá pra saber quais tipos de habilidades ele herdará... Por enquanto, é só isso que posso lhe dizer.
Lêmion ignorou as palavras de Sat, apenas observando o seu filho de forma contente, sorridente, orgulhoso,pois agora tinha a certeza de que Draco seria o herdeiro do poder máximo de Drácula e futuramente reinaria aquele castelo... E também o mundo.




Dias se passaram e o jovem vampiro, totalmente recuperado, estava sentado sobre o topo de um dos mais altos prédios da cidade de Bucareste. Pensava bastante no que ocorrera naquele dia – que ainda era recente em sua memória -. Enquanto a brisa soprava seus cabelos, ele observava o solo onde as pessoas comuns caminhavam, os carros passavam de um lado para o outro e a população agitava-se com o passar das horas. Mesmo observando tudo aquilo, seus olhos estavam vidrados e sua mente viajava longe, muito distante dali. As imagens passavam-se em seu subconsciente, enquanto seu pensamento questionava:
O que realmente aconteceu naquele dia?
Eu não consigo me lembrar...
Como o lobisomem Dig morrera?
Quem o matou?
Sasha?
Ou será que foi...
Eu...?

De repente, a estranha marca em seu pescoço começou a arder, latejando entre as veias. Draco a cobriu com as mãos, pressionando-a para amenizar a dor. Ao mesmo tempo, sua mente confusa perguntava-se de onde surgira aquela marca.
- BÚUUHH!! – Sasha tentou assustá-lo, tocando-o de modo desprevenido – O que está fazendo aqui? Pensei que seu pai não quisesse mais que seu ‘filho’ andasse por aqui. Por acaso você fugiu de casa?
- Bom... É por ai – disse Draco, ainda pressionando a mão direita no lado esquerdo do pescoço – Eu disse que ia passear nas beiradas do rio da região.
Sentando ao seu lado, a garota sussurrou:
- Então é por isso que os guardas estão te procurando...
Os olhos do vampiro esbugalharam-se, o susto foi inevitável:
- O QUÊ?! – questionou o garoto, incrédulo – Eu disse para o meu pai não enviar escolta! Mas que droga! Eu tenho que voltar imediatamente, senão...
- Obrigada por me salvar daquele lobisomem – Sasha disse sem prévio aviso, segurando a mão do garoto, fazendo-o calar-se e esquecer o que estava dizendo.
A troca de olhares foi intensa. A paralisação dos corpos os deixavam feito estátuas. A respiração de Draco podia ser ouvida através da aguçada adição de Sasha. Porém, outro som que vinha do interior do vampiro podia ser ouvido pela garota...
Batidas...
Pulsos...
Fortes batidas sincronizadas que aumentavam de ritmo cada vez que Draco a encarava...
Eram batidas do coração. Um coração que deveria estar parado, sem sangue... Mas que misteriosamente pulsava tão forte quanto o de um humano...
- Draco, você... – ela tentou perguntar a ele, incrédula. Mas as palavras não queriam sair – Draco...
- O que? – ele questionou curioso e assustado, tentando imaginar o que ela estaria pensando. Porém, ele não tinha a menor idéia.
Sasha queria dizer, mas sua mente a impedia de realizar tal ato. Talvez fosse melhor deixar aquela conversa de lado. Por mais que fosse estranho e assustador – um coração de um morto pulsar tão forte quanto o de um humano -, o melhor a se fazer era esquecer aquilo e retomar a conversa em um momento mais apropriado.
Então, ela disse desconfiada:
- Não... Nada... Só estou feliz que tenha matado o lobisomem para me salvar...
O abraço de Sasha foi repentino e imediato, apertando o corpo de Draco que, ainda incrédulo, tentava relembrar o momento em que matara Dig. As incertezas de que não fora ele eram maiores do que tudo, e ele apenas se perguntava como conseguiu realizar tal façanha...



No castelo, Lêmion estava em seu quarto, diante de um enorme espelho com um fundo totalmente obscuro, repleto de ossos que decoravam as laterais:
O espelho das trevas – assim se chamava o objeto que, segundo a crença vampiresca, é possível se conectar com o outro mundo através de um sacrifício envolvendo pequenas gotas de sangue do portador.
O rei, antes de realizar o ato, observou atentamente o espelho, enquanto pensava se queria mesmo fazer aquilo.
Depois de alguns segundos em silêncio, suas presas surgiram e perfuraram suas próprias mãos, fazendo o sangue proliferar e cair em pequenas gotas sobra vidraça do objeto, pressionando-a...
Ao mesmo tempo, um estranho e indecifrável linguajar começou a sair da boca de Lêmion, enquanto suas mãos pouco a pouco afundavam dentro do reflexo negro daquele espelho.
De repente, uma terrível chama vermelha acendeu-se dentro daquela dimensão quadrada, junto das milhares de vozes perturbadas que gritavam e gemiam assustadoramente.
Em seguida, em meio toda aquela escuridão demoníaca, grandes e enormes olhos vermelhos e penetrantes surgiram, dilatando-se. A presença maligna foi grande e Lêmion perdeu a gravidade, ajoelhando-se cansado no chão, amedrontado por tamanha força e energia negativa que aquele misterioso ser emitia apenas com os olhos.  
De cabeça baixa e com devoção ao ser, Lêmion glorifica:
- Oh, mestre das trevas! Deus dos vampiros e que sempre vive e reina sobre nós! Eu imploro que tenha piedade da minha alma e que ouça as minha súplicas! Não jogue sua ira contra nós, e nos proteja com teu fogo infernal!
A voz soou rouca, mas forte:
- Diga, meu infiel servo...
- Venho lhe trazer informações sobre o vampiro da profecia: Como previsto, a marca surgiu! Creio que seja o sinal de que...
- Sim. O processo de evolução já começou... Em breve, seu poder irá se igualar aos de um Lorde, e assim ele reinará sobre este mundo... E então... Eu voltarei...
- Porém – Lêmion contradisse – ele ainda não demonstrou nenhuma evidência de pode. Não possui auto-controle de sua força e não consegue manifestá-la. Porta-se como um humano e não possui instinto de vampiro. O que devo fazer para despertar o verdadeiro demônio dentro dele?
-... Nascido para dominar o mundo, ele está sendo consumido por outra força. Os anjos divinos já devem estar cientes e já estão agindo para tirá-los de nós... Você deve fazer aquela “condição” para trazê-lo de volta a nós e despertar de uma vez por todas o seu demônio interior...
Os olhos de Lêmion cintilaram e ele engoliu em seco, assustado:
- “Aquela” “Condição”? – ele questionou – Mas Senhor... Não acha que é muito cruel...?
De repente, uma forte pressão tomou o corpo de Lêmion, fazendo-o despencar ao chão. A ira do estranho ser estava se manifestando.
- Desde quando vampiros possuem sentimentos e remorsos? Você fará o que eu ordenei! Somente assim ele despertará o verdadeiro vampiro dentro dele... E onde o mal estiver... Eu estarei...
A escuridão sumiu repentinamente, trazendo o reflexo normal novamente.
Lêmion levantou-se cansado, abalado e verdadeiramente assustado com as ordens daquele misterioso ser que possuía uma força incomparável.
- Draco... – o rei sussurrou, pensando no terrível plano que teria de criar para fazer com que os poderes do garoto se manifestassem...
Um plano...
Uma condição...
Uma condição de morte.